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[Crítica] 12 Horas


Direção: Heitor Dhalia
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 94 minutos
Título original: Gone

Crítica:

Ninguém acredita nela. Nada irá detê-la.

Quão clichê são estes títulos indicando uma quantidade limitada de horas? Eu diria que é MUITO. Estão duvidando de mim? Existem vários títulos parecidos, como 24 Horas, 72 Horas, 127 Horas, entre outros. Pelo menos o tempo para a resolução do mistério neste, é bem menor. Enfim, o importante é que a distribuidora massacrou o título original, Gone. Traduzindo literalmente, o título quer dizer "desaparecido/sumido", o que remete diretamente a irmã da protagonista, que foi levada por um serial killer. Ou seja, tiraram o título que indica a trama central, para nos alertar de quantas horas a menina pode ficar desaparecida sem morrer. Não curti.

A história segue Jill, uma jovem traumatizada, que, no passado, conseguiu escapar de um serial killer, que a enfiou em um buraco profundo, no meio de uma floresta. Acontece que, sem provas e não conseguindo achar o local onde a menina ficou presa, a polícia considerou que Jill estava louca e que tinha inventado tudo. Um tempo depois, sua irmã some e Jill fica convencida de que o serial killer está de volta, atrás dela. Os policiais não fazem nada para ajudar e, com sua sanidade em jogo, Jill parte para um jogo de gato e rato atrás de um assassino, onde poderá assinar seu próprio destino.

Qual é o maior atrativo deste filme? Definitivamente não é o roteiro, que, apesar de se mostrar interessante na idéia, não explora situações novas na hora da execução. O que me levou a ficar ansioso, foi a presença da Amanda Seyfried (A Garota da Capa Vermelha, O Preço do Amanhã). Ela é uma das minhas atrizes favoritas e, estando em um filme de suspense, eu não posso deixar de estar ansioso. Mesmo assim, ela merecia participar de um filme melhor, com mais garra. Apesar disso, está longe de ser um filme ruim, mas, vamos ver exatamente onde ele errou?

Bem, as duas primeiras partes do filme, mostram a nossa querida protagonista em uma investigação particular, levando-a a pistas sobre quem levou sua irmã. Além disso, ela é perseguida pela polícia, que sabe que ela possui uma arma e está procurando-a para levá-la ao manicômio. É claro que ela não pode se entregar, porque, se isso acontecer, ela vai presa e morre. Então, nestas duas primeiras etapas, não vemos nada do assassino. Apenas acompanhamos os flashbacks na mente dela, sobre o que aconteceu quando ela estava dentro do buraco. Estes flashbacks não querem dizer nada no começo, mas ele vai avançando de acordo com o filme.

Esta parte da investigação e perseguição policial é interessante. Algumas pessoas irão até acreditar que ela é maluca, porque nada indica o contrário. Mas, o nível cai mesmo no terceiro ato, justamente quando o filme deveria alcançar o seu clímax. É óbvio que a ameaça é real, já que, se tudo fosse apenas a imaginação da garota, o final seria uma verdadeira bomba decepcionante. E, com todos os esforços do assassino em fazer a garota ir exatamente para onde ele está, o confronto final termina de uma maneira rápida e sem graça. Como se o assassino, assim como o roteiro, só fosse inteligente na idéia, mas falhasse miseravelmente na execução.

E ainda temos que lidar com aquele final feliz, onde nada de bom acontece, e o espectador fica esperando que aconteça mais alguma reviravolta, que simplesmente não irá acontecer. É como se o filme preparasse terreno para um desfecho pegando fogo, mas, tudo o que conseguimos, são algumas cenas mornas. É uma pena, porque seria muito melhor se houvesse mais ousadia no clímax. Deixou muito a desejar. Apesar disso, vale a pena assistir e tirar suas próprias conclusões. Não é uma perda de tempo, até porque, não custa nada acompanhar Seyfried em tela. Nota 7,0.

Trailer Legendado:

Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. vanessa vasconcelos reznor14 de maio de 2012 às 21:44

    ótima crítica,concordo com tudo,tbm esperava bem mais desse filme.

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  2. Quem é o sequestrador? Perdi o final, dormi e estou muito curiosa!

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