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[Crítica] How to Get Away with Murder - 2x02: She's Dying


E o mistério cresce e a ansiedade só aumenta.

Review: 
(Spoilers Abaixo)

Com certeza o que eu mais odeio (na verdade a única coisa que odeio) em HTGAWM é o fato de eu ter que esperar uma semana para ver o episódio seguinte. De verdade, não existe dor maior do que essa. Porque vamos combinar, o roteiro está tão impecável quanto o do primeiro ano, que já era perfeito, e agora a série está ainda mais (se é que isso isso é possível) de tirar o folego. Shonda se prova como o cérebro mais criativo de todos os tempos, e não é só por causa de How to Get e sim por sabermos que ela tem mais três shows de sucesso na manga que também continuam com uma trama surpreendente.

Durante esses quarenta e dois minutos, tudo o que ficava no ar a cada cena era quanto tudo aquilo era bem planejado e que simplesmente não existe ponto sem nó. Nada ali está "boiando" no roteiro, tudo, excepcionalmente tudo, tem um motivo para se mostrar. Desde o menino que Michaela conhece no tribunal até a doença de Oliver que ainda faz mais parte de uma subtrama.

Ponto mais que positivo para os roteiristas é o fato deles não desmerecerem nenhum drama. Apesar de algumas serem tratadas com tempo menor, todas recebem uma carga dramática digna. E então o que falar da cena de Annalise com a Bonnie? As duas até então tinham uma relação mais patrão/empregado e nenhum detalhe da história das duas ainda estava muito claro. Dessa vez, apesar de apenas em um momento e sem grandes revelações, as duas atrizes mostraram do que são capazes e me deixaram de boca aberta realmente.

Um aspecto relevante é como Annalise é tratada dentro daquele ambiente. Sabemos que ela é a protagonista master e tudo gira entorno dela, mas o que é mais perceptível ainda é como ela  faz mal a todos a sua volta. Ela é forte e principalmente manipuladora, e sabe muito bem disso, então ela usa todos os seus artifícios ao seu favor. Claro que ela não é uma bitch convencional vilanesca, ela é só uma pessoa persuasiva demais e não tem medo de fazer o que tem que fazer. Isso era notável desde o primeiro ano, mas neste, tudo a sua volta parece fazer parte de um jogo que ela joga lindamente, e não teme em usar as peças, ou mesmo de perde-las se necessário.

Uma questão que eu tinha em minha mente é se depois da revelação do assassino de Rebecca essa trama seria esquecida ou mesmo deixada de lado, e apesar dela não ser o foco principal, ela está lá a todo o momento. Pensei que isso seria abordado mais para frente para gerar um choque maior no espectador com alguma grande revelação, ao contrário disso, as coisas vem vindo minuciosamente. Ou seja, nada foi esquecido, mas não significa que vai estar em evidencia, pelo menos nessa parte da temporada. Acho mais que justo que tratem isso de um modo meio secundário, o que não prejudica e faz com que quem assiste preste muito mais atenção nos detalhes.

Não posso deixar de citar Connor que ainda é soberano entre os alunos. Ele desde o início se mostrou com as histórias mais interessantes e agora com a trama envolvendo Oliver dá espaço para o ator mostrar um lado diferente do personagem e não só toda aquela pegação. Ainda que tudo seja tratado com certo despreocupação do script (quando digo isso me refiro que a trama não será o foco principal dos episódios), isso releva o elo do casal e já evidencia as facetas que pretendem ser trabalhadas futuramente, e não só a doença em si, como Asher fez.

Com mais momentos impecáveis, atuações perfeitas, uma trama de invejar a qualquer série policial, dramática ou de qualquer tipo, How to Get Away with Murder surpreende por esse início de temporada, e acho bem difícil que esse ritmo se perca, já que Shonda sabe o que faz. Aguardemos pelas próximas revelações e pelo mistério que só tende a crescer e que inclina-se ainda mais para nos deixar com aquela ansiedade de morrer para a próxima semana.

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