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[Crítica] O Despertar


Direção: Nick Murphy
Ano: 2011
País: UK
Duração: 107 minutos
Título original: The Awakening

Crítica:

Às vezes, morrer não significa partir.

Sim! Estamos aqui, mais uma vez, para comentar sobre um filme cujo tema é: fantasma assombra propriedade. Será possível que estes mortos não conseguem achar a luz brilhante e descansar em paz nas suas respectivas nuvens sagradas e seus descansos e paz eterna? Pelo o que o mundo do terror anda mostrando, não. Como aponta a tagline de O Despertar, morrer não significa partir, até porque, não dá para prever quando iremos morrer e os assuntos inacabados pipocam para todos os lados. Mesmo assim, não tem como não se perguntar: Tem como fazer algo que preste com um tema tão maçante?

A história gira em torno de Florence, uma espécie de caça-fantasmas, especialista em desmascarar aqueles charlatões que fingem ter contato com o outro mundo. Sua vida tomou este rumo depois de ter perdido um ente querido e, buscando pela verdade, ela guarda a esperança de poder falar com seu amado mais uma vez. Porém, a cada frustração, seu coração se fecha, fazendo-a acreditar que fantasmas definitivamente não existem. Logo, Robert vai até ela, buscando por seus serviços. Segundo ele, meninos de um internato parecem ter visto o espírito de um garoto e tudo pode estar relacionado com um caso bizarro, que aconteceu muitos anos atrás. Agora, Florence irá descobrir que, uma vez que se tem contato com o outro lado, não tem mais como cortar esta conexão.

Eu sei que sempre faço a pergunta se podemos encontrar algo novo em um filme deste tema. Mas, acontece que é realmente difícil vermos algo realmente original, que nos impressione, porque já tivemos uma quantidade impressionante de material sobre este assunto. Incrivelmente, O Despertar, apesar de não ser realmente original, consegue manter um nível e charme, que certamente irá agradar boa parte dos espectadores. Parte disso se deve a sua ambientação, que se passa em outra época. Além disso, a fotografia morta encaixa perfeitamente com o cenário macabro, fazendo um casamento perfeito entre estes elementos, nos trazendo uma qualidade visual acima da média.

As assombrações também são interessantes. Acontecem de formas pouco óbvias e nem sempre somos "brindados" com aquele aumento do som. O diretor é inteligente em inserir o fantasma em diversas cenas no fundo, sem foco, fazendo com os próprios espectadores vá a caça do que está acontecendo. É claro que não escapamos de alguns sustos com o som alto, mas só acontece com momentos fundamentais. E o melhor de tudo isso, é que as assombrações realmente funcionam, causando um efeito opressivo a quem assiste.

Muitos não irão gostar deste filme por causa do seu terceiro ato. Muitas coisas sem sentido aparecem em tela e, inicialmente, não há qualquer ligação para elas. Mas, com a reviravolta final, tudo é encaixado perfeitamente. Apesar disso, há um quebra na tensão e o que deveria garantir uma conclusão assustadora, se torna um verdadeiro drama com elementos de suspense. O desfecho merecia ter um desenvolvimento melhor. Além disso, o filme ainda fecha com uma grande dúvida no ar, fechando a história com duas possibilidades (apesar que, se vocês prestarem atenção, verão que só uma delas está certa).

Enfim, eu recomendo. Este é um filme de suspense charmoso, com um clima opressivo e personagens com dramas internos interessantes. A pouca quantidade de pessoas em tela e o sentimento de solidão apresentado pela protagonista se misturam de uma forma intensa, fazendo com que, até que está do outro lado da tela, se sinta sozinho. Bem, só quero destacar que o final realmente pode incomodar alguns, então sem reclamações depois. Eu apenas achei interessante a forma como o roteiro explicou algumas coisas avulsas, mas queria uma conclusão diferente para o mistério. OBS: Destaque para Isaac Hempstead Wright, que interpreta o garotinho Tom. Atualmente, ele pode ser visto na sangrenta série Game of Thrones. Nota 8,0.

Trailer Legendado:

Comentário(s)
11 Comentário(s)

11 comentários:

  1. Sabia que lembrava desse menino de algum lugar... rsrsrs. Ah até que gostei do filme, boa a história.

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  2. vanessa vasconcelos reznor26 de março de 2012 às 12:36

    é né, parece legalzinho..........

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  3. Eu adorei o filme, maravilhoso. Recomendo

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  4. No final Florence morre ou fica viva?

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  5. SPOILER, NÃO LEIA SE NÃO TIVER VISTO O FILME:
    Eu acho que ela vive.
    No final, eles falam de uma tragédia. Mas, creio eu, que eles estão falando do cara ter se revelado um psicopata. E a Florente tê-lo matado.
    No final, a Florence dá oi para uns figurantes e um deles responde, então ela está viva... Já que não tinha ligações com ele.

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  6. não gostei tanto assim,nota 6 filme regular

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  7. No final o diretor fala dela (no passado, como se estivesse morta) enquanto ela passa as pessoas que as vê são solitários como o tom explicou.... os que falaram com ela podiam vê la. acho kkkk, entendi não kkk

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  8. Esta morta. Tom afirma antes do dialogo final: 'eu sei que esta ai', quando ela se posiciona atras dele.

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  9. Fiquei na dúvida, ela passa por alguns q agem como se não a viessem, mas o namorado apesar de falar como se ela estivesse invisível, a beija na frente de todos, e quem está ao redor, não vai pensar q ele está louco? É ela pega o cigarro dele, quem vê um cigarro flutuante não se assustados? E os garotos q falaram com ela...

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  10. Fiquei na dúvida, ela passa por alguns q agem como se não a viessem, mas o namorado apesar de falar como se ela estivesse invisível, a beija na frente de todos, e quem está ao redor, não vai pensar q ele está louco? É ela pega o cigarro dele, quem vê um cigarro flutuante não se assustados? E os garotos q falaram com ela...

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  11. Eu procurei enlouquecidamente um site com spoiler pelo mesmo motivo: viva ou morta?
    Eu pensei que ela estivesse viva, pelo fato dos garotos a cumprimentarem, dela fumar um cigarro e ser abraçada pelo professor, além de não ver nem a Maud e nem o Tom, referindo-se a eles como mortos. No entanto...
    O diretor fala dela enquanto ela está passando pelo corredor. Os únicos a cumprimentá-la são os garotos e o professor. Se lembrarmos, ele diz que vê os amigos mortos o tempo todo e na hora em que ela encontra com o Tom no final, ela diz que a gente vê o que precisa ver, o que pode ser o caso dela, ou seja, os meninos mais tímidos acabam vendo-a como proteção, ninguém mais. O fato dela dizer que volta não significa nada, pois supostamente os mortos demoram a encontrar-se mortos.

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