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[Livro] The Double Me - 2x17: The Perfect Snow Falls (Season Finale) [+18]

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2x17:The Perfect Snow Falls
"Quando milagres acontecem todos os dias, o que resta para o natal?".

O celular de Alex tocou. Bateu a porta da limusine e atendeu a chamada enquanto caminhava em direção a mansão Strauss. 

— Nate, estou chegando — Ele informou. 

— Eu sei, estou te vendo pela janela. Você consegue me ver? 

Alex olhou. Nate estava no andar de baixo, segurando a cortina da sala de estar com uma mão e usando a outra para manter o celular colado em sua orelha. 

— Espera, vou te mostrar o dedo do meio — Nate sorriu. Alex podia enxergar perfeitamente o gesto obsceno de onde estava. 

— Esse é seu espírito natalino? 

— Todo mundo já chegou, só falta você. Tente sorrir de maneira complacente quando vir Judit usando seu vestido de halloween. 

E a chamada foi encerrada. Alex colocou o celular de volta no bolso do casaco e continuou caminhando. Quando chegou a porta de entrada, logo após as escadinhas que levavam ao pátio, Valeska o surpreendeu animadíssima, com direito a flocos de neve em forma de papel e roupas que lembravam as vestes do Papai Noel. 

— Feliz natal, senhor Alex! 

— Valeska — Alex sorriu, incrédulo. — Feliz natal. 

— Yay! — Ela balançou o pequeno chocalho que segurava. 

Alex ajudou-a a tirar seu casaco e atentou para a decoração natalina. Os degraus da escada estavam repletos de neve falsa, os corrimões enfeitados sutilmente com vários modelos de pisca-pisca e o tapete, antes na cor marrom desbotada, acabara de ser trocado por um novo modelo vermelho capaz de chamar a atenção de qualquer visita. 

Judit tinha acabado de sair da cozinha quando Alex deu o primeiro passo em direção a sala de estar. Parecia estar dialogando com os empregados que continuavam no outro cômodo. Infelizmente, Nate tinha razão a respeito de seu vestido. Os rostos estampados de forma imprecisa e a dureza das cores lembravam sutilmente o dia das bruxas. 

— Não se esqueçam da lasanha de frango. Nate pode causar o apocalipse se não estiver no menu — Ela olhou para Alex e um sorriso brotou em seu rosto. Alex também sorriu, com timidez. Sabia exatamente o que ela estava prestes a dizer. 

— Hey... 

— Alex, meu filho — Ela se aproximou, colocando as duas mãos no rosto do garoto. Aquele olhar de mãe orgulhosa nunca sairia de moda. — Você está lindo. 

— É claro que está lindo — Disse Nate, escorado na porta de acesso a sala de estar. — Você é meu irmão gêmeo. Nossa genética é inestimável. 

— E você é bem modesto — Retrucou Alex. 

— Como sempre. 

— Estão todos na sala, querido — Judit virou para Nate. — Vocês podem ficar por lá até a hora da ceia. Preciso ligar para Gwen, não deve ser fácil passar o natal em uma clínica longe da família. 

— Eu entendo — Alex trocou um olhar cauteloso com o irmão, mas durou apenas um segundo. 

— Com licença — Judit sorriu uma última vez antes de subir as escadas. 

Sozinhos em meio ao silêncio repentino, Nate e Alex sorriram timidamente um para o outro. Era cedo demais para saber se precisavam ser o tipo de irmãos que abraçam nos feriados e compartilham felicitações. Ou tarde demais para que tivessem coragem de descobrir. 

— Então... Feliz natal — Nate colocou as mãos no bolso. 

— Feliz natal para você também. 

— Você vai ficar pra sobremesa? Eu poderia contar sobre os tweets que Lady Gaga me enviou sobre meu namoro com Jensen. Ela é tipo uma perseguidora, acho que vou comprar seus álbuns no iTunes. 

— Sério? — Alex fez uma careta em meio ao sorriso. 

— Vamos, tem gente nos esperando — Nate tomou a frente em direção a sala de estar. 

Agora Alex estava diante de todas as pessoas que fizeram parte da sua história. Jensen estava colocando enfeites na árvore de natal enquanto Valeska arrumava os presentes. Simon e Andy, sentados nas duas poltronas, pareciam estar trocando ideias sobre investimentos que provavelmente não dariam lucro para nenhum dos dois. Lydia também estava presente, e decidira matar o tempo antes da ceia contando a Amber sobre a época em que era uma renomada bailarina europeia. 

Para completar a festa, lá estava Kerr, trazendo um prato repleto de amuse bouch e uma garrafa de champanhe italiano tirada sem permissão da adega de Simon. Mas aonde estavam Mia e Thayer? A família nunca estaria completa sem eles. 

— Está faltando gente — Comentou Alex. 

— Eu sei. Thayer não está vindo? 

— Não falo com ele desde ontem, não sei o que aconteceu. E espero que ele não esteja vestido de Papai Noel quando encontra-lo. 

Sem querer, Nate pairou o olhar na direção da árvore de natal. Jensen deu uma pausa em sua tarefa e sorriu cortês, fazendo um sinal com a cabeça logo em seguida. Era a maneira discreta de informar ao namorado que precisavam conversar a sós. 

— Eu volto depois — Nate começou a caminhar em direção a porta. Jensen, a três metros de distância, já estava fazendo o mesmo. — Não abra seus presentes sem mim. 

— Tudo bem — Alex anuiu. 

Assim que chegaram ao Hall, Nate fechou a porta e virou-se para encarar o namorado. 

— O que aconteceu? 

— Aqui não — Jensen tratou de subir as escadas. 

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— Não gosto desse jogo... 

— Você não quer fazer isso na frente de todo mundo, ou quer? 

— Não seria a primeira vez... — Nate sorriu com malícia, apenas para provocar. 

— Ah, qual é? — Jensen escorou-se no corrimão da escada e olhou para o andar de baixo. — Só quero dar o seu presente, um beijo e dizer que te amo. 

