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[Crítica] The Rage


Direção: Robert Kurtzman
Ano: 2007
País: EUA
Duração: 85 minutos
Título original: The Rage

Crítica:

Filmes de zumbis já se tornaram clichês do mundo dos cinemas, isso se deve a já esgotada fórmula dos velhos "mortos-vivos que querem carne humana". Bem, pelo menos essa é a idéia básica de todo filme com esse tema. Um filme que conseguiu fugir um pouco dos clichês, e nos apresentar um idéia nova, foi, Madrugada do Mortos (2003), que mostrava zumbis com agilidade (verdadeiros maratonistas, pra falar a verdade). Mas essa introdução é para dizer que The Rage é original? Não, não chega a ser assim. Pra falar a verdade, o roteiro até tenta explorar coisas novas, mas, ao final não consegue passar de um filme mediano.

Um cientista maluco faz testes com humanos, na esperança de criar um vírus para acabar com a população mundial (traumas do passado). Em um prólogo até que interessante, é mostrado 'a ira' (parece que o título nacional caiu muito bem) de um transformado que conseguir se soltar e, consumido pelo ódio, ataca o lunático doutor. O resultado é uma boa cena de briga, com direito a golpes baixos, machacadas, facadas, tiros a queima-roupa etc. O prólogo termina com a morte (Bem cruel, diga-se de passagem) do cientista. O começo é bem feito e empolgante, o efeitos de maquiagem estão ótimos e super nojentos. É um ótimo prólogo...

Mas quem se animar com esse ótimo início vai se decepcionar, pois o filme segue lento, e o resto da história perde totalmente o foco. Bem, vamos continuar com a linha narrativa...
Em um lugar isolado nos arredores do laboratório escondido, um grupo de jovens estão se drogando, transando e bebendo loucamente em um rave. Enquanto eles desconhecem o perigo que passam, o zumbi que matou o Dr. vaga pela floresta em busca de carne fresca. Logo, ele encontra um casal (que estava transando, é só isso que eles sabem fazer?) e os mata brutalmente. Então, agora você acha que ele vai continuar vagando e matando da forma mais cruel possível o pequeno grupo de protagonitas? Errou, e errou feio. Na verdade, o mega zumbi, depois de ter feito sua refeição, cai no chão da floresta e ...morre! Isso, você não ele errado. Ele morre.

Então, seguimos com a primeira reviravolta da trama: abutres comem a carne apodrecida da cobaia morta e se tornam "Abutres-comedores-de-gente-zumbis". E, depois de um acidente os jovens têm que enfrentar a fúria dos pássaros assassinos que voam, bicam, vomitam um negócio verde etc. O ruim dessa idéia é que é difícil engolir pássaros assassinos, e a forma como eles são mostradas deixa uma impressão ridícula, tirando toda a credibilidade do filme.

Além desse ponto negativo, há também a brusca mudança dos ótimos efeitos de maquiagem, para os "trash" (para não dizer horríveis) abtubres em CGI. Os efeitos gráficos não são muito bons, e nos fazem perder o pingo de respeito que ainda tinhámos. Para completar as falhas, podemos citar o elenco, totalmente inexpressivo. A única melhorzinha é a bela Sean Serino (que interpreta a Pris). A protagonista é sofrível, Misty Mundae não consegue segurar o papel principal e se mostra fraca.

Como pontos posivitos estão o ótimo início e efeitos de maquiagem, o roteiro ainda traz algumas surpresas, como sanguessugas mutantes, que protagonizaram uma cena interessante, que poderia ser melhor explorada. Há também uma cena que envolve mortes de criança (algo muito raro de acontecer em um filme), o diretor mostrou ataques e os corpos dilacerados dos pequenos inocentes, mostrando a mão firme e decidida de Robert Kurtzman.

No final, o zumbis voltam a dar as caras na tela, e o ritmo volta ao início. E encerra com um final já esperado que fica por uma sequência. Considerando tudo, temos um filme médiano, que se esforça em sair do clichê. Mas que não é nada além de diversão passageira. Nota 6,0.

Trailer:

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