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[Livro] The Double Me - 1x15: Keep Saying That to Yourself (Season Finale) [+18]



“Garotos não sabem brincar.”


De todos os sabores que o desejo poderia ter, Alex sentia que o beijo de Jensen era o mais viciante. Ele tinha o poder de invalidar o mundo lá fora enquanto o tempo passava em câmera lenta. Interromper o beijo para recobrar o fôlego? Parecia ser a coisa mais dispensável do mundo. Agora que ambos tinham certeza sobre seus sentimentos e que precisavam fazer de tudo se quisessem ficar juntos, pouca coisa manteve o poder de separá-los.

Alex estava passando as mãos no peitoral de Jensen por debaixo da camisa quando viu o garoto se afastar. Quanto tempo o beijo tinha durado? Ele não tinha certeza, mas ambos já estavam implorando por um pouco de ar.

— Você tem certeza que nunca deu uns amassos? — Jensen fechou os olhos por alguns segundos e sorriu. Estava com a testa colocada na de Alex e as mãos sobre a cintura do garoto.

— Já, mas... Eram um pouco diferentes. — Alex deu um ar de risos. Estava lembrando dos poucos momentos onde as garotas que gostava lhe davam uma chance.

— Eu imagino... — Jensen o beijou mais uma vez, dessa vez durou apenas alguns instantes.

Ele ficou com o pescoço inclinado enquanto via Alex se levantando da cama. Por mais que quisesse continuar se sentindo nas nuvens, ele precisava ir embora. Precisava chegar em casa, tirar as roupas secas que Jensen lhe emprestara, tomar um banho demorado e comer alguma coisa. Afinal, mesmo não parecendo, o tempo passava rápido, e ainda havia uma vida lá fora esperando para ser vivida. Do mesmo jeito que também havia pessoas importantes que esperavam contar com ele. O que Nate diria se ele perdesse a festa de aniversário da Vogue depois de tanto insistir pela sua presença? E o que Judit iria pensar de um filho que chega em casa depois da hora? Ter um bom motivo não era o bastante para decepcionar as pessoas que ama.

— Não me diga que você vai embora. — Jensen sentou na cama. Seu olhar de peixe morto quase fez Alex sentir-se culpado.

— Acredite, eu quero ficar. — Alex caminhou até seus sapatos molhados do outro lado do quarto. Ele se sentou na poltrona e começou a calçá-los.

— E o que ta te impedindo?

— Se a gente quer continuar fazendo isso, vai ter que ser em segredo. E pra se manter um segredo, primeiramente devemos evitar suspeitas. Se alguém perguntar, você ficou no Central Park a noite toda, beleza?

— Eu odeio isso. — Jensen jogou o outro lado do sapato de Alex assim que ele começou a procurar. — Você podia inventar uma viagem e ficar aqui por alguns dias.

— Não me dê nenhuma ideia, por favor. — Alex sorriu. Nem perfeição conseguiria definir como seria passar uns dias naquele apartamento ao lado de Jensen.

— Sua janela continua fora de questão?

— Por enquanto. Nate disse que pretende sair da mansão em breve. — Alex se levantou. Rapidamente olhou pra baixo, a camisa emprestada de Jensen havia servido muito bem, mesmo que fosse alguns centímetros menor.

— É a minha camisa da sorte. — Jensen se levantou e andou até ele. — Só devolva se quiser esquecer o que aconteceu aqui.

— Então eu acho que ela é a minha camisa da sorte agora.

Jensen sorriu. Por dentro estava querendo abrir a janela e gritar para o prédio inteiro que era o homem mais sortudo do mundo, mas por fora bastava olhar nos olhos azuis de Alex para que fosse atingido por uma onda de exultação.

Alex só viu que precisava agir quando a troca de olhares começou a ficar constrangedora. Despedidas realmente nunca foram o seu forte.

— A gente se vê. — Alex lhe de um soco leve no ombro, mas foi surpreendido quando Jensen lhe puxou pela cintura e deu o ultimo beijo. Se esse era o plano de Jensen para fazê-lo ficar, estava dando certo demais.

