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[Crítica] A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2


Direção: Bill Condon
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 115 Minutos
Título original: The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2

Crítica:

O Final épico que viverá para sempre.

Mesmo sendo duramente criticado no mundo inteiro, o sucesso da Saga Crepúsculo é inegável. Foram quatro filmes bem sucedidos que conquistaram milhares de fãs ao redor do globo, e que já conseguiram render alguns bilhões a seus estúdios. Muitos ainda se perguntam como uma saga cheia de irregularidades no roteiro e situações improváveis conseguiu ir tão longe, sendo ela desprovida dos atrativos que levam o público a exibição de um blockbuster. Mas quem é fã sabe que a Saga vai muito além de uma ideia mercenária e uma história de amor balela pra satisfazer as mentes não tão brilhantes.

Lembro da época em que o primeiro filme foi lançado, em meados de 2008. Ele já era a mais nova grande aposta de Hollywood, e levou quase dois milhões de brasileiros as salas de cinema. Apesar disso, o filme acabou sendo uma das piores adaptações da sétima arte. Seu roteiro era infantil e mal elaborado, repleto de conceitos distorcidos e histriônicos sobre a mitologia dos vampiros, além é claro, de terem escalado atores com interpretação duvidosa para viver os protagonistas. É fato que a saga e os atores evoluíram consideravelmente desde essa época, mas se tratando de Crepúsculo, nada está completamente primoroso. E este desfecho infelizmente não foge a regra.
O ultimo filme narra os acontecimentos após Amanhecer – Parte 1, quando Bella dá a luz a sua filha Reneesme e finalmente se transforma em vampira. Pensando que o pior já havia passado, ela decide focar-se em sua família e em conseguir o final feliz que tanto almejou, mas uma traição acaba despertando a ira dos Volturi, e deixando Bella e toda sua família prestes a encararem a maior batalha de suas vidas.

Depois de quatro anos de estrada, críticas construtivas e várias oportunidades de reverter o quadro, é incrível como a saga ainda persiste nos mesmos erros. Mesmo que tenha evoluído em alguns aspectos, a trama não consegue deixar de ser uma simples obra simplória, ou algo que vá além do entretenimento proposto pela mídia. Claro que todo blockbuster tem seus méritos, mas pra mim, um longa metragem precisa ser mais que rostinhos bonitos na telona e uma bilheteria monstruosa.

Acho que a responsável por isso é a autora dos livros, Stephenie Meyer. Não por ter tido a ideia original de criar um romance sobrenatural, mas por estar envolvida na produção dos filmes e fazer com que fossem fieis aos livros. Mas como uma adaptação pode ser boa se os próprios livros são vagos e mal elaborados? O resultado disso foi um blockbuster bobo e sem ousadia, condenado a cometer os mesmos erros em suas futuras sequencias até que finalmente chegasse ao seu fim. O pior é que mesmo evoluindo de um filme pro outro, o resultado final continuava o mesmo.

Por outro lado, não posso me dar ao luxo de reclamar que a saga não tem história pra contar. Nos quatro primeiros filmes o que mais temos é conteúdo, sendo ele de boa qualidade ou não, dependendo do ponto de vista de cada um. Mas em Amanhecer – Parte 2, simplesmente nada acontece. Os primeiros minutos são os mais sofríveis, quando os créditos iniciais com todas aquelas imagens psicodélicas parecem não ter fim. Mas depois, as coisas conseguem ficar ainda piores. Na tentativa de ser fiel ao livro, o roteiro acaba deixando as situações forçadas, como se só estivessem ali porque precisam acontecer, e não porque são relevantes pro enredo. Eu que esperei tanto pelo embate entre Bella e Jacob sobre o imprinting com a Reneesme, fiquei com a cara no chão quando nenhum dos dois atores soube interpretar.
E o que falar sobre a academia de Mutantes do professor Carlisle Cullen? Tivemos uma variedade enoooooorme de vampiros super heróis, e das mais diversas localidades. Como o Mister Elementos, irmão bastardo do Bruno Mars. Ele pode controlar os quatro elementos da forma que quiser, menos quando se trata de queimar vampiros, pois aí só funcionam seus poderes terrestres. Também tivemos as índias travestis da Amazônia, que podem criar ilusões na sua cabeça como se tivesse fumado uma erva braba. E como esquecer da nossa Super Choque Albina, que entra em curto circuito toda vez que é tocada por um homem? Pior que isso só o efeito computadorizado do rosto de Reneesme quando ainda era um bebê. Foi bizarro ao extremo, até mesmo pra saga, que já está acostumada com o trash. 

Bem, só não posso dizer que a batalha final me decepcionou, porque seria uma grande injustiça. Pela primeira vez os vampiros estavam sendo vampiros e honrando sua mitologia, arrancando membros, distribuindo socos e acertando contas, como verdadeiros bebedores de sangue. Uma grande pena que uma cena tão maravilhosa como essa foi sucedida por uma reviravolta mortal, capaz de arruinar o filme inteiro. Bem, pra mim não fez tanta diferença. Pois de qualquer forma, a batalha final foi o único acerto do roteiro, mesmo que tenha tido suas surpresas. E eu nunca vou me esquecer dessa adrenalina de ver uma das maiores batalhas entre vampiros da história do cinema.

