[Crítica] Maré de Sangue

Direção: Matt L. Lockhart
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 94 minutos
Título original: The Watermen

Crítica:

O mar pode ser mais perigoso do que parece.

Todos param de medo quando percebem que estão diante de um filme distribuído pela Playarte e ele acabou de ser lançado direto em DVD. Não tiro a razão de vocês, até porque, a maioria desses lançamentos são verdadeiras bombas. Sendo um crítico e tendo que lhes informar sobre estes perigos, sirvo de piloto de testes para vocês, me sacrificando para que vocês não morram de tédio assistindo a uma porcaria de filme. Mas, eu fico super contente quando me deparo com alguma coisa que preste e quase anula todo o sofrimento que eu passei assistindo aquelas outras produções medíocres. Bem, Maré de Sangue se salvou da minha língua chicote.

A história gira em torno de seis amigos que vão até o meio do nada para pescar. Eles tem um barco, um capitão particular e uma isca muito especial. Mas há um motivo para ela ser mais caro e mais eficiente que as outras iscas comuns, ela é feita com carne humana. Não demora muito para o barco do grupo dar algum problema, deixando-os à deriva no mar. Quando outro barco finalmente os acha, eles pensam que foram salvos, mas acabaram de assinar suas sentenças de morte. Agora, eles terão que se unir para acabar com um inimigo que está em maior número e quer triturá-los e servi-los como isca, literalmente.

Antes de assistir, eu já estava enumerando os defeitos do filme. A sinopse oficial deixava a história vaga e parecia que tudo seria uma porcaria. Eu mesmo não procurei saber muito da história, querendo ser surpreendido com toda a sua ruindade. Sabe como é, sou guerreiro e gosto de ser surpreendido com os níveis infinitos de ruindade de uma produção. Para minha total surpresa, não foi isso que aconteceu. Não sei se é porque as minhas expectativas estavam baixas, mas Maré de Sangue realmente me agradou.

Primeiro vamos falar de coisa boa? Não, eu não vou começar a falar da nova TopTherm! Vamos falar do gore e quantidade de violência. Este quesito foi uma das melhores surpresas, porque temos bastante cenas nojentas e ataques eficientes. Destaco o momento em que um dos personagens tem a perna furada por uma espécie de tridente de capeta. Foi uma cena bem feita e a câmera não desviou. Além disso, somos brindados com cenas de mutilação, onde os vilões picam os jovens ainda vivos.

Temos também uma correria típica e desenfreada dos sobreviventes. E o que eu mais gostei, foi o fato do roteiro manter a grande maioria dos personagens vivos até pouco mais de uma hora de projeção. Eles conseguem reagir na mesma medida em que os vilões tentam eliminá-los. Destaque para a loira, que consegue escapar de várias investidas. Uma outra coisa a se destacar, é a quantidade de peitos em tela. Se temos muita violência, temos muitos peitos também. Um filme ideal para o sexo masculino. Violência e nudez!

É claro que eu recomendo! No final, o filme ainda fecha com uma ponta para uma sequência, que seria interessante se fosse realizada. Eu espero que isso aconteça, porque creio que não seria nenhum sacrifício assisti-la. Bem, se vocês estão procurando algo com história e profundidade, vão assitir o Titanic afundando. Este é um filme sobre violência e perseguição, nada mais. A história não passa daquilo que eu falei na sinopse, então não criem expectativas além disso. Dado o aviso, divirtam-se. Nota 8,0.

Trailer Legendado: