[Crítica] Sangue Quente
Autor: Isaac Marion
Editora: LeYa
Lançamento: 2010
Título Original: Warm Bodies
Crítica:
Bem, estamos em uma época onde o amor fala mais alto. Sim, agora vocês podem me perguntar, "e em qual época não falou?". Acho muito justo. Mas estou me referindo a um amor diferente, um romance sobrenatural. Sabe como é, com a popularização da franquia Crepúsculo, tivemos uma onda de produções vampirescas, cinematográficas e literárias. E como tudo o que é explorado demais, acaba ficando cansativo, o jeito é apenas para meios não convencionais. Qual seria a próxima criatura a se apaixonar por uma mortal? Um lobisomem? Um anjo? Um zumbi...?
A história deste livro segue um zumbi chamado R, que não lembra de nada sobre sua época humana, assim como todos os outros. Depois de uma caçada, ele mata um garoto e acaba poupando a namorada dele, Julie, por motivos que ele mesmo desconhece. Confuso, o zumbi a leva para seu "lar", num aeroporto. Não demora muito para o zumbi perceber que a garota desperta coisas estranhas nele e R começa a sentir mudanças em seu corpo, assim como sua forma de pensar. Conforme o relacionamento dos dois evolui, R percebe que isso não afeta apenas a ele, mas sim a todos os outros ao seu redor. Logo, eles se encontrarão no meio de uma mudança pós-apocalíptica que poderá selar o destino de todos.
Um zumbi se apaixonar por uma garota? Sim, isso parece um tanto quanto improvável. Mas, para falar a verdade, o mais improvável é a garota retornar os sentimentos do morto-vivo. E isso acontece! Calma, não temos nenhum tipo de necrofilia bizarra. Apesar de tudo, o romance dos dois vai acontecendo a passos lentos, assim como as sutis mudanças ao redor dos protagonistas. O fato do R estar inteirinho e não ter perdido nenhum membro, ajuda na aproximação da garota, já que ela o descreve como um garoto bonito (apesar de morto).
Para quem não sabe, um filme baseado neste livro será lançado este ano. Será protagonizado por Nicholas Hoult e Teresa Palmer. Todos criticaram as primeiras imagens, dizendo que seguirá a mesma linha que Crepúsculo, mas acho que isso será meio difícil, até porque, o tema é "zumbis", então fica difícil esconder todo o gore presente em cenas fundamentais do livro. Eles podem até amenizar, mas não poderão cortar tudo. Além disso, a direção ficou a cargo de Jonathan Levine, que soube conduzir de forma brilhante o suspense Tudo Por Ela, além do drama 50%. E eu confesso que estou ansioso pelo filme e, por este mesmo motivo, li o livro, porque eu simplesmente não aguento esperar.
Tem umas coisas no livro que me desagradaram, como os sonhos do protagonista com Perry, o namorado de Julie, que ele matou. Na primeira metade, eu achei interessante, ele tendo acesso as memórias do garoto, mas isso segue o zumbi até o final. Além disso, no terceiro ato, o zumbi simplesmente tem um coral, com todas as suas vítimas, falando coisas desnecessárias dentro de sua cabeça. Essas tais narrações são chatas e não influenciam em nada na história. Para falar a verdade, se vocês quiserem pular, conseguirão entender o resto do livro perfeitamente. Mesmo assim, eu gostei da parceria entre o Perry e o R no final. E o melhor, a personagem Julie pulou um drama enorme quando ela descobre que o zumbi matou seu namorado, e foi uma das melhores coisas do livro, este momento anti-clichê.
Eu recomendo! Achei muito divertido e não tem como não se deixar levar pelo carisma do R, que narra o livro. É interessante ver um garoto narrando este tipo de história, já que, geralmente, é a mocinha indefesa quem conta. E foi divertido entrar na cabeça dele, entender suas motivações e a lenta evolução do seu ser. A mocinha, por outro lado, surpeende ao não ser aquela mosca morta de sempre, não conseguindo controlar a própria boca. Para todos que gostam de um romance e algumas cenas nojentas, narradas com a maior naturalidade do mundo, é um prato cheio. Agora, voltaremos a falar de paixão-zumbi daqui a alguns meses, quando o filme for lançado.
Parece interessante,vou conferir esse livro e talvez assista o filme.
ResponderExcluirsou muito de ler não,mas valeu.....:)
ResponderExcluirÉ muito meloso?
ResponderExcluirRealmente lembra Crepúsculo. De qualquer forma, não deixa de ser mais uma história de necrofilia.
"R começa a sentir mudanças em seu corpo, assim como sua forma de pensar"
ResponderExcluirzumbis
não
PENSAM!
São monstros desmembrados, sem cérebro e com as tripas pra fora! Não são bonitos, não tem lar e nem poupam MERDA NENHUMA DE GAROTINHA.
Se querem zumbis e homens bonitos? Tudo bem, joguem RESIDENT EVIL ou qualquer um desses jogos/filmes/séries que lançaram agora [por que agora virou modinha]
Mas NÃO VEJAM um filme ridículo que faz com que um suposto "zumbi" se apaixone por uma Bellinha 2
["gore", nossa, deve ser muito assustador ver um pirralho com tinta vermelha na boca '¬¬]
~VanPercie [vulgo victória] esteve aqui~
ZUMBIS ! = São criaturas infectadas por um certo vírus que entrou nelas, eles não tem raciocinio lógico e nem sentimentos, não comem carne de animais. Vivem a procura de carne humana para saciar a sua fome (Versão dos EUA).
ResponderExcluirOu seja = Eles não pensam, e não tem sentimentos e emoções, sendo assim eles não são capazes de sentir de maneira alguma ! Uma atração amorosa por um ser vivo humano.
Igual os vampiros !
Eu amei o livro, acho que realmente as pessoas deveriam ler sem compromisso, ou criticarem depois de ler.
ResponderExcluirJá li crepusculo também e em nada essas duas historias se parecem, posso afirmar.
A historia é mais bem escrita, pq convenhamos a stephanie meyer é pessima.
A mocinha não é uma songa monga como a Bella q espera as coisas acontecerem.
nao existe nenhum triangulo amoroso forçado.
e eu realmente amei o fato de nao ter nenhum drama desnecessario qnd o R conta pra julie q matou o ex dela. isso foi otimo.
É legal tambem ver como a mente do R vai evoluindo ao longo do livro por causa da Julie
e a explicação para a invasão zumbi no mundo tbm foi bem criativa apesar de um pouco romantizada.
o livro nao é meloso como crepusculo galera, recomendo a leitura para os que estiverem de mente aberta(o q é raro hoje em dia).