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Crítica | Dead of Summer - 1x07: Townie


Vamos todos mergulhar no poço de sangue e dar as mãos para o demônio.

Review: 
(Spoilers Abaixo)

Faltando apenas três episódios para o final de sua primeira temporada, Dead of Summer entrega a história mais confusa já vista. Apesar de ainda acertar em alguns aspectos interessantes e explorar ideias intrigantes, a trama se mostra completamente desinteressante por justamente não ser coesa. Assim o espectador até tenta entrar dentro da ação, mas são tantas pontas sem nó que dá até preguiça de tentar criar alguma teoria para aquilo tudo.

Uma das coisas mais mal exploradas desde sua premiere é a mitologia. Partindo do ponto em que seria mais convincente um assassino em um acampamento no final dos anos 80, os roteiristas decidiram investir em um conceito completamente diferente, que até poderia ter dado certo se fosse bem roteirizado. Fantasmas, assombrações, cultos e demônios são temas um tanto quanto difíceis de serem trabalhados, por necessariamente ser preciso explicações lógicas e convincentes para aquilo tudo funcionar, e isso não acontece já que a maior preocupação do roteiro é aprofundar o passado de seus protagonistas.

Nesta semana dois personagens foram os focos dos flahsbacks e por precisarem dividir tempo em tela com a história do culto, tudo se apresentou apressadamente e sem o impacto que as outras apresentações causaram. Garrett era o típico garoto problemático e egoísta quando jovem, e Jessie era a menina legal, positivista e com espírito de equipe. Os dois em pouco mais de cinco anos, além de mudarem absurdamente aspectos físicos, também viram suas originalidades mudarem da água para o vinho.

Enquanto todos os outros protagonistas conseguiram moldar suas personalidades e apresentarem argumentos válidos e reais para serem do modo que são, Garrett e Jessie por serem apresentados no final da temporada e num único episódio não conseguem convencer como em tão pouco tempo mudaram de um menino egoísta para um bom moço e de uma menina que vê o melhor nas pessoas, para uma verdadeira bitch.


Outro aspecto a ser notado que contradiz o próprio roteito, foram as atitudes do bom policial. Ele foi o primeiro a duvidar das coisas sobrenaturais que aconteciam no acampamento, e agora que todos os outros já sabem que existe algo de muito ruim acontecendo lá, ele parece duvidar de tudo e não acreditar na palavra daqueles que presenciaram situações inimagináveis, o que não faz sentido. Sem falar que ele ficou meio episódio correndo de um lado para o outro no mesmo cenário sem nenhuma explicação plausível já que ele não possuía nenhum tipo de pista, mas isso é culpa da direção.

Amy como sacrifício/hospedeiro também não funcionou. Ela foi mais uma vez hipnotizada numa cena muito bizarra e toda a sequência naquela caverna deu um pouco de vergonha alheia, já que o lugar era super pequeno e estreito e mesmo assim tinha um posso super profundo e bizarro com água avermelhada. O que funcionou mesmo foi o sacrifício geral do culto, o que evidencia que o terror está finalmente para começar.

A revelação do "vilão" não foi surpreendente, mas foi suficiente e fez sentido, apesar do personagem sempre ter sido um figurante na maior parte do tempo. O que não fica claro é quem realmente está por trás dos três assassinatos até agora, já que em seus últimos momentos o vilão revela que não cometeu nenhum dos crimes de que foi acusado, o que levanta a hipótese de ter mais alguém por trás do culto, possivelmente um dos campistas, o que agitaria satisfatoriamente a trama.

Com um episódio na maior parte do tempo confuso, DoS finalmente abre as portas para o ato final e para o início do banho de sangue que é prometido desde sua estreia. Veremos se o slogan de "ninguém está a salvo" vai se concretizar ou se a série vai ter medo de se desfazer de seus personagens assim como tantas outras (Scream, Scream Queens). Pela promo, pelo menos dá a entender que estes três últimos episódio serão banhados a muita gritaria, perseguições, sustos e é claro, muito sangue.
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