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[Crítica] American Horror Story - Freak Show | 4x02: Massacres And Matinees


Matem o policial!

Review:
(Spoilers abaixo)

É com surpresa e alegria que começo esta review dizendo que American Horror Story, talvez, esteja caminhando – com passos largos, diga-se de passagem – para o seu melhor ano.

Sim, isso mesmo, você não leu errado. Estou realmente empolgado com essa nova temporada da série, apesar de ter parecido indiferente e desanimado na review anterior. Mas sou assim, sempre torço o nariz para os começos, fico tentando apontar erros, furos ou qualquer coisa que possa atrapalhar o desenvolver da história futuramente. Até agora, nada de tão drástico aconteceu. Ou seja, o roteiro está sendo construído de maneira tão perfeita, que acho quase impossível sair dos trilhos. A única probabilidade disso acontecer é se quiserem fazer uma nova Coven, porque né... Mas não, vou evitar falar mal da temporada anterior, porque apesar de todo mundo já está cansado de saber que eu não gostei, o foco aqui é Freak Show.

Pois bem, mesmo com o primeiro episódio tendo nos entregue de bandeja o principal plot da temporada, ele, nem de longe parecerá óbvio ao decorrer da história. Essa mudança na minha opinião só aconteceu agora, com a chegada de novos personagens e com a demonstração da energia que tanto senti falta no ano anterior. Ou seja, o pau já está quebrando no segundo episódio e parece que estamos assistindo Freak Show há uns dez anos, sendo que não conseguimos nos enjoar, pois o enredo vai de norte a sul, não nos permitindo estagnar num ponto qualquer.

Uma das características que mais gosto em American Horror Story, é a liberdade que é proposta a cada um de seus personagens. Liberdade, digo, é a possibilidade do personagem transgredir entre o bem e o mal a qualquer momento, sem sequer nos informar de uma mudança em sua personalidade. Isto é, em American Horror Story, ninguém é completamente mau, assim como ninguém é completamente bom. Isso é ótimo. Vamos pegar como exemplo, todas as personagens da brilhante Jessica Lange. Tanto Constance, quanto Sister Jude, Fiona e Elsa, apresentam suas qualidades e defeitos como qualquer outro ser humano, não nos permitindo chamá-la de heroína ou vilã. Todas essas personagens tomam atitudes duvidosas que proíbem qualquer um desses títulos. Elsa, a sua mais nova encarnação, tem isso de sobra e já nos mostra o que é capaz de fazer para manter seu glamour e prestígio, assim como Jimmy, para defender os seus amigos freaks.

Jimmy luta para o reconhecimento de seus amigos como seres humanos normais, mas é o primeiro a reclamar de sua condição, ao dizer para outro personagem que daria tudo para ser “normal”. A série mostra de maneira bastante irônica o quanto que o preconceito e a dificuldade da aceitação do “diferente” fode com toda a sociedade. Um tema que escorre para fora das telas, e está sendo tratado, metaforicamente, de uma maneira brilhante. Parem para pensar no que aconteceu ao personagem Meep e tentem entender o que eu quero dizer com tudo isso. Não soa familiar?

Os Mott são um dos meus personagens favoritos nesta temporada. Não sei se os comparo com Kiko e Dona Florinda ou se comparo com Norman e Norma Bates. Dúvida cruel. Mas enfim, o quão perfeita está sendo Frances Conroy nestas cenas? Essa atriz é de uma competência absurda! É só nos lembrarmos de todos os seus personagens, com todas as suas tonalidades, desde a primeira temporada da série. Não é incrível? Mas quanto à seu filho, amei o rumo que ele está levando. Totalmente diferente do que eu tinha pensado. Me surpreendeu bastante.

E Sarah Paulson cantando uma das músicas favoritas de uma das minhas cantoras favoritas? Ahhhhhh! Por esta eu não esperava! Foi o ápice do episódio. Tive que parar para cantar “Criminal” da Fiona Apple junto com a Sarah, que a propósito, mandou muito, mas muito bem. Como se não bastassem as surpresas, vemos que o dom artístico não foi dado à Bette e sim, para sua irmã Dot. Com toda certeza, um recalque foi plantado ali, que está sendo regado por Elsa, que também se sentiu ofendida com o talento de uma de suas aberrações, que conseguiu ser bem mais ovacionada que a própria. Não tenho ideia do que irá acontecer nisso aí, só sei que vai ser foda.

E ah, antes que eu termine... e a Pepper? Gente, achei que era outra personagem, distinta da que apareceu em Asylum, mas não é! É a própria Pepper em carne e osso antes de ser internada no Briarcliff! Agora me diga: como não amar?

Por fim, já aguardo ansiosamente pelo próximo episódio. E digo e repito: devemos nos preparar para tudo.
Comentário(s)
4 Comentário(s)

4 comentários:

  1. Tbm estou gostando MUITO dos Mott! Quando o filho pegou a mamadeira e encheu de uísque foi mt inesperado hahaah

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  2. To triste pelo Meep. Confesso que chorei. Percebi, assim como você, uma analogia com a realidade.
    Contudo, estou abandonando American Horror Story: Freak Show depois de saber da péssima atitude da Jessica Lange, minha ex-diva, no re carpet do show premiere, em relação a Lea Michele, a garota do Glee. Foi muito mal-educado e ridiculamente detestável. Já passei por situação igual e me identifiquei com a menina. Não gosto de quem faz isso e, infelizmente, não sei separar as coisas nesse sentido.
    Jessica Lange me desapontou, fiquei imaginando pedindo um autografo e sendo humilhado daquele jeito, mas a série realmente está ótima!

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  3. Fiquei sabendo... Foi horrível. Fiquei com dó da Lea. Mas não vou abandonar a série. Porém, entendo o seu lado, pq ue da para perceber é que você era fã da Jessica, era o seu "motivo" para assistir digamos assim... Se a Lange sair nessa 4t, você volta para ver a 5t kkk, pois a serie está fantástica mesmo.

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  4. a bette vai cortar as cordas vocais da irmã com aquela tesoura e,e

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