— Sendo assim... — Nate deu de ombros. 

Seguiu Jensen através das escadas até chegar em seu quarto. Pela pequena diferença entre ambos, Jensen conseguiu pegar o embrulho azul de cima da cama e esconder atrás de seu corpo antes que Nate pudesse ter noção do que iria ganhar. 

— Ok, aqui estamos — A voz de Nate soava aleatória. 

— Temos tempo para um breve suspense? 

— Se ele for apropriado, talvez. 

— Bem... Não é o melhor presente do mundo, mas acho que você vai querer o tempo inteiro ao seu lado. 

— Você vai me dar você de natal? — Nate sorriu. — Porque eu meio que já tenho. 

— Abra — Jensen estendeu o embrulho. 

Nate encarou seu presente, o olhar curioso. Muitas coisas passaram por sua cabeça durante o meio segundo que usou para refletir. O que de tão especial poderia caber num espaço tão pequeno? E como Jensen McPhee, sendo tão desleixado nas datas comemorativas, poderia teria gastado tempo para lhe comprar uma lembrança? Em apenas uma semana ele conseguiu provar que estar ao lado de Nathaniel Strauss era a única coisa que lhe interessava. E tanta dedicação estava começando a mudar o jogo. 

— Ok — Nate pegou o pequeno embrulho. 

A princípio, confiando no toque de suas mãos, achou estar prestes a encarar um tablet de última geração, ou um celular grande o bastante para ser confundido com um aparelho da mesma família. Mas invés disso, ele encontrou um porta-retratos com uma foto do dia em que Jensen foi pedido em namoro. Nate lembrava perfeitamente do momento em que precisou tomar uma atitude antes que Jensen estragasse tudo com sua gagueira nervosa. 

— Então...? — Jensen perguntou. — Você gostou? 

— Eu... — Nate estava sem palavras. As lembranças o estavam devorando de dentro para fora, esquecendo que um dia lhes pareceram tão cruéis e assustadoras. 

— Ai meu deus, você odiou. Eu deveria saber que você não iria gostar de ver uma foto da época em que você era gor... Eu sinto muito, Nate. 

— Não... É perfeito — Nate passou os dedos suavemente sobre a foto. Era como se pudesse sentir novamente o cheiro de comida italiana. 

— Eu guardei durante todos esses anos. Toda vez que olho para esta foto tenho certeza que sempre te amei. 

— É... Que sorte você ter ficado com o Nate perfeito ao invés do Nate baleia... 

— Pra mim tanto faz. É apenas a embalagem. 

— Isso é demais — Nate estendeu o porta-retratos para Jensen. — Você não pode brincar com a porra das minhas emoções desse jeito. 

— Então o que você quer? 

— Quero que você seja menos perfeito pra eu te amar como uma pessoa normal e não precisar de você o tempo inteiro. 

Jensen sorriu, envergonhado. Não tinha certeza se merecia ouvir algo tão reconfortante para seu coração quando ainda faltava um longo caminho para compensar seus erros. Embora acreditasse ter potencial para fazer Nate feliz, a consciência precisaria de mais algum tempo para aprender a não ser tão dura consigo mesma. 

— Acho que nunca seremos normais — Murmurou enfim. — E talvez isso não seja tão ruim. 

Nate olhou para o porta-retratos novamente. A sensação do primeiro amor nunca havia deixado sua vida, nem mesmo quando livrou-se de tudo aquilo que nunca escolheu ser. Agora as coisas pareciam diferentes com o novo visual, o vocabulário impecável e a fama repentina que o consagrou como um dos queridinhos da América. Mas então, se tudo estava perfeito, por que de repente se sentira como o idiota da foto que ninguém queria por perto? 

— Isso me assusta — Nate sentou na beira da cama, como se o corpo estivesse pedindo. Jensen fez o mesmo logo em seguida. 

— O que? 

— Ser eu mesmo. Depois de todos esses anos eu acho que posso confiar em mim mesmo. 

— Você confia em mim? 

— Eu quero confiar, mas preciso de tempo. E quero estar com você enquanto isso — Nate olhou em seus olhos enquanto pronunciava as últimas palavras. Estavam perto o suficiente para sentir o corpo inteiro estremecer. 

— Não estou em posição de exigir mais que isso. E o que temos agora está perfeito para mim. 

Nate tentou abster-se de palavras para procurar a resposta dentro de seus olhos. Queria encontrar algum traço de insegurança, qualquer coisa que lhe desse um motivo para que pensasse duas vezes antes de se entregar. Porém, só o que encontrou foi um olhar convicto capaz de esclarecer todas as suas dúvidas. Só havia um pequeno detalhe que precisava esclarecer para si mesmo: Como era possível amar alguém com toda a sua vida? 

— Você pretende dizer alguma coisa? — Perguntou Jensen, os olhos esperançosos. — Porque eu não vou a lugar algum. 

— Eu te amo, um pouquinho... 

— Só um pouquinho? 

— É melhor que nada. 

Com um enorme sorriso no rosto, Nate avançou para abraça-lo. Jensen retribuiu o gesto carinhosamente, apertando-o contra o próprio corpo e beijando sua testa. O coração batendo a mil por hora não dizia nada sobre a sensação de tranquilidade que nvadiu seus corpos. 

Calmamente eles se beijaram, com os olhos fechados, aproveitando cada segundo que aquele sentimento proporcionava. Nate parou por meio segundo para recobrar o fôlego, mas não conseguiu ficar longe por muito tempo. Suas mãos iam de seus cabelos até as costas, um lugar de cada vez, incendiando-os pouco a pouco. Não por causa do sexo; e sim pela intensidade de sua paixão. 

Enquanto isso, no andar de baixo, Alex fazia uma pequena maratona de volta ao hall. Era Thayer quem estava parado em frente a porta, com o sorriso malicioso de sempre e uma roupa que não fazia jus ao frio do lado de fora. 

— Você está atrasado. E desarrumado — Disse Alex. 

