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[Crítica] Rites of Spring


Direção: Padraig Reynolds
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 80 minutos
Título Original: Rites of Spring

Crítica:

O medo tem uma estação.

Uma curiosidade interessante a respeito deste filme é que ele apresenta alguns elementos muito parecidos com outro, de uma franquia muito conhecida pelos fãs do terror, Olhos Famintos. A abertura falando sobre os desaparecidos em um certo momento do ano durante um certo período de tempo remete a famigerada criatura criada por Victor Salva. E, segundo o Boca do Inferno, essa semelhança não é gratuita. Segundo o site, o roteiro deste filme foi criado para ser uma espécie de spin-off ou "primo pobre" da franquia, mas acabou sendo lançado como um filme independente.

A história, que acompanha duas narrativas, acompanha o sequestro de duas mulheres, que são preparadas para o sacrifício de uma criatura desconhecida. E, em paralelo a isso, um grupo de ladrões sequestra uma criança em busca de dinheiro fácil. Não demora muito para as duas histórias se chocarem e uma criatura sedenta por sangue levantar em busca do seu sacrifício de sangue. Agora, vítimas, bandidos e sequestrados terão que se unir para acabar com um mal sobrenatural que tem um gosto preferencial por cabeças...

Filmes que trabalham com a ideia de sacrifício chamam a minha atenção e não foi diferente desta vez. Porém, é um pouco frustrante quando não temos quase nenhuma resposta depois que os créditos finais começam a subir. O enredo peca justamente neste quesito, ao nos apresentar diversos elementos da história e não os amarrar. Poucas informações são liberadas e outras são deixadas completamente de lado, como o paradeiro de um certo personagem que não aparece mais e o seu destino não fica claro. E o mais incrível é que não precisava de muito para ser melhor, mas os responsáveis simplesmente não se deram o trabalho de fazê-lo.

Gostei da forma como a narrativa nos apresentou duas histórias separadas, tendo suas ações desenvolvidas nos dois cenários. Não foi difícil adivinhar como elas acabariam de chocando, porém, o impacto da cena permaneceu. Um detalhe que pode ser considerado um ponto negativo é que os personagens são eliminados muito rapidamente. Em certos momentos, temos personagens demais na tela, mas dez minutos depois, está faltando vítimas para correrem até a exibição dos créditos. Acredito que alguns deles poderiam ter sido melhor aproveitados.

O vilão é mesmo um mistério, mas é bem caracterizado. Pouco sabemos sobre a sua origem, porém, o roteiro só deixa claro que ele adora cabeças. Temos algumas cenas rápidas e bizarras, onde vermes passeiam e entram em seu rosto, e apesar de não ter tido efeito sobre o filme em geral, foi impactante ao seu modo. O ponto alto do filme é quando o desespero e a correria tomam conta dos personagens. Temos algumas perseguições muito interessantes, mas que poderiam ter durado mais. Há um momento perto do final onde o ritmo diminui um pouco, mas é desnecessário porque acabou quebrando a tensão.

Ao final da projeção é admissível dizer que Rites of Spring é um filme regular. Não tem muita coisa especial ou inovadora, apenas algumas cenas boas de perseguição. Alguns momentos são insultantes, insistindo nos velhos clichês, como a cena final onde um personagem prefere sair do carro para pedir ajuda em um posto de gasolina. Sendo que não tinha dirigido nem um quilômetro do local do massacre. Agora me digam, vocês iriam pedir ajuda em um local praticamente abandonado ou iriam continuar dirigindo até a gasolina acabar? Foi o que eu pensei. Enfim, não vai matar dar uma conferida, então a escolha é de vocês.


Trailer Legendado:

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