Infelizmente não pudemos ter o final épico que prometeram pela falta de ousadia da parte de seus realizadores, mas não adianta reclamar. Como eu disse, A Saga Crepúsculo serve apenas como uma obra simplória, e sem propósito algum se não o entretenimento. Não podemos exigir um final épico de uma saga que nunca se levou a sério, mas podemos nos divertir, seja com os furos do roteiro ou não.

PS: Sei que minhas críticas dos filmes anteriores da Saga são completamente diferentes, mas meu ponto de vista agora é outro. Espero que compreendam.

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8 Comentário(s)

8 comentários:

  1. Mesmo eu sendo um fã da saga, compreendo completamente seu ponto de vista! E acho que também mudei minha visão. É verdade que os livros e os filmes tem furos espantosos e falta de ousadia — é por isso que Julie Plec pode cuspir na cara de Stephenie Meyer. A saga começou com uma garota se apaixonando por um vampiro e enfrentando desafios por esse amor, e acabou com uma garota que se apaixonou por um vampiro enfrentando desafios por esse amor. Chega a ser revoltante o romance meloso dos livros e a falta de masculinidade do Edward. Como você disse na crítica de Eclipse, Jacob só não comeu Bella por que eles estavam vestidos e Edward ainda agradece a presença do cara. Tá pedindo pra ser taxado de vampiro veadinho. Stefan diz oi. Mas sobre a batalha final, acho que a roteirista foi inteligente. Por que o final do livro é ridículo. Aquela tensão toda com os Volturi frente a frente com os Cullens, um combate que era aguardado desde que Edward foi até Volterra e Aro declarou seu interesse em Alice... Porém, no livro Stephanie simplesmente faz com que os Volturi entrem num acordo de paz com os Cullens sem nenhuma luta. Ou seja, o único livro que teve um mísero embate foi Eclipse, que por sinal foi mal descrito. E no filme, eles compensaram essa falta de ação com essa batalha, e eu acho que foi a saída mais inteligente que eles podiam arranjar. Foram fiéis ao livros, porém agradaram aqueles que queriam ação.
    Eu mesmo achei que toda essa “batalha final” era apenas mídia e que não iria acontecer. Sobre os vampiros com super-poderes, sempre ouve isso nos filmes anteriores e nos livros. Eu nunca achei isso fora do normal. Por que os vampiros de Anne Rice — dos livros que eu li, podem ler mentes — assim como Edward. E SEMPRE, vampiros tiveram dons especiais. Como controlar a névoa, (oi Damon!), se transfigurar em outras criaturas (oi Drácula!)... Então não acho esses dons nada do outro mundo.
    Bom, de qualquer jeito, valeu à pena aguardar pela crítica! Mesmo que eu achasse que você ia elogiar mais um pouquinho, mas eu realmente confesso que aquele bebê no início do filme foi um cú. Parecia que pegaram plástico e colocaram no rosto da garota. Eu te aconselho a ver o vídeo de Felipe Neto! ASHAUSHASH
    Como fã, eu estou satisfeito (:

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  2. Eu nao acredito no que eu acabei de le, eu sei que ė sua opnião mas o filme na minha é perfeito e olhe que eu comecei a gostar do filme desde quando o penultimo foi lançado, mas opniao é opniao e eu respeito

    Quando o filme acabou eu lembrei do blog e disse que ele iria ficar nos melhores deste ano

    Concluindo sua critica para min foi uma droga sem ofensas



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  3. vanessa vasconcelos reznor8 de dezembro de 2012 às 22:50

    vou repetir o que eu disse no site boca do inferno:nem amo nem odeio essa saga,assisto por curiosidade.

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  4. Tudo bem Anônimo, eu sabia que muita gente ficaria insatisfeita com a minha crítica, mas mesmo assim resolvi fazê-la do meu jeito. É o preço que pagamos por expor nosso ponto de vista na internet, então não se preocupe, você sempre vai ser bem vindo para dizer o que pensa no nosso Blog =D

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  5. Ninguém pode negar que a guerra foi épica!

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  6. Mas o que na verdade os Livros trazem não é só o amor de uma adolescente humana por um vampiro,mas valores antigos que a cada dia essa sociedade moderna deixa no esquecimento como o respeito dos filhos para com os pais ou vice versa,a valorização da amizade,a união e o amor puro.

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  7. Acho que a opinião varia de acordo com a expectativa que cada um tem do filme. Eu não li os livros, apenas assisti aos filmes. E digo que achei perfeito! Pela primeira vez, posso me sentar na frente da TV e assistir a um Romance que te faz torcer pela felicidade dos dois protagonistas. E eles realmente terminam felizes!
    Também pela primeira vez posso assistir a um filme de vampiros e lobisomens onde o foco não é aquela quebradeira como em VanHelsing... Não gosto dessa coisa de arrancar os membros e ver sangue jorrando das artérias.... crucifixos, água benta dissolvendo os vampiros, dentes grandes e etc...
    Como eu disse, vai da expectativa de cada um e, para mim, ficou perfeito!

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  8. Sempre vi Crepusculo por curiosidade,nunca amei nem odiei mais que esse último foi uma MERDA tirando a batalha, isso foi que bom que nao gastei meu dinheiro indo ao cinema.

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