— Ainda não deu meia noite — Thayer se aproximou para lhe beijar rapidamente. — E eu sinto muito por isso. Feliz Natal sem presente. 

— Não tem problema. 

— Sério? Porque eu estava mentindo. É claro que eu tenho uma surpresa para você. 

— Uma surpresa? 

Thayer se afastou da porta para dar espaço aos convidados surpresa. Alex mal pôde acreditar quando viu a mãe ao lado da irmã, parada em frente a porta de sua casa. O sorriso no rosto de ambas não deixava dúvidas de que foram fazer as pazes e perdoar tudo o que havia para ser perdoado. Quanto as lágrimas nos olhos da Senhora Bennett, Alex nem ousava se perguntar. 

— Alex... — Ela sussurrou. 

Alex não disse nada. Apenas correu para o abraço apertado que tanto esperou e fechou os olhos. Ter sua mãe de volta era um verdadeiro milagre de natal. 

— Eu sinto muito por tudo — Ele sussurrou. 

— Não, eu sinto muito. Eu não deveria ter sido tão dura, você não merece isso. Você é meu filho, seja como for! 

Alex olhou para a mãe dos pés a cabeça. Só ele sabia o quanto aquelas roupas velhas, os cabelos grandes e o cheiro de comida de forno lhe faziam falta. Logo depois foi a vez de olhar para Tina, a um passo atrás. Não havia mudado se o olhar mau humorado ainda estava ali, lhe desejando um natal bastante regular numa escala de zero a dez. 

— Como vocês chegaram? — Ele perguntou. 

— Agradeça a ele — Tina apontou para Thayer, próximo a porta. Ele deu um tchauzinho quando percebeu que tinham acabado de incluí-lo na conversa. — Ele tem uma lábia muito boa. 

Alex virou por três segundos para encontrar o olhar de Thayer. Um sorriso foi o suficiente para agradecer o melhor presente de natal de todos os tempos, pelo menos por enquanto. Thayer seria muito bem recompensado por sua atitude no momento certo. 

— Vocês... — Alex olhou para baixo, envergonhado. Será que ela sabia que estava namorando com Thayer? — Vocês podem passar a natal com a gente? 

— É claro — Respondeu Tina. — Já estamos aqui, vamos celebrar na casa dos ricaços. 

— Tina, tenha modos! — Repreendeu Denise. 

— Tudo bem — Alex sorriu. — Podem entrar. 

Tina e Denise tomaram a frente, com os olhos arregalados. Era a casa mais linda que já tiveram a chance de conhecer, e parecia tão grande quanto o antigo conjunto em que viveram por doze anos. Alex, que tanto recusou os artifícios da fortuna, já conseguia admitir para si mesmo que era o garoto mais sortudo de Nova York. Talvez até o mais feliz, considerando todas as coisas boas que conquistou durante sua estadia. 

— É enorme! — O olhar assustado de Denise ia de um lado para o outro. 

— Todos estão na sala, é por aqui — Alex indicou a direção com a mão. 

Esperou Denise e Tina darem os primeiros passos para depois segui-las. Thayer precisava saber de uma coisa bastante particular antes de apresentar sua primeira família a nova família. 

— Eu vou te agradecer para sempre — Ele sussurrou. 

— No chuveiro? — Thayer sorriu discretamente. 

— No chuveiro, várias vezes seguidas, de todos os jeitos que nunca tentamos. 

— Ok — Thayer perdeu o fôlego por um breve instante. Seria o melhor natal de todos os tempos. 

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Alex olhou para cima assim que ouviu o barulho de passos. Nate e Jensen estavam descendo as escadas, colados um no outro. Algo deve ter acontecido para que estivessem com uma aparência tão agradável. 

— Valeska, leve as novas convidadas até a sala de estar — Alex pediu. Precisava primeiro falar com o irmão. 

— Tudo bem, senhor — Valeska correu para atender seu pedido. Ajudou Denise e Tina a tirarem seus casacos e lhes mostrou a direção que deveriam seguir. Se Alex não tivesse pedido, as duas permaneceriam no enorme hall, com medo de dar qualquer passo pela mansão desconhecida. 

Nate, de cima das escadas, já podia notar as convidadas de última hora. 

— É impressão minha ou vamos ter um natal homofóbico e oxigenado? — Ele comentou, cheio de ironia. 

— Nate, seja agradável — Alex olhou para a porta da sala só para checar se elas estavam olhando. — Elas são também são minha família e vieram aqui pedir desculpas. 

— A casa também é sua, você convida quem quiser — Nate sorriu. — Mas se eu ouvir a palavra “homossexual” de maneira pejorativa, vou tirar aquela maquiagem de segunda do rosto dela com água sanitária — Ele notou a presença de Thayer assim que chegou ao primeiro degrau. — Hey Thayer, roupa bonita. Como anda o mercado de pulgas? 

— Eu tive um problema com lama... 

— Tudo bem. Eu admiro as pessoas que evoluem com as mudanças. 

— Você ainda não mudou nada — Thayer sorriu com cinismo. 

— Isso não é verdade, eu coloquei um piercing. 

— Ok — Alex virou para o irmão, bastante agradecido. E totalmente disposto a mudar de assunto o mais rápido possível. — Valeu Nate, prometo que vou recompensá-lo. 

— Então... — Jensen passou por todos eles. — Podemos comemorar o natal agora? 

— Claro, mas eu tenho outra coisa em mente. Vocês já vão saber — Nate caminhou até a sala de estar, sendo seguido pelos outros três. 

Para Alex, as coisas pareciam ter mudado da água para o vinho. Amber estava ajudando na decoração da árvore, Denise estava contando as melhores histórias para os anfitriões, Tina dialogava com Kerr, próximo a lareira; e Lydia, dessa vez, apenas observava o ambiente com o olhar orgulhoso. Nada lhe trazia tanta felicidade quanto ver a casa cheia. 

— Hora dos presentes — Ela gritou, chamando a atenção de todos. 

Jensen e Thayer correram para o sofá, mas Nate e Alex decidiram permanecer no mesmo lugar. A sensibilidade gêmea ordenava que suas mentes continuassem em sintonia, sem ao menos revelar que estavam pensando exatamente na mesma coisa. 

— Feliz natal — Alex olhou para o irmão. 

— Você não precisa ser todo meloso, não é como se... 

Alex o puxo para um forte abraço antes que Nate tivesse a chance de terminar. Nate correspondeu o gesto da mesma maneira. 

— Você não tem ideia do quanto significa para mim — Disse Alex, em primeiro lugar. 

— Eu acho que tenho... Irmão. 

Do lado de fora, em meio ao jardim cheio de neve da mansão, Mia e Ivy observavam cada detalhe da festa que nunca ousariam invadir. Ivy mantinha um cigarro aceso entre os dedos, e tinha certeza que aquela fumaça seria a única coisa capaz de aquecê-la naquela noite tão fria. Não seria Natal se não tivesse um pouco de solidão no coração de todas as pessoas. 

— Podemos entrar se você quiser — Mia olhou para o rosto inexpressivo da mãe. 

— Eu não posso. 

— Eles são seus filhos, não importa o que digam. 

— É por este motivo que eu preciso manter distância — Ivy deu uma longa tragada. — Eu não me perdoaria se tivesse que arruinar o natal depois de ter arruinado suas vidas. 

— Eu não vejo dessa maneira. 

Ivy olhou para a filha, quase sorrindo. Mia estava com aquele olhar intrigante outra vez. O olhar que não mostrava apenas o caráter de sua composição, como também, um grau impressionante de inteligência. Provavelmente já tinha as palavras certas na ponta da língua para provar seu ponto de vista. 

— De que maneira você vê? — Ela perguntou. Os longos cabelos vermelhos balançavam com a ventania repentina de mais uma tempestade de neve. 

— Acho que cada um de nós tem a sua história. Alex foi criado por uma família humilde que lhe ensinou os princípios básicos do caráter e da honestidade para que se tornasse o homem íntegro que você está vendo. Nate sempre teve tudo o quis, mas isso não o impediu de conhecer o sofrimento cedo demais e tornar-se um justiceiro, mesmo quando a falta de autoestima lhe obriga a acreditar que não merece ser feliz. Eu fiquei o tempo inteiro ao seu lado, vivendo a vida que nos ofereceram, sendo feliz com tudo o que podíamos ter. A vida decretou que deveríamos crescer separados, mas estamos todos aqui agora. — Mia fez um sinal com a cabeça para a imagem de Nate e Alex abrindo os presentes em frente a janela. — Olhe para aqueles olhos verdes e me diga se eles não são capazes de morrer em nome do garoto de olhos azuis. 

— Mia... 

— Você deveria se sentir orgulhosa sabendo que as três pessoas mais importantes da sua vida conseguiram ir contra todas as probabilidades e simplesmente... Sobreviver. Dê uma chance a eles, por mim. Eu os quero perto de mim. Eu quero uma família agora. 

— Querida... — Ivy passou a mão direita carinhosamente pelo rosto da garota. — Você merece ter tudo o que alguém pode querer. Mas não há nada a fazer quanto a mim. 

— Então... O que vai acontecer? 

— Ficaremos aqui por algum tempo, e depois vamos embora. É tudo o que eu preciso. 

Mia não tinha escolha. Deu um grande suspiro e voltou a observar a janela da mansão Strauss. Ivy levou dois minutos para convencer a si mesma a voltar para casa antes que desse ouvidos a filha. O sorriso de Alex e Nate já havia transformado aquele natal no melhor de toda a sua vida. 

— Está na hora de ir... — Ela tomou a frente, abraçada a sua filha. 

Quando deram o terceiro passo em direção a saída, Ivy ouviu o celular tocar. Uma nova mensagem de texto havia chegado, e estava assinado com os nomes de Nate e Alex. 

“Adoramos conhece-la. Espero que possa juntar-se a nós no próximo natal”. 

Os olhos de Ivy se encheram de lágrimas antes mesmo de terminar a leitura. Olhou para trás, em direção a janela da sala de estar. Nate e Alex estavam sentados no tapete, próximo aos presentes, e com um sorriso complacente nos lábios. No final, o plano de Mia tinha provado ser muito eficiente. 

Ivy gargalhou deliberadamente, sem emitir qualquer som. Deixou uma última lágrima escorrer pelos olhos e virou para frente, realizada por inteiro. 

— Me pergunto como eles conseguiram meu número... 

— Você nunca vai saber — Mia sorriu. 

— Obrigada — Agradeceu a filha, guardando o celular de volta no bolso. 

— Tem certeza que quer ir embora? 

Ivy fitou o horizonte em meio a um longo suspiro de cansaço; tão rotineiro quanto Mia nunca entenderia. 

— É melhor deixar as emoções fortes para outro dia. 

— Entendo perfeitamente — Mia assentiu. — Então um dia... 

— Um dia — Ivy a puxou para mais um abraço. 

Juntas novamente, mãe e filha começaram a caminhar até os portões. Nate e Alex continuaram olhando pela janela até que ambas desaparecessem de suas vistas em meio a toda aquela tempestade de neve. Em meio a toda aquela inevitável escuridão. 

Considerações Finais
Carambaaaaaaaaa, 444 páginas! Acho que este é meu novo recorde. 

Bem, quem me conhece sabe que esta não é uma simples obra que decidi colocar no papel. The Double Me conta um pouco da minha própria história de vida, das pessoas que conheci, das tragédias que vivi e de todos aqueles que um dia amei. Mesmo tendo ambientado o livro em outro país e com várias situações fictícias, TDM não deixa de ser fiel a maioria das minhas experiências, principalmente quando se trata da “vingança” e da maneira leviana com que alguns personagens viveram suas experiências sexuais. 

