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[Crítica] Reign - 1x16-18: Monsters / Liege Lord / No Exit


"My country and I are one in the same".

Review:
(Spoilers Abaixo)

Não me canso de dizer que esta é uma das melhores estreias da última Fall Season. A imaginação dos roteiristas não tem fim, misturando fatos históricos com liberdade criativa de uma maneira afiada e crível. É uma pena que não tenho tido muito tempo para me dedicar a Reign como ela merece. Antes dar algumas notícias ruins, devo alertar que a série já foi renovada para a segunda temporada. E sim, eu irei falar sobre a queda brusca da audiência nas últimas semanas. Eu realmente não entendo os espectadores dos EUA. Perderam alguns dos melhores episódios da série, em especial esses dois últimos.

É fato que o ritmo que todos conhecemos foi quebrado por umas duas semanas. Há uma delimitação clara nessa temporada. A primeira parte se dedicou aos casais, fazendo-nos shippar o maior número de personagens possíveis (Mary e Bash mandaram oi). Mas, nessa altura da história, grande parte deles já está definida. Poucos são os que ainda estão solteiros, o que não deixa muitas possibilidades para restruturar a trama tendo-os como base. A decisão de manter o foco político nessa reta final da série é mais do que acertada. Além da série parecer mais madura, o novo foco do enredo garante novas e excitantes possibilidades.

Nas minhas últimas críticas eu reclamei sobre a passividade da Mary, que sempre foi uma "espírito livre" dentro da história. Desde o seu casamento, ela estava muito "caseira". Pois eu fico contente de dizer que nunca poderia estar mais satisfeito. Mary cresceu absurdamente nesses últimos episódios. Nada pode pará-la agora, e a sua dedicação ao seu país pode ser determinante para introduzir conflitos no casamento "perfeito" da protagonista. Se no décimo sétimo episódio, Liege Lord, eles apenas tiveram um desentendimento sem grandes proporções, em No Exit, eles definitivamente bateram de frente. O desfecho do episódio foi muito interessante de acompanhar, e eu fui surpreendido pela atitude do Francis.

Ainda estou na expectativa de ver os dois brigando por conflitos políticos distintos. Neste caso, Francis não agiu pensando no bem do seu país. De fato, ele seguiu os conselhos do Bash, e colocou sua mulher em primeiro lugar. Francis estava com medo de perdê-la, porque achava que tudo poderia ser uma grande armadilha para mudar a linha sucessora da Escócia. Logo, devo dizer que também não confio no meio-irmão da protagonista, mas quero vê-lo um pouco mais na trama. Um fato curioso é que apesar do Francis ter colocado a Mary em primeiro lugar no último episódio, ela não teve a mesma consideração quando ameaçou expor os segredos da França para o Vaticano. Fico imaginando se a Mary faria algum sacrifício se fosse levada ao extremo.

Vale mencionar ainda, o confronto entre a Mary e a Catherine, em Liege Lord. Esse episódio conseguiu ser o melhor desses três que estou criticando, trazendo diversas reviravoltas inteligentes que mesclavam realidade com ficção de uma forma muito bem equilibrada. Para aqueles que não sabem, a cláusula assinada pela Mary sobre morrer e não ter filhos realmente foi assinada por ela na vida real. Acontece que não foi uma conspiração, mas uma demonstração de boa vontade da própria Rainha da Escócia, demonstrando confiança na corte francesa. Os roteiristas aproveitaram essa situação para montar toda uma conspiração - muito bem elaborada, por sinal -, trazendo um confronto épico entre as duas personagens mais fortes da série, Mary e Catherine. Teve direito a porrada e muita sambada - de ambas as partes. Apenas aplaudindo!

Agora vamos falar um pouco sobre o elenco de apoio. Como irei viver sem o relacionamento secreto entre a Greer e o Leith? Acabou muito rápido - mas não tanto quanto o noivado da Greer. Ainda espero poder ver o Leith mais para frente. Os roteiristas são tão ativos, que ele poderia descobrir que é filho de algum rei de esquina. Quem sabe? Eu torço. O importante é que a Lola deu uma de lixeira e catou os restos da Greer. Começou tudo muito fofinho e honesto, mas esse último episódio deixou bem claro que o moço tem algo a esconder. Parece óbvio que ele não tem o dinheiro que aparente, mas o mais importante é se ele está ou não matando suas esposas e pegando os seus dotes. Não podemos esquecer que suas duas mulheres anteriores morreram dando a luz - e ele não deu para trás quando descobriu que a Lola já estava grávida. Será que esse é o modus operandi do personagem? #PrayForLola

Quis deixar um parágrafo só para o novo casal do momento: Bash e Kenna. Não consegui deixar de sorrir durante o casamento forçado entre os dois. A cena foi muito cômica, principalmente a honrosa nomeação do Bash, agora o oficial Mestre da Caça e Cavalaria. Apesar de nenhum deles querer o casamento, sabia que seria apenas uma questão de tempo até o enredo desenvolver algo entre os dois. Gosto da dinâmica sincera e o fato de que eles sabem que não gostam um do outro, por isso vai ser divertido vê-los passando a se envolver mais. E, convenhamos, quem não iria querer casar com o Bash? Ele é tão protetor. Vamos ver como os roteiristas irão lidar com esse plot. Eu ainda espero mais situações constrangedoras envolvendo o Henry. Ele anda tão divertido agora que ficou louco.

Não posso deixar de comentar sobre a passagem da ilustre Rainha do Feijão (oi?). Saída de uma tradição para lá de estranha, a introdução da nova personagem teve conclusões surpreendentes. Adorei como o roteiro a apresentou como uma menina boba, mas que, na verdade, era mestre da arte dos 50 Tons de Cinza. Mostrou que a sua pussy é o poder e pegou o trono para si. Mas todos sabiam que tudo isso era apenas permanente, não é mesmo? A personagem já nasceu com data de expiração. E eu acredito que ela rendeu bastante e foi eliminada da trama de uma forma eficiente. As conspirações da Catherine são sempre genias e essa nova artimanha não foi diferente. É por isso que ela é uma das maiores sambistas da série.

Por fim, aquele aviso esperto. Se vocês querem assumir as críticas semanais de Reign, basta mandar uma review para o meu e-mail (nefferson_2@hotmail.com) de um episódio recente. Lembrando que buscamos textos de caráter crítico, e não resumos do episódio. Boa sorte!

We'll Never Be Royals:

- Será que a Olivia foi embora de vez? Ainda bem que eu não tinha investido nesse shippe, sabia que não iria muito longe. Pelo menos agora o Nostradamus poderá voltar a ser um recurso importante da Rainha. Ele estava muito aleatório ao que estava acontecendo na corte.

- Vocês souberam da polêmica entre os atores Torrance Coombs (Bash) e Caitlin Stasey (Kenna) e o fãs brasileiros da série no twitter. Já faz algum tempo desde que os brasileiros sacanearam o Torrance no twitter, mas ele sempre levou com bom humor. O grande problema foi a introdução da Caitlin na história, que falou mal e ridicularizou os brasileiros que costumam mandar mensagens para ela. Muito deselegante!
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