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[Crítica] O Dragão do Gelo


Direção: Steven R. Monroe
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 89 minutos
Título original: Wyvern

Crítica:

Um antigo mal despertou para se alimentar.

É, vocês estão animados? Esta é a segunda rodada, a final, da Dobradinha dos Maneaters. Para quem não sabe, a primeira parte ficou por conta do tosco Ice Spiders – Assassinas do Gelo. Desta vez, temos um filme que já foi lançado nos EUA há vários anos, e só agora tem a chance de dar as caras no território nacional. É um legítimo filme da série Maneater, mas será que isso é garantia de alguma coisa?

A história gira em torno de uma cidade pequena no Alasca, que está se preparando para o Festival do Solstício. Para acabar com os preparativos, um dragão que estava preso do gelo é desperto depois que o mesmo derrete. Agora, todos são alvos desta besta pré-histórica que está sedenta por sangue e vontade de procriar. Conforme as ruas da cidade vão sendo manchadas de sangue, um pequeno grupo de sobreviventes terá que se unir e traçar um plano para acabar com a criatura, antes que ela acabe com eles.

Alguém pediu fogo? É brincadeira, até porque, o dragão deste filme não cospe fogo. Na verdade, ele só... Voa (?). Eu não sei se vocês perceberam, mas, nos últimos meses, nossas locadoras estão sendo invadidas pelos mais diferentes tipos de bestas sanguinárias. Produções antigas, que pareciam nunca chegar ao Brasil, estão sendo lançadas como novidades. O que está acontecendo com as Distribuidoras? O mercado de vídeo está tão fraco que está sendo necessário resgatar produções antigas? Bem, seja lá o que estiver acontecendo, não irá parar tão cedo.

Os efeitos são medianos, até que não são ruins. Mas grande parte disso, é o fato da criatura reinar absoluta na tela. O dragão nunca interage com as vítimas de verdade. Todas as mortes acontecem em offscreen. Até o final do filme, isso se torna cansativo, até porque, o diretor usa os mesmos recursos para todas as mortes. Dragão chega perto, vítima vira e grita e fim. A tela fica preta e o dragão parte atrás de sua nova vítima. Achei bem fraco, poderia ter rendido algumas mortes bem violentas. Apesar de tudo, eu gostei de uns dois ataques da criatura.

Se você procura por um roteiro mais inteligente ou qualquer outra coisa do tipo, vai se decepcionar. Como quase todos os filmes da Maneater, o objetivo é trazer uma criatura do quinto dos infernos e fazê-la comer o maior número de caipiras possível. Então não tentem entender como a criatura conseguiu despertar de dentro do gelo e outras pequenas curiosidades. Aliás, a explicação que temos é sobre o passado dramático do protagonista. E, confiem em mim, vocês não irão querer saber. Que história dramática e sem graça, e o pior, o protagonista leva quase 10 minutos para contá-la, com suas lágrimas forçadas.

Enfim, como vocês podiam imaginar, é mais um filme mediano da Maneater. Nem mais, nem menos. Eu ainda tenho esperança de que algum dia encontre um filme que realmente falha a pena. Mas acho que não estamos tão longe de ver um filme bom desta série. Pelo menos os efeitos especiais estão bem melhores que os primeiros lançamentos, no começo da série. Talvez se os filmes não se levassem tão a sério e apelassem um pouco mais para violência, tivessem um resultado mais positivo. Até que isso aconteça, vamos continuar testemunhando esta sucessão de erros. Nota 4,0.

Trailer:
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