Como este foi o primeiro livro original que escrevi (Comecei em 2011 e só terminei a revisão final em 2014), acho que tenho direito a fazer alguns agradecimentos. Eu não posso agradecer a minha família, porque infelizmente ela nunca me incentivou a fazer nada que não fosse me tornar evangélico. Também não posso agradecer a Deus, porque sempre fui um garoto muito confuso com as questões de fé, e até hoje não sei no que realmente acreditar. Também não posso agradecer aos amigos, porque aqueles que me ajudaram foram se afastando pouco a pouco enquanto a vida passava. E os novos nem sabem o quanto eu gosto de escrever. 

Confesso que sou uma das pessoas mais solitárias que alguém pode conhecer, mas isso não me impede de realizar meus objetivos. Terminei este livro por minha causa, por causa do meu esforço, da minha dedicação, e do incentivo de todos os fãs que me acompanham desde o começo. Às vezes as coisas ficam difíceis e eu penso que nada ao meu redor faz sentido. Então eu vejo os seus comentários, suas felicitações e suas cobranças... Isso me deixa inacreditavelmente bem. Isso me faz perceber que sou bom em alguma coisa e que ninguém pode tomar isso de mim. 

Também preciso agradecer aos meus inimigos, afinal, sem eles, eu não teria material suficiente para criar uma história cheia de personagens cujo único propósito é tirar vantagem do sofrimento dos outros. Nate é... Um completo eu. Desde as coisas que passou até a volta por cima. Então, vocês devem saber que este livro tem um valor bastante sentimental para mim. Espero que compreendam esse sentimentalismo, porque sem ele, The Double Me nunca existiria. 

Agora estou aqui me perguntando porque continuo escrevendo essa sessão de agradecimentos que não vai dar certo. Quer dizer, quantas pessoas vão ler e saber que todos os personagens do livro realmente existem? Quanto tempo vou ter que esperar para lançar um livro gay neste país intolerante? Eu não sei, mas agradeço a quem já leu, a quem pretende, e a quem está fazendo recomendações aos amigos. Não é papo de autor nem nada, mas eu coloquei meu coração verdadeiramente nesse livro. 

Então, muito obrigado. Eu seria um nada sem todos vocês.

Download da 2ª Temporada em PDF aqui: http://www.4shared.com/office/rDI-Kt5Sba/The_Double_Me_-_A_Segunda_Temp.html
Download do livro completo The Double Me em PDF aqui: http://www.4shared.com/office/PhACrTaiba/The_Double_Me_-_Livro_1.html

A 3ª Temporada de The Double Me
Ainda não temos uma data de estreia marcada, mas não queremos passar mais 6 meses de hiatus como aconteceu da 1ª pra 2ª. Mas há alguns poréns que preciso compartilhar com vocês.

Há alguns meses enviei um projeto original para algumas editoras e 4 delas aprovaram. Agora estou me dedicando  bastante a revisão do projeto e a juntar um bom dinheiro, porque vocês sabem, no começo o autor precisa pagar uma parte das tiragens pra poder ser publicado. Então talvez eu não tenha tempo para me dedicar fielmente a The Double Me. Até porque os comentários têm diminuído muito nas ultimas semanas. Então o que eu peço pra vocês é: Comentem. Não sei quantas pessoas estão acompanhando e às vezes até sinto que escrevo pro nada, então apareçam por aqui mesmo que seja pra dizer que ainda estão firmes e fortes na história. Isso ajuda bastante, porque me compromete inteiramente com todos os leitores.

Sobre a 3ª Temporada, já tenho uma sinopse e um poster promocional. A nova temporada fará parte do novo livro chamado "The Us to Break", onde também escreverei a 4ª. Farei o mesmo esquema com as primeiras, dividir o livro em duas temporadas para se adequar aos padrões de postagem do blog.

Sinopse: Dizem que a vingança é um prato que se come frio. E para Nathaniel Strauss, nada mais poderia satisfazer seu apetite. O jovem herdeiro dos hoteis Strauss passou os ultimos 3 anos planejando uma insaciável vingança contra todos aqueles que o traíram, mas o jogo está longe de terminar. No caminho para uma vingança bem sucedida, Nate destruiu a vida de muitas pessoas. E agora é a vez da família Strauss pagar pelos erros de Nate e por toda a destruição que fora causada em nome da vingança. Nathaniel Strauss, nós temos contas a acertar.
O poster a seguir foi feito pelo Nefferson, meu amigo do Blog, que gostaria de incentivar os leitores de The Double Me a criarem seus próprios posters para a próxima temporada. Os melhores serão postados na página oficial do livro e na página do MMA. Então mãos a obra! E espero que estejam aqui quando o próximo acerto de contas vier a tona.
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16 Comentário(s)

16 comentários:

  1. Eu preciso dizer que minha vida mudou muito depois de entrar pro fandom de Teen Wolf, e que eu conheci muitas coisas boas através disso. Uma dessas coisas foi "The Double Me". Conheci pela "BFHS" fiquei curiosa e vim ver se valia a pena ler. E valia muito a pena. Eu lembro que já tava na segunda temporada. Eu li o primeiro capitulo e fiquei tipo "Meu Deus que coisa foda" e então fui lendo, e lendo, e quando vi eu já estava apaixonada e sofrendo por ter que esperar uma semana pra ler mais. Eu me apaixonei pelo Nate desde o primeiro capitulo. Eu sorri, chorei, sofri pra caramba. Cara quando o Nate tomou as pilulas pra se matar eu pensei " Como assim? Ele não pode matar meu Nate. Que filho da mãe" quando eu soube que ele não ia morrer, meu deus, até dançei aqui kkkkk quero que saiba que eu acho essa história perfeita, e que eu a amo, e amo você também por ter escrito ♥ Esse capitulo foi incrível (esperava pegação do Jensen e do Nate mas okay). Já tô sofrendo por saber que vai demorar pra 3 temporada, ah e parabéns por ter sido aprovado (4 editoras \●/) espero poder um dia ter seus livros na minha estante :-)

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    1. Obrigado, Anônima! Muito legal saber que vc conhece o livro pela página. Meus livros e minha página são minha vida, as coisas mais importantes que eu faço. E se um dia você também publicar um livro ou trabalhar com o público, vai ver o quanto é gratificante ver nosso trabalho reconhecido.
      A 3ª temporada pode demorar, mas vou fazer o máximo para entregar logo a continuação as crônicas dos gêmeos Strauss. Então não desista de The Double Me, porque o melhor ainda está por vir!

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  2. The Double Me não me surpreende muito, não gosto muito do livro. Não por envolver casais gays, mas porque não me conquistou completamente ainda. Leio mais porque gosto do seu trabalho do que pelo livro em si. Desculpe estar sendo um pouco dura, não é minha intenção, não quero te colocar pra baixo nem nada. Acho muito bom o seu trabalho e também acho que você tem muito talento. É só que acho essa história um pouco fraca. Adoro o Nate e o Alex, o Thayer, até mesmo o Jensen, não sei por que tantos o odeiam, apesar de ser um pouco sem graça não vejo pra quê tanto ódio.
    Os seus personagens são muito carismáticos, mas é a história em si que não me deixa muito envolvida.
    E é isso, só vim aqui deixar minha opinião mesmo, e não pra dar nenhuma sugestão nem nada, até porque muitos dos seus leitores gostam do jeito que está. Espero não ter ofendido, só vim aqui pra bancar a chata mesmo... É o que a falta do que fazer faz com as pessoas xD
    Apesar de tudo, gosto muito do seu trabalho, e respeito seu esforço. E mesmo que essas histórias de gays me deixem desconfortáveis (sou evangélica), tento manter a mente aberta e levar adiante sem preconceitos.
    Continue com seus trabalhos, espero que alcance todos os seus objetivos. E parabéns por ter sido aprovado.
    Um abraço ;*

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    1. Tudo bem, Sasha. Você tem sua opinião, suas convicções, concorda com sua doutrina religiosa, e querendo ou não, tudo isso se juntou para que você visse o livro dessa maneira. É quem você é, então não precisa pedir desculpas. Não acho que as pessoas têm obrigação de apreciar a literatura como um todo. Existem alguns temas que nos satisfazem, outros que não nos agradam. Não quer dizer que existem obras ruins, apenas opiniões diferentes. Eu, particularmente, tenho orgulho do bom trabalho que fiz em The Double Me, até porque tem muito de mim no livro e os fãs me receberam de braços abertos. Mas não pense que não fico agradecido por você reconhecer meu esforço mesmo que não estejamos na mesma página. Não sou o tipo de autor que vai brigar com você por ter uma opinião. No mundo do entretenimento, estamos sujeitos a bons e maus comentários, a boa e a má recepção. E isso eu entendo perfeitamente.
      Um abraço para você também, obrigado por acompanhar The Double Me <3

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  3. Bom, mal posso esperar pelas próximas emoções de The Double Me, acompanho todos os livros desde de o primeiro A Punhalada, embora não consiga comentar sempre, pode ter certeza que sou um leitor presente sempre fico ansioso pelo próximo capítulo, e saiba que a cada livro vc crescer como escritor, e com certeza terá todo o sucesso que merece.

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    1. Obrigado, Joel! Eu lembro de você comentando em A Punhalada lá pelo primeiro semestre de 2011, hahaha. Espero que continue aqui com a gente <3

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  4. Caramba, seu trabalho é espetacular! Li toda a história em 3 dias hauahuahauah não acompanho desses o começo, mas assim que comecei a ler não consegui parar mais! Nunca tinha lido nenhuma história ncom romances gays, mas simplesmente me apaixonei! Vai ter casal lesbico também ou não? :p aaahh, e tenha certeza que quando você lançar o livro vou comprar eles, e quero eles autografados! Hahahah sucesso menino! Continue escrevendo que uma leitora viciada em The Double Me você já tem haha parabéns!

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    1. Obrigado, Anônima! Respondendo sua pergunta, teremos romance lésbico sim na 3ª Temporada. Deveríamos ter tido na 2ª, mas eu preferi esperar mais um pouco para desenvolver este plot devagar. E claro que vou autografar os livros, e ainda escrevo uma menção honrosa a você <3

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  5. Caramba João Lindley, te dar Parabéns me parece tão pouco depois da obra incrível que vc criou em The Double Me. Conheci o blog há pouco tempo porque adoro ler reviews de série, aí vi seu livro em destaque, mas relutei muito em lê-lo porque não tenho boas experiências com livros de temática gay. Até hoje só tinha lido 2 antes do seu: o primeiro que eu eu li teve um final trágico que me fez xingar até a última geração do autor, e o segundo, eu não concordei com o final, pois o autor separou o casal principal. Sempre quando vejo um livro sobre romances homossexuais, procuro mil resenhas antes de lê-los e parece que todos eles nunca terminam bem. Então, finalmente nesse sábado que passou (dia 15/11), criei coragem e baixei o PDF do livro completo. Vou confessar que apenas dois motivos fizeram minha curiosidade passar dos limites e me forçar a finalmente ler o seu livro. Primeiro, o fato do seu livro ser protagonizado por gêmeos. Tenho uma verdadeira obsessão por gêmeos, adoro todo tipo de história que envolva eles, pra mim é fascinante duas pessoas idênticas por fora e completamente opostas por dentro. Segundo, a pequena sinopse que li me pareceu muito ser uma versão gay da série REVENGE, isso foi o suficiente para levar minha curiosidade ao nível máximo, mas olha, achei o Nate bem pior que a Emily rsrsrsrsrs
    Eu confesso que quando comecei a ler já esperava o pior no final. Dois protagonistas? Pra mim era óbvio que um morreria, e ainda, uma história sobre vingança? Era evidente que ia acabar tragicamente. Imagine a minha reação quando todos nós pensamos que o Nate tinha morrido? A minha foi "eu sabia que não devia ter lido esse livro, eu sabia..." kkkkkkk
    Você pode imaginar a minha surpresa, alegria, felicidade, contentamento e monte de outras emoções quando eu terminei de ler esse livro??? Que final PERFEITO, ou melhor, QUE LIVRO PERFEITO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Porém, me desculpe pelo que eu vou dizer, mas fiquei apavorado quando vc disse que terá continuação. Apesar de estar mega curioso para saber como vai se desenvolver os dois casais, Jensen & Nate e Alex & Thayer (por favor, não separe eles rsrsrsrs), estou morrendo de medo de como a história vai acabar. Mas vou tentar confiar em vc, João. Não me decepcione hahahahaha

    Bom, como o próximo livro vai ser dividido em duas temporadas, eu vou esperar ele estar completo para ler de uma vez só, quando sair o PDF completo.
    Nossa, meu texto ficou enorme, desculpa por me estender demais. Mais uma vez, mil vezes PARABÉNS por esse livro fantástico, e claro, MUITO SUCESSO para as publicações dos originais pelas editoras. Vc com certeza nasceu pra isso. Tudo de Bom, Cara!!!!!!!!!!!!

    PS: Só uma pergunta: a Mia conseguiu pagar o traficante? Deixei passar alguma coisa na leitura? rsrsrsrs

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    1. Renan do céu, nem sei o que te dizer. Seu comentário foi um dos mais honestos e encantadores que eu já recebi aqui no Blog, e acredite, estou escrevendo esta réplica com um sorriso bobo no rosto de tanto que o apreciei.
      Agora vamos por partes, tudo bem? Quero dar atenção a absolutamente tudo o que você escreveu.

      É verdade que a maioria dos livros com temática gay termina de maneira trágica, e foi por este motivo que eu decidi seguir por outro caminho. Nunca conseguiria me perdoar se tivesse que puni-los no final depois de tudo o que meus personagens enfrentaram. Até porque estamos falando de um livro que tem personagens inspirados em mim e nas pessoas que eu conheço, e um final feliz para nossa história era tudo o que eu queria.

      Sim, Nate é bem pior que Emily HAHAHAHA. Sinto muito por tê-los feito acreditar que ele havia morrido. Mas em minha defesa, acho que o drama envolvendo suicídio foi bastante necessário para movimentar a trama de maneira fiel a ideia original do livro. Estamos falando de um protagonista que vendeu sua alma em nome da vingança, é óbvio que seus plots serão sempre os mais intensos e os mais propícios a graves consequências.

      Sobre a continuação, bem, eu posso garantir que não há muito com o que se preocupar. Se eu decidi continuar foi porque acreditei que havia um enredo relevante para os protagonistas, então espero que os fãs continuem ao meu lado nessa nova fase de The Double Me, agora com o livro 2 batendo a nossa porta. Leia quando puder, só não se esqueça. A 4ª temporada provavelmente só terminará dentro de um ano e até lá você pode ter desistido de TDM. Essa é uma das minhas preocupações HAHAHAHA

      E sim, Mia conseguiu pagar o traficante. Nate deu o dinheiro a ela por tê-lo ajudado no plano contra Gwen. A gêmea perdida tornou-se oficialmente parte da família Strauss a partir deste momento.

      Agora só preciso agradecê-lo por todos os elogios. Não foram poucos, então você já pode imaginar o quanto estou feliz em saber que alguém aprecia tanto meu trabalho. Qualquer coisa é só perguntar através das redes sociais que responderei assim que possível rs

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    2. Poxa João, obrigado, mas o único que merece elogios aqui é vc. Não sabe como é importante ter livros com esse tipo de temática, mas que principalmente, tenham finais felizes. Além de serem histórias emocionantes, quando acabam bem, trazem o mais importante: ESPERANÇA.
      Esperança de que podemos sim superar tudo, Esperança de que podemos sim ser quem somos e Esperança de que podemos sim ser livres para construir nossa própria felicidade, dividir a vida e amar quem quisermos. Então um OBRIGADO gigantesco por compartilhar uma história que pessoalmente é tão forte e importante pra vc, e por trazer mais e mais Esperança para esse mundo.

      Quanto à morte "fake" do Nate, sinceramente, achei que o que vc fez foi genial. Imaginei o Nate como uma fênix, renascendo todo revigorado, pronto para uma nova vida, um novo recomeço. Simplesmente brilhante a sua ideia, engrandece totalmente e ainda mais o personagem. Mas que o meu coração parou na hora, isso parou kkkkkkk
      Por mais preparado para o pior que eu estivesse, eu de fato não estava pronto para aquilo. Muitíssimo obrigado pela recompensa maravilhosa que vc deu ressuscitando o Nate, foi uma das maiores emoções que eu senti nessa leitura.

      Se a sua preocupação é que eu abandone essa história única e inesquecível por causa do tempo de lançamento do livro completo, pode ficar tranquilo porque posso garantir que isso está absolutamente fora de cogitação (isso é claro desde que vc não separe os casais Jensen & Nate e Alex & Thayer, nem mate nenhum dos quatro hahahahahahaha). Não seria a primeira série de livros que eu acompanho que tive que esperar meses até o lançamento de um novo livro (só com Harry Potter eram de dois a três anos para cada livro sair rsrsrsrs).

      Bom, muitíssimo obrigado pela resposta rápida e carinhosa. Se vc ficou feliz como o meu comentário, muito mais feliz fiquei eu pela resposta, mas principalmente, por ter conhecido essa obra espetacular. The Double Me entrou fácil para a minha lista de livros preferidos. Obrigado por dividi-lo e, novamente, 1000 vezes Parabéns pela história e pelo seu dom de escrita.
      Vc merece, João, de coração. Valeu!!!!!!!!!!!!

