[Crítica] Supernatural - 8x15: Man's Best Friend with Benefits

Tem uma she dog no seu armário.

Review:

(Spoilers Abaixo) 

Acho que já passamos daquela fase em que esperamos um episódio extraordinário de Supernatural, né? E também acho que já entendemos que a batalha pelas tábuas de Jeová continua rolando, mas precisamos de alguns casos semanais pra nos mantermos de pé até o fim da temporada. Eu não acho que isso seja um ponto negativo, porém, há episódios que simplesmente não acrescentam em nada na mitologia da série, tampouco a proposta feita pela temporada. Não chegam a ser desnecessários, mas também, estão longe de se destacar. Acho que Man’s Best Friend With Benefits pode se encaixar nessa ideia.

O episódio girou em torno de um policial que Sam e Dean ajudaram no passado. Depois de descobrir que existia o sobrenatural, ele tornou-se um bruxo poderoso, mas agora, começou a ser vítima de pesadelos angustiantes onde está trucidando pessoas por motivo algum. O problema começa quando ele descobre que as pessoas com quem sonhou realmente morreram, e que a bruxaria pode tê-lo transformado num assassino.

Pra ajudar a resolver o possível mistério, sua mascote, fiel companheira, amante e vira-latas Portia – que alterna entre a forma humana e a de um cachorro – ligou para Sam e Dean, na esperança de que algum caçador pudesse ajudá-lo. Na esperança porque qualquer caçador teria tomado medidas drásticas antes mesmo de entender o que estava acontecendo. Se eles já mataram várias criaturas que juraram não derramar sangue humano e que foram obrigadas a ser o eram, eles não hesitariam em matar um bruxo que não tem controle sobre o corpo e que escolheu aquela vida para ele.

Mas como eu disse na Review passada, nesses oito anos de estrada a gente acaba entendendo como o roteiro da série funciona. Estava óbvio que o policial não era culpado por todas aquelas mortes, e sim alguém próximo a ele, que utilizava a bruxaria pra enlouquecê-lo. Então, bastava apenas saber qual dos coadjuvantes se encaixaria no perfil homicida. Poderia ser seu melhor amigo Spencer, que lhe aconselhou a ir a um médico. Poderia ser Phil, o gato a quem Dean tem alergia. E claro, a própria serva dele, Portia, mas ela foi excluída da lista assim que o casal foi demonstrando seu afeto. Um afeto que até o final do episódio foi colocado em evidência pra termos nossas piadas rotineiras de humor negro. Uma pena que Dean nunca vai descobrir como é fazer sexo com uma mulher que é humana e cadela quando bem entende, hahaha.

Quando o terceiro ato foi iniciado, tivemos uma cena interessante sobre bruxaria, onde o Policial projetou sua consciência na delegacia e descobriu o que estavam escondendo. Tudo, é claro, com Sam e Dean ao lado vendo qualquer coisa que ele podia ver. Acho que foi a melhor cena do episódio, principalmente porque foi uma das poucas coisas em que eles decidiram inovar no meio de tanta mesmice. Acabou que o grande vilão era o melhor amigo que tinha feito seu gato de estimação (rsrsrs) testemunhar contra o Policial para que pagasse por todos aqueles crimes que não cometeu. E o motivo? É claro, o amor de Portia, que ele vem cobiçando desde que foi obrigado a aceitar aquele gato metrossexual ao seu lado.

A batalha final aconteceu no bar de criaturas – uma espécie de point de encontro de todos que têm a ver com o sobrenatural – e terminou com o bruxo invejoso em migalhas e o restante felizes até o próximo colapso. Foi até meio dramático quando a cabeça dos Winchesters foi invadida e eles tiveram que encarar tudo que já passaram. A morte da mãe, o inferno, Lúcifer... Foi como um The Road So Far só de desgraças e sem Carry On My Wayward Son. Pelo menos toda essa história os ajudou a entender que qualquer um deles precisava realizar as tarefas pra fechar os portões do inferno, mesmo que fosse o irmão mais sensível. Ainda não sei o que está acontecendo com o Sam, mas depois do sangramento no fim do episódio estou começando a achar que fechar os portões do inferno tem um preço. Se for a vida dele, tudo certo, eles sempre ressuscitam mesmo. Haja esferas do Dragão, hein produção.

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