[Crítica] Street Dance

Direção: Max Giwa & Dania Pasquini
Ano: 2010
País: UK
Duração: 98 minutos
Título original: StreetDance 3D

Crítica:

Dois mundos. Um sonho.

Você está sentindo isso? Está sentindo o seu corpo mexer? Está sentindo que estou ficando maluco por começar a crítica assim? Então você ainda não viu Street Dance. Gosto muito de filmes desse tipo, tanto que sou o maior fã da franquia Ela Dança, Eu Danço (Até hoje não acredito que eles tiveram coragem de colocar esse título). Achei que seria Street Dance seria apenas uma cópia inferior. Eu estava certo, porém, superou minhas expectativas.

A história segue Carly, que depois de ter sido abandonada por seu namorado, se encontra em uma época difícil de sua vida. Ela precisa ensaiar para a grande final de um campeonato de dança, mas não tem onde treinar e, muito menos, patrocínio. É aí que entra a Helena, uma respeitada professora de balé, que lhe dá a oportunidade que ela precisa. Mas como nem tudo são flores, ela tem que cumprir com uma condição: ensinar Street Dance para um pequeno grupo de alunos de balé. Logo, eles verão que os dois mundos não são completamente diferentes e que uma mistura entre os dois estilos pode ser melhor que qualquer estilo...

Sim, o roteiro de Street Dance chupa algumas situações do primeiro Ela Dança, Eu Danço, como o caso da mistura de estilos, balé e dança de rua. Todos os elementos básicos presentes em outros filmes do gênero estão marcando presença neste. Temos o povinho do gueto, aquele "vilão" que quer ganhar e traí os amigos, o clichê dos mundos opostos, love dos líderes de cada estilo, entre diversas outras coisas.

O filme foi lançado em 3D, na mesma época que Ela Dança, Eu Danço 3 (também em 3D). No Brasil, foi lançado direto em DVD, pela Califórnia Filmes. Eu pensei que seria apenas uma cópia barata, mas até que não é bem assim. Temos boas coreografias de danças, o final é até melhor que o apresentado em Ela Dança, Eu Danço 3. Mas nenhum deles consegue chegar aos pés do desfecho de Ela Dança, Eu Danço 2, na minha opinião é o representante mais forte deste subgênero. A cena da dança na chuva é épica.

Existem alguns pontos negativos neste. Um deles é o começo. Fraco desenvolvimento. O diretor apela para apresentar cada um dos personagens pelo nome, num efeito tosco. Já que nem todos são importantes e o espectador tem inteligência suficiente para acompanhar sem a "abertura malhação". Sem contar que metade das pessoas apresentadas nem aparecem direito no filme, então eu me pergunto: qual o propósito? Aumentar a duração do filme.

O filme só começa a engatar mesmo quando mocinha conhece a tal professora de balé. E é neste momento que temos um dejá vù com aquela outra franquia que eu venho comparar deste o começo da crítica. Todos nós sabemos o que vai acontecer e quando os personagens descobrem que sua "salvação" é fazer uma mistura de estilos, o espectador quase tem um ataque. Dá vontade de chegar pra personagem e falar: "Ô vadia, você não viu Ela Dança, Eu Danço? Isso não é mais original." Mas quem está reclamando, não é verdade?

Todo mundo que for ver já sabe que não se trata de uma história original. A maioria quer ver pelas coreografias apresentadas. E neste quesito, eu posso dizer que Street Dance me surpreendeu. Esperava umas dancinhas bobinhas, mas o final foi simplesmente um estouro. Sem contar que pareceu uma peça de teatro, com direito a historinha e tudo.

Agora que todos sabem com o que estão lidando, decidam que vale a pena assistir ou não. Eu gostei, mas o meu preferido é, e sempre continuará sendo Ela Dança, Eu Danço 2, com a maravilhosa Briana Evigan. Mas se você é fã deste tipo de filme, pode assistir tranquilo que dá para se divertir. OBS: Gostei do garoto que dá um show de dança no final. E detalhe: sozinho. Show me what you got, bitch!

Trailer Legendado: