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[Crítica] Pânico na Ilha


Direção: Jay Chandrasekhar
Ano: 2004
País: EUA
Duração: 104 minutos
Título original: Club Dread

Crítica:

Férias de matar.

Depois que Todo Mundo em Pânico foi lançado, parece que estabeleceu um novo padrão para o subgênero da paródia. Logo veio um zilhão de outras paródias, uma mais idiota que a outra, que faziam de tudo para aparecer. Zuando o máximo de filmes de sucesso possível. Por isso a maioria das pessoas acha este tipo de filme idiota, mas isso não é bem verdade. Tínhamos Todo Mundo Quase Morto, como um forte representante de uma paródia inteligente. E agora, temos Pânico na Ilha.

A história segue um grupo de funcionários de uma ilha isolada que faz de tudo para entreter os hóspedes (até sexo, numa cena muito engraçada que o dono do lugar fala: Se possível, transem com os hóspedes, alguns nem são tão feios). Logo, um a um, vai morrendo de maneira misteriosa e os sobreviventes têm que se juntar para não serem os próximos. Quem será o assassino? Quem sobreviverá a noite? Quem era a melancia que foi comida pelo pretzel (só vendo para entender essa)?

Apesar de ser um filme de comédia, Pânico na Ilha não perde em nada para muitos filmecos por aí que se classificam de "terror". Temos sim, cenas engraçadas e improváveis, como em toda boa paródia, mas algumas sequências são até que bem feitas. Como a cena de abertura. Começa de forma clássica: jovens fumando uma maconha básica no meio do nada, com os hormônios à flor da pele e neurônios de menos. Quem não sabe o que está assistindo pode até ficar tenso com a perseguição das primeiras vítimas. Sem contar que tem umas ótimas sacadas (como a parte em que a loira tenta se apoiar em algo e acaba encontrando o facão do assassino).

Uma situação presente em praticamente todos os filmes de terror atualmente, e que são parodiadas a todo momento, são os "sustos fáceis". É impressionante como o diretor consegue enganar o espectador com sustos falsos atrás de sustos falsos. Geralmente a cena está se desenrolando naturalmente e você sabe que vai acontecer um susto falso, e realmente acontece. Aí o clima fica tenso e você pensa 'agora vai', mas na verdade não. É apenas outro susto falso. É bem divertido, porque situações como esta acontecem do começo ao fim.

Por essas e por outras, temos um milhão de momentos anti-clichês. Sabe aqueles momentos manjados de todo filme de terror que você sabe exatamente o que irá acontecer? Então, não dá para prever como as cenas deste filme irão se desenrolar. Geralmente o clima de tensão é cortado por uma piada ou atitude idiota de um personagem. Afinal, estamos parodiando filmes de terror, não poderiam faltar vítimas burras (como um personagem que tenta fugir de carrinho, mas ele anda a menos de 10 KM por hora).

Alguém aí sabe a última coisa que não pode faltar em um bom filme de terror? Ñão sabem? Eu estou falando do assassino que se recusa a morrer. Ele também marcou presença em Pânico na Ilha. Mais uma vez, de uma forma engraçada, crítica e surpreendente. Quando você acha que ele não pode mais levantar, lá está ele agarrando um dos sobreviventes.

Enfim, o filme foi lançado a bastante tempo, mas é bem possível achá-lo nas locadoras (e sites de downloads). Se você gosta de filmes divertidos e está sentindo falta de uma paródia inteligente, assista logo, porque você está perdendo tempo. OBS: Destaque a cena da perseguição do "pacman" e a fala final de um dos personagens antes de morrer: "Seria muito legal se vocês duas começassem a se beijar..." Nota 9,0.

Trailer:

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