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[Crítica] O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro


Direção: Marc Webb
Ano: 2014
País: EUA
Duração: 142 minutos
Título original: The Amazing Spider-Man 2

Crítica:

Sua maior batalha se inicia.

É inegável que, com este reboot no universo do cabeça de teia, a Sony Pictures tinha a intenção de expandir a mitologia do personagem, explorando não só o herói, como também os vilões que compartilham deste mesmo universo. Em uma época em que a Marvel e a DC Comics estão investindo pesado em seus futuros projetos, a Sony - que mantém apenas os direitos autorais do Homem-Aranha - não poderia ficar para trás. Este filme, por exemplo, é muito mais do que apenas uma continuação, já que também abre a porta para futuros filmes e diversas oportunidades de spin-offs. Estão dispostos a mergulhar fundo neste universo? Eu sei que estou.

A história obviamente volta a Peter Parker, que anda com a vida bastante atarefada – entre derrotar bandidos como Homem-Aranha e passar tempo com sua amada, Gwen Stacy – a formatura do ensino médio parece algo distante. Peter não se esqueceu da promessa que fez ao pai de Gwen, de que a protegeria mantendo-se à distância, mas esta é uma promessa que ele não pode cumprir. As coisas vão mudar para Peter com o surgimento de um novo vilão, Electro, e o retorno de um velho amigo, Harry Osborn. No meio de tudo isso, o nosso herói tentará conciliar suas responsabilidades com seus desejos pessoais, enquanto descobre novas pistas sobre seu passado...

Eu havia gostado bastante do primeiro filme, então estava animado para conferir este segundo. Minha perspectiva, porém, mudou com o lançamento dos vídeos promocionais. O filme ainda parecia muito bom, mas havia um elemento que eu não queria testemunhar. Obviamente não posso falar sobre isso, porque é o momento chave do filme. A grande questão é que esta sequência consegue desenvolver muito bem a sua trama, apresentando uma quantidade maior de vilões sem se perder na própria história - como aconteceu com Homem-Aranha 3. O diferencial dessa nova franquia é que ela não entrega todas as informações. Pequenas pistas são deixadas neste filme, que certamente serão resgatadas no próximo (assim como aconteceu com o anterior). Os pais do Peter, por exemplo, exercem um papel muito mais importante do que na trama de Sam Raimi.

Ao contrário do primeiro filme, que optou por uma fotografia mais sombria, este segundo filme volta sua ação principal às cores fortes e brilhantes de um dia ensolarado. Peter Parker consegue ser ainda mais engraçadinho, com direito a muitas piadinhas e palhaçadas enquanto caça ladrões comuns. Porém, não é só de stand-up que o filme sobrevive. No confronto final há uma mudança drástica de tom. A diversão passageira dá lugar a uma sensação de aflição. E é justamente neste momento que esta sequência mostra ao que veio. Meu coração ainda está partido pelo desfecho desse filme. Esperava muito que acontecesse algo diferente, apesar de saber que não teria jeito.

A cena da qual estou falando, porém, foi extremamente bem feita. Todo o cuidado delicado da direção com a câmera lenta, focando nos detalhes mais importantes antes que todo o nosso mundo caísse. Não tem como terminar essa crítica sem destacar a interação entre a Gwen e o Peter, que está ainda mais fofa neste filme. Eu realmente adoro a personagem. Gwen Stacy é diferente das outras mocinhas. Ela é mais do que um interesse amoroso, ela é um complemento do Homem-Aranha. De fato, Gwen ajuda o nosso herói a vencer as suas batalhas, torcendo-se muito mais do que uma mocinha indefesa. Sem contar que é extremamente inteligente e consegue pensar em soluções que não estão ao alcance do protagonista. Enfim, agora só resta esperar pelo terceiro filme - que só sairá em 2018 - para saber o futuro da franquia. Mas fiquem tranquilos porque O Sexteto Sinistro sairá bem antes, em 2016, e outros spin-offs continuam sendo desenvolvidos, como o filme solo do Venom.


Trailer Legendado:

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