Especial

Foto:

[Crítica] Cabana do Inferno 2


Direção: Ti West
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 87 minutos
Título original: Cabin Fever 2: Spring Fever

Crítica:

Eles vão sentir na pele o poder deste mal.

Sabe aquele papo de que uma sequência pode manchar a imagem do original e todo aquele drama? Bem, neste caso até que eles estão certos. Não estou dizendo que respeito menos o primeiro filme por causa da sequência, mas certamente não posso dizer que sou um fã da franquia em geral. Quando soube que a cabana seria trocada por um colégio, fiquei com medo dessa segunda parte se tornar um clichê adolescente. Mas a apunhalada foi muito mais forte! Nada poderia preparar qualquer pessoa para o tom da história dessa segunda parte. É melhor voltar para cabana, e trancar a porta.

Dias depois de um vírus mortal ter consumido seus amigos, Paul emerge de um vala por um rio. Embora seu corpo tenha sido devastado pelo vírus, ele está determinado a sobreviver e avisar os outros do perigo. No entanto, uma fábrica de engarrafamento de água já distribuiu água contaminada para a escola secundária local. Alunos da escola estão animados com a preparação para o baile, sem saber que eles estão prestes a ter um encontro macabro com a morte. Agora, com o colégio em quarentena e a doença se espalhando, os sobreviventes terão que encontrar uma forma de escapar, ao menos tempo que tentam conter o vírus.

O mais interessante deste filme são suas primeiras cenas. Contando com a participação do protagonista do filme original, interpretado pelo ator Rider Strong, testemunhamos a continuação da sua luta pela sobrevivência. Ele não teve tanta sorte quanto no filme anterior, mas sua participação certamente foi um dos poucos pontos positivos dessa segunda parte. Além de conectar os eventos desse filme com o original, também é sempre ver um rosto conhecido. As primeiras cenas também impressionam pelo nível de violência, mostrando que a quantidade de sangue desta sequência será muito mais elevada.

Apesar de já ter mostrado todo meu negativismo no decorrer desta crítica, quero deixar claro que este não é um filme realmente ruim. De fato, é mais divertido do que muitos lançamentos por aí. A grande questão é que ele não combina com a proposta do original, ridicularizando uma trama que tinha tudo para ser tensa. Por algum motivo, essa segunda parte partiu para o vale tudo, tentando ser o mais idiota, nojento e ousado possível, porém, esse não era o tipo de filme que os fãs do primeiro esperando em uma sequência. O diretor está tão empenhado em entregar algo nonsense que os créditos de abertura é uma sequência em desenho animado (WTF?).

Os créditos iniciais narram a pequena trajetória da água contaminada até o colégio, e juntando com o nome da cidade, por um segundo achei que estava vendo Os Simpsons. E não é qualquer tipo de animação, mas sim a mais infantilizada possível. Os créditos finais também seguem o mesmo estilo. O que salva o filme de uma desgraça completa é a violência. O diretor fez questão de mostrar todas e quaisquer cenas nojentas possíveis. Ao contrário do que se pode esperar, as cenas nojentas pouco remetem ao vírus visto no primeiro filme. Nesta segunda parte, as vítimas se limitam a vomitar litros de sangue. Cadê a pele corroída das pessoas?

Entre mortos e feridos (literalmente!), o filme só irá agradar aqueles que sabem previamente com o que estão lidando. Uma coisa é certa, se você for fã do original, vai querer explorar os realizadores desta sequência. Mas, se você procura por um trash descabido e descarado, fique a vontade. Apesar desse filme ter matado com a franquia, os produtores ainda encontraram um jeito de continuá-la. Tentando voltar os moldes sérios do primeiro filme, a única saída seria uma prequel - ou então eles teriam que enfrentar o apocalipse, ou pior ainda: lembrar que essa continuação existe.



Trailer:

Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário: