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[Crítica] The Bay


Direção: Barry Levinson
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 84 minutos
Título Original: The Bay

Crítica:

O pânico se alimenta de medo.

Logo quando eu penso que as produções em primeira pessoa não podem apresentar mais nada de novo, algum filme interessante do gênero acaba surgindo. Isso é a prova viva de que não existe desgaste. Existem apenas diretores de mente pequena que não querem pensar em algo inovador, pois estão muito a vontade em sua zona de conforto. Assisti The Bay esta semana e realmente adorei o filme. Todo o plot e a forma como a trama foi conduzida é interessante e criativa. Então, vocês, queridos leitores, que desistiram de assistir filmes em primeira pessoa, é melhor reconsiderarem, porque The Bay está chegando.

A história é uma espécie de documentário, com o objetivo de expor a "verdade", com filmagens aleatórias de diversas pessoas em uma cidade pequena no feriado de 4 de Julho. Nos vídeos, acompanhamos o desespero de uma comunidade que é contaminada por um parasita superdesenvolvido e passa a apresentar erupções na pele. Conforme os casos da doença vão aumentando, os corpos vão se espalhando por toda a cidade, na mesma medida em que os médicos tentam descobrir com o que estão lidando. Em paralelo a tudo isso, acompanhamos uma repórter que terá um momento difícil em sua carreira e uma família que está chegando a cidade, justamente em seu pior dia.

Se vocês pensam que as câmeras caseiras só servem para capturar imagens de espíritos e conspirações demoníacas, vocês estão muito enganados. Uma das coisas mais interessantes atualmente, é que parece ser impossível controlar um monstro que se chama "Internet". Hoje em dia, todos têm acesso a internet e vídeos podem ser gravados pelo celular e postados na rede em questão de minutos. Uma vez compartilhado com milhões de pessoas, a repercussão pode chegar a níveis mundiais em questão de horas. E é justamente com essa facilidade de se registrar algo que o roteiro se apoia. Aqui não temos aquela câmera fixa na mão de alguém o filme inteiro. Acompanhamos diversas histórias simultaneamente.

Além de câmeras de mão, temos skype, celulares, câmeras de ruas e até mesmo de carros de polícia. Toda essa tecnologia nos ajuda a acompanhar os acontecimentos do filme, que tem a oportunidade de fazer os seus personagens desligarem suas câmeras, mas não deixamos de acompanhá-los. Essa ideia não é completamente original, porque já vimos algo parecido em The Tunnel, mas ainda sim, é uma forma criativa de jogar fora os clichês dos filmes em primeira pessoa. Gostei muito da edição do filme, onde não acompanhamos a história dos personagens de forma linear. O roteiro segura informações, fazendo as revelações no tempo certo, assim como a expectativa em torno da vida de algumas pessoas na película.

Acima de tudo, este filme serve para nos conscientizar. Além de ficarmos chocados com as fortes imagens, somos obrigados a refletir que os próprios seres humanos selaram o seu destino, poluindo o meio ambiente, e colhendo o que plantaram. Uma curiosidade interessante, é que os parasitas retratados no filme realmente existem na vida real. Adeus água salgada, nunca mais irei à praia. Brincadeiras a parte, gostei muito do problema criado pelo roteiro, assim como os seus motivos. Atualmente, as chances de uma catástrofe ambiental ocorrer são grandes, então cabe a cada um fazer algo para melhor essa situação.

É claro que eu recomendo este filme (que ainda se encontra sem legenda). Temos aqui uma abordagem interessante, com uma edição diferente e um contexto real. Não podemos esquecer também que o filme é recheado de cenas nojentas envolvendo os parasitas e suas vítimas mutiladas. Enfim, o filme é tenso demais, com muito gore e bons efeitos visuais. Creio que possa ser recomendado até aquelas pessoas que não gostam de filmes em primeira pessoa, porque irão se surpreender com este aqui. Bem, cada um com a sua consciência e eu espero que todos assistam, porque foi um dos melhores que eu assisti este ano. Aviso final? A mãe natureza não esquece. Ela não perdoa.


Trailer Legendado:

Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. vanessa vasconcelos reznor23 de novembro de 2012 às 23:53

    mais um que eu estou doida pra assistir,e depois da sua crítica fiquei mais maluca ainda,vou caçar na net pra ver.

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  2. Nefferson visitei seu facebook, você tem uma amiga que mora perto da minha casa, quase todo dia que vou pra escola de manha vejo ela no onibus. o nome dela é Barbara Rosa. Ela mora em Magé

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