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[Crítica] Lunar


Direção: Duncan Jones
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 97 minutos
Título original: Moon

» Distribuído pela Sony Pictures, direto em DVD, com o título Lunar. Interessante a escolha do título, sem grandes mudanças com o título original.

Crítica:

O último lugar onde ele esperava encontrar a si mesmo.

Porque filmes cujo plano de fundo acontecem no espaço sideral desperta tanto o interesse das pessoas? Eu diria que é pelo fato de que tudo pode acontecer. Uma vez lá encima, não há limites para a imaginação. Há pouco tempo, assisti Apollo 18, que consegue inovar neste subgênero e ainda injetar um pouco de originalidade aos filmes Found Footage. Moon não está aqui para ser um clássico, mas de certa forma, consegue inovar também, principalmente focando no improvável.

A história acompanha um momento do Planeta Terra crítico. Um momento onde não há mais recursos e recursos. Espertos como só eles, os seres humanos descobriram que é possível extrair energia do sol da parte escura do solo da lua (Transformers 3 feelings). Parece ser genial, certo? E, na verdade, é! Acontece que o excelente plano fica em xeque quando o astronauta responsável pela função começa alguns descobrir segredos sombrios sobre sua missão. Mas, estando na lua, para onde se pode correr?

Eu confesso que baixei este filme achando que seria mais um daqueles sobre alienígenas devorando seres humanos no espaço. Sim, foi o maior erro que eu já cometi. Mas foi uma perda de tempo? Acho que não, sinceramente. O filme tem suas deficiências (hoje em dia, qual filme não tem?), mas consegue se sair muito bem depois dos créditos finais. Isso porque eu não dava nada ao filme e queria mesmo é ver um alien devorando aquele homem.

Uma das coisas interessantes, é saber que o protagonista tem um contrato de três anos e deve permanecer isolado durante este tempo. Imagine ficar todo esse tempo na lua! Digo, todo esse tempo SOZINHO. Sinceramente, eu acho que dá para enlouquecer. Para ajudar a sanidade do personagem, temos um robô falante, que é muito carismático. Ele tem até um rostinho virtual, que vai mudando, de acordo com suas “emoções”. Foi bem inteligente colocarem o robô na trama, porque assim, não ficamos no escuro e podemos ouvir algumas conversas.

Agora, eu devo confessar que fiquei realmente chocado com as revelações e reviravoltas do filme. Apesar da primeira metade estar indo bem, eu pensei que ficaria naquela enrolação sem fim. Mas então, o roteiro deu na minha cara de forma surpreendente. A reviravolta final é trágica, onde finalmente sabemos o quão ruim pode ser o humano. Algo muito parecido aconteceu no, já citado, Apollo 18. Mas não fiquem comparando, estou comparando apenas o caráter dos mandantes da missão.

Acho fantástico o filme ter apenas um personagem. Isso é prova que o roteiro tem que ser no mínimo inteligente para suprir a falta de personagens e não deixar que ele fique entediante. Eu recomendo, é claro. Porque é um filme diferente, com uma proposta sutil que acaba pegando de jeito o espectador. É uma pena que o filme seja tão pouco conhecido. Agora, se vocês esperam suspense máximo, mortes e cenas ação... Podem esquecer. Lunar é praticamente um Drama disfarçado de Ficção Científica. Nota 7,0.

Trailer:

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