[Crítica] Supernatural - 8x12: As Time Goes By
We are legacies.
Review:
(Spoilers Abaixo)
Parece
que algumas séries simplesmente se acomodaram com o vai e vem. Às vezes elas
apresentam ótimos episódios que nos fazem ansiar pela continuação, mas em
contra partida, há semanas em que nada pode ser aproveitado. É mais ou menos
desse jeito que eu vejo a oitava temporada de Supernatural. Na volta do hiatus tivemos um episódio meia boca que
não conseguiu emplacar, depois um filler bastante divertido sobre o mundo dos
nerds, e agora, um episódio de tirar o fôlego, mas que provavelmente será
sucedido por uma bomba semana que vem. Isso porque é muito difícil manter-se
regular depois de quase dez anos de estrada.
Bem,
o episódio dessa semana, apesar de não trazer nada inovador, apresentou uma
trama bastante satisfatória pros fãs. Ele abordou novamente a viagem no tempo, deixando-nos
conhecer outro personagem importantíssimo da mitologia dos Winchesters: Henry,
o pai de John e avô de Sam e Dean. Ao contrário de tudo o que foi mostrado a respeito
da família da Mary ser de caçadores, a linhagem do John também estava envolvida
com o sobrenatural, só que de uma forma menos ofensiva. Foi assim que
descobrimos o que são os “caçadores de elite” e a existência de uma nova arma
sobrenatural, que poderia fazer toda a diferença na batalha entre anjos e
demônios pelas palavras de Deus.
Em
1958, Henry estava fazendo sua iniciação como um “Homem das Letras” quando o
demônio Abbadon invade o local e mata seus mentores. Ele ficou encarregado de
proteger uma pequena caixa com alguns símbolos gravados, mas para fugir de
Abbadon, o demônio feminino que foi gerado da primeira linhagem de anjos
caídos, ele precisou realizar um feitiço que lhe levava diretamente ao encontro
da sua linhagem no futuro. Só que algo saiu errado e acabou indo parar no anos
de 2013, onde John já estava morto e seus filhos estavam encarregados de
continuar o seu legado. Pelo menos até saberem que ao invés de caçadores
impulsivos, eles deveriam ser Homens das letras que dispensam o uso da
violência.
Aí
já viu, né? Juntar dois caçadores agressivos com um mauricinho antiquado nunca
dá certo, então, tivemos vários desentendimentos bastante engraçados entre
eles, que só duraram até Abbadon conseguir passar pelo portal do futuro. E com
certeza ela já pode ser considerada um dos demônios mais incríveis de toda a
série. A vadia, além de super badass devido
ao sangue puro que corre nas veias, nem pode ser ferida com a faquinha milagrosa
matadora de demônios. Isso sim foi inovador, já que é a primeira vez que ela
não funciona em demônios desde que foi constatada sua existência (Ou talvez tenha
e eu não estou lembrando, então, sintam-se a vontade pra me corrigir através
dos comentários).
No
decorrer da trama, descobrimos que nem todos os mentores de Henry foram
assassinados por Abbadon, e que um deles vive com a identidade de um veterano
da primeira guerra mundial. Logo Sam foi ao seu encontro e descobriu o que o
demônio queria. Dentro da caixinha mística pela qual Henry estava disposto a
morrer, havia uma “chave” para todas as coisas sobrenaturais que existem no
mundo. Ou seja, poderia muito bem dizer onde estavam as palavras de Deus que Crowley
tanto quer, ou algum outro artefato significativo que podia dar vantagem a um
dos times na batalha entre Céu e Terra.
Assim,
Abbadon logo preparou uma armadilha pra matar o velho e sequestrar Sam, no
intuito de fazer uma troca justa com Henry pela caixinha. Ela só não contava
que o Homem das Letras que odeia violência chegaria com um plano mais diabólico
que o dela, bolado com Dean enquanto estavam dentro do carro. Ele cravou uma
armadilha de demônio numa bala e estourou os miolos da vadia, mesmo que pra isso
tenha deixado ser ferido gravemente. Mas acho que isso todos sabiam que iria
acontecer, pois na realidade de Sam e Dean, o pai de John nunca voltou pra casa
após despedir-se de seu filho.
E
então, chegou a hora de dizer adeus. Quando viu que seu avô paterno – um dos
homens mais leais que já conheceu – estava a beira da morte, Dean e Sam
esqueceram todos os ressentimentos e finalmente entenderam o que tinha acontecido.
Claro que não podiam simplesmente voltar no tempo e dizer ao pai que Henry
morreu no futuro pra ajudar seus filhos, porque o efeito borboleta poderia ser monstruoso.
Mas eles puderam lhe dar um funeral digno, e enterrá-lo ao lado dos mentores
que ele tanto idolatrava. Se formos parar pra pensar, foi até um final digno
pra um Winchester, já que todos passaram uma boa temporada no inferno, né?
Quanto
a Abbadon, ela não passou dessa pra uma pior, mas foi cortada em pedacinhos e
enterrada com cimento. Alguém falou Russell Edgington, de True Blood? Ele não foi cortado em pedacinhos como ela, mas não tem
como ver uma criatura imortal sendo enterrada sobre cimento sem lembrar dele,
né? E falando nisso, por onde será que anda nosso vampiro amigável e bom
caráter, Benny? Será que seu probleminha na Mid-Season Premiere era sede de
sangue humano e mais tarde Dean será obrigado a matá-lo? Decisions, decisions.
Agora corre pra Crepúsculo, Benny,
quem sabe lá você tem uma chance.
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