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[Crítica] Passe Livre


Direção: Bobby Farrelly & Peter Farrelly
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 105 minutos
Título original: Hall Pass

Crítica:

Uma semana. Sem regras.

Vários filmes de comédias vale-tudo (aquelas comédias onde tudo pode acontecer e geralmente onde acontecem as coisas mais baixas e inesperadas) já cansaram de explorar o universo masculino. Que os homens só pensam em sexo, todo mundo já sabe (tirando um certo vampiro vegetariano, ele é uma exceção a regra). Então eu demorei a assistir Passe Livre, até porque, achei que a história era um pouco comum e ele não teria coragem de fazer o que propõe. Grande erro!

A história gira em torno de dois amigos que recebem um passe livre, de uma semana, depois de suas esposas descobrirem todas suas taras reprimidas. Seguindo o "acordo", eles terão uma semana para fazerem o que quiserem, sem qualquer tipo de consequência. É claro que os dois vão correndo atrás de sexo igual o diabo de uma alma. Mas será que "liberdade" é o mesmo que "sucesso"? Eu acho que não. Depois de vários dias perdidos, eles percebem que a vida de solteiro não é tão boa quanto parece e que eles terão que resolver o problema logo, já que suas mulheres também estão de "passe".

Porque a grama do vizinho sempre parece mais verde? Bem, deve ser porque você está invejando tanto a dele, que esquece de aguar a sua. Acho que essa é a grande questão do filme. Nunca damos valor aquilo que temos. Na verdade, o valor só é reconhecido quando não temos mais. Para a felicidade dos personagens, não foi uma separação e sim, umas "férias" do casamento. E quanto a questão do filme ter ousadia... Meu Deus! Vou pregar minha língua na mesa. Como exemplo máximo de uma cena corajosa, temos o momento da hidro massagem, onde o protagonista é socorrido por um negão pelado. E sim, a câmera não desvia e dá close naquela salsicha preta enorme (!!). E o mais engraçado, quase encostando na cara do Owen Wilson.

Eu juro que quase tive um infarto com essa cena. E acredite, ela não é a única. Temos um festival de momentos bizarros e engraçados, a maioria envolvendo piadas sexuais. Dentre as que eu mais gostei, tem a cena da massagem japonesa, a masturbação no carro, o espirro de uma mulher passando mal e muitas, muitas outras. Eu nem preciso dizer que não é um filme que deve ser assistido junto com a família, certo? Então se sua vó ou mãe estiver sentada no sofá, coloque alguma coisa mais leve e inocente, como Hop - Rebelde Sem Páscoa.

Vocês por acaso sabem o que é um falso sexo oral? Não? Pois, é! Eu também desconhecia está técnica, mas Passe Livre conseguiu expandir minha mente. Sim, este filme também é cultura. Ensina cada coisa inacreditável que se sua mãe ouvisse bateria na sua cara com uma bíblia e falaria para este demônio do seu corpo sair. Brincadeira, pessoal! Mas é preferível que sua mãe não escute. Principalmente porque, no final, a maravilhosa técnica do falso sexo oral é mostrada, para dar uma noção ao espectador de como fazer. Calma, não mostra nada demais, a salsicha preta é o ponto máximo.

Então se você gosta desse tipo de filme safadinho, porque ainda não viu? Confie em mim, este filme não é familiar, como eu havia pensado. Tem muita coragem, aprendizado e safadeza. E não perca a cena final, depois dos créditos finais, é simplesmente hilária. Agora eu me pergunto, será que este filme vai ter sequência? Até porque, esse negócio de "passe livre" pode dar uma bela de uma franquia. Igual ao filme Se Beber, Não Case. Nota 10,0.

Trailer Legendado:

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