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  6. Oi João, seu livro foi uma das melhores histórias originais que eu já li e quando vi que ela foi baseada na sua vida, fiquei chocado, e eu espero que todas as suas dores e mágoas um dia possam passar e eu sem dúvidas estarei no lançamento do seu primeiro livro gay no Brasil pra te parabenizar e dizer que talvez "Os dias de cão acabaram". A história é envolvente, e te prende de um jeito que parece que se eu pesquisar os nomes dos gêmeos, eu encontro a história deles na versão contada pela mídia e eu confesso que enquanto eu lia, eu ia imaginando ela sendo recontada em formato de série da HBO, com eu, interpretando os gêmeos e sendo super elogiado por minha performance e por saber diferenciar a personalidade dos dois na hora de atuar (Sonhar é de graça, tá! rsrsrs) mas há várias coisas nela que eu não entendi e eu queria que você talvez me esclarece:
    - No começo, Nate é descrito ter 15 anos, e então ele sai dirigindo pela cidade e sofre um acidente. A pergunta é, porque ele já dirige tendo 15, sendo que a idade legal pra dirigir nos EUA é 16?
    - Durante boa parte da história, Nate e vários personagens, que aparentemente têm 17/18 anos, bebem uísques, conhaques e champanhes nas festas e estando na presença de outros milionários, sendo que a idade legal pra beber nos EUA é 21?
    - Como o Nate consegue entrar sem ser visto ou sem ter as chaves na casa de seus inimigos pra dar um ar de "Surprise bitch"?
    - Os personagens tem entre 17/18 anos. Nessa idade, sendo ricos e induzidos a estudar, eles não deveriam estar no ensino médio ou terminando ele? Eles não vão para a universidade como um bom pai milionário quer para seu filho? Eles ficam tentando ferrar com a vida dos outros e bebendo champanhe em festas luxuosas a semana toda?
    - Como o Nate e o Alex mantém um corpo perfeito sem fazer exercícios ou ir à academia, tendo uma dieta saudável, por meses? Sei que ambos lutaram pra ter o corpo assim, como diz na Primeira Temporada, mas eles não fazem nada para manter, mesmo o Alex depois de ter chegado à mansão Strauss?

    Bom é isso, você é talentoso João, nunca desista de seus sonhos, você pode ir longe garoto.
    :)

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    1. Oi anônimo! Muito obrigado pelos elogios, pode ter certeza que os dias de cão vão acabar hahaha. Sinta-se a vontade pra sonhar, porque eu também sonho com meu livro sendo adaptado pela HBO xD
      Agora vou responder suas dúvidas.
      - Nate tem 15 anos sim e sai dirigindo, mas não há o que pensar a respeito de sua permissão ou da idade legal para dirigir. Ele foge a noite para encontrar o namorado, independente do que a lei diz ou do que é certo ou errado. Quanto ao momento em que ele aprendeu a dirigir, prefiro que vocês leitores tirem suas próprias conclusões, porque não pretendo me aprofundar nisto.
      - Ninguém realmente se importa com as bebidas alcoólicas, pois nesse mundo há uma regra que defende a bebida sociável. É óbvio que nenhuma daquelas pessoas se atreverá a pedir a identidade dos jovens antes de servirem as bebidas, porque se fizerem isso, os jovens farão com que percam seus empregos. Os pais não se importam o suficiente para proibir as bebidas, até porque a maioria deles foi criado por empregados. Só precisam sorrir quando pedem e não manchar a imagem da família.
      - Não é preciso ter a chave dos lugares para adentrar. Nate é muito persuasivo, pode muito bem inventar desculpas para os porteiros ou até mesmo se disfarçar/roubar chaves.
      - Os personagens do livro têm mais ou menos 18 anos. E sim, eles estudam e pretendem entrar em uma universidade. Eu apenas tirei o foco de tudo isso, porque não queria que fosse mais um livro high school. Pode perceber que alguns personagens já falaram sobre faculdade, como na finale da season 1 em que Nate e Thayer ficaram ferrando um ao outro com os reitores na festa. Quanto a escola, eles frequentam regularmente, mas eu prefiro focar no que eles fazem antes e depois. Jovens como eles entram nas universidades que querem e podem muito bem pagar alguém para realizar suas tarefas caso prefiram se render as sabotagens e as festas da elite.
      - O mesmo que comentei acima. Há coisas que prefiro não mostrar, porque o livro não é Big Brother da vida né kkkkkkkkkkkk. Não dá pra narrar absolutamente tudo o que eles fazem no dia-a-dia, vinte e quatro horas. Há coisas importantes que precisam ser narradas, e há coisas que os leitores precisam deduzir por eles mesmos. Não dá pra tirar o foco da vingança do Nate e mostrá-lo na academia, mas se você perceber, os personagens já mencionaram exercícios em vários diálogos, como Jensen e o tênis, ou na conversa entre Alex e Nate enquanto estão se vestindo para tirar as fotos na Calvin Klein. Acho difícil você encontrar alguma série/livro que se prenda a esses detalhes, porque todo mundo só quer mesmo saber que são lindos, não os sacrifícios que fazem para isso.
      Bom, acho que consegui responder tudo. Espero vê-lo aqui na próxima temporada, estreia dia 14 de Fevereiro! E não se esqueça, qualquer outra dúvida é só me perguntar =D

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  7. Quando ia comentar sobre o fim da Mia do plot dela com o traficante, você já havia respondido. Achei um final satisfatório, as dificuldades impostas na temporada humanizaram bem os personagens. Gostei.

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  8. Achei ainda que essa temporada se destacou pela forma como o seu roteiro, o seu texto foi capaz de entregar outras camadas aos personagens. Os personagens foram muito humanizados e isso acho que foi o marcante dessa etapa da história.

    Parabéns, tem muito autor que escreve há décadas com dificuldade em humanizar os personagens. Nisso foi magistral.

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    1. Obrigado, John! Só agora vi seu comentário aqui, então perdão pela demora em responder. Se tiver alguma dúvida sobre os plosts, sinta-se a vontade para perguntar. Sei que os leitores não estão na cabeça dos autores e muitas vezes o que estpa bom pra gente, passou despercebido por vocês.

      Até mais xD

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