— Ok. — Alex o afastou com um sorriso bobo no rosto. — Até mais.

— Certo. — Jensen sorriu enquanto observava o garoto saindo do quarto.

Ele já poderia sentir saudades ou estava sendo meloso demais? Nunca vivera nada parecido com aquilo. Era como se todas as musicas românticas e as histórias bregas de amor do cinema fossem pouco para descrever suas emoções.

Por sorte, não era apenas ele quem estava sentindo. E também não era apenas ele que precisaria lidar com a saudade. Segundos depois de sair do quarto, Alex voltou e o atacou. Jensen não conseguiu reagir, apenas caiu na cama com o garoto em cima dele e os lábios grudados. Então estar apaixonado era daquele jeito? Ambos estavam felizes em descobrir que sim.

Do lado de fora do Principal Hotel Strauss, as celebridades mais badaladas posavam para fotos antes de adentrar ao próximo espetáculo criado pela Vogue. Emma Stone, Lucy Hale, Ashley Benson, Nate conseguia identificar a maioria das garotas que se apaixonaram pelas câmeras. Eram todos convidados ilustres, e todos estampariam os tabloides do jeito que seus assessores queriam.

A decoração, porém, não impressionava o garoto. Ele mesmo já havia dado festas melhores que essa em Amsterdam quando resolvera viajar pelo mundo, que era superior não só pela criatividade, como também, na lista de convidados. Quem se importaria com dançarinos exóticos fazendo apresentações aéreas ou um cuspidor de fogo? Com certeza Nate não era um deles.

Quanto ao resto da decoração, tudo estava no lugar certo. As cores combinando azul claro com branco acinzentado, os vários camarins com cortinas onde as pessoas poderiam ter privacidade, a seleção musical impecável do DJ ressaltando os hits que estavam na moda e os inúmeros bares servindo os convidados de acordo com os temas. Se quisessem provar as iguarias africanas, precisavam ir até o fim do salão e falar com o bartender em roupas coloridas. Mas se ideia realmente era ser tradicional, bastava dar dois passos da entrada até o bar onde o moreno de olhos claros servia subcelebridades com a bandeira dos Estados Unidos no fundo.

Dentre os convidados, Nate conseguiu identificar Aylana Carpenter, a nova Reitora da Harvard e também melhor amiga de uma grande de uma das editoras da Vogue. É claro que ela estaria presente num evento tão importante, assim como os reitores de outras universidades como Brown e Columbia, que misturavam-se no meio dos atores de séries adolescentes. Se Nate inclinasse um pouco a cabeça pro lado direito poderia ver Diablo Cody num vestido justo com sua tatuagem amostra conversando com Kat Dennings enquanto ambas tomavam devagar um dos champanhes mais caros de Nova York. A primeira coisa em que pensou foi que Alex teria infartado se não tivesse desaparecido e perdido aquela festa.

Além de Alex, quem também parecia perdido o grande evento era Gwen, uma das poucas pessoas que Nate poderia afirmar que não perderia aquilo por nada. Procurando por ela entre a multidão ele encontrou Justin parado perto de um dos grandes pilares da direita. Não tinha como não notar suas olheiras e seu olhar distante que pairava em lugar algum. Com certeza havia acabado de chorar, ou acabado suas pílulas? Nate não tinha certeza, só sabia que de qualquer jeito ele havia sofrido uma perda.

— Obrigado. — Nate roubou uma taça de champanhe do garçom que circulava. Ele caminhou até Justin enquanto terminava sua bebida com apenas um gole.

Justin estava tão distante que só percebeu a presença de Nate quando ficaram cara a cara. O garoto suspirou, mas manteve a calma. Mesmo que Nate o atrapalhasse por três minutos, teria a noite inteira pra procurar por Jensen e sugerir uma conversa a respeito do término.

— Hey Bieber, como vai a vida de solteiro? — Nate achou que surtiria efeito, mas a verdade é que nada daquilo importava enquanto não conversasse com Jensen.

— Só não dou a resposta que merece porque eu finalmente estou vendo como é ser você.

— Como eu? Você quer dizer atraente e bilionário?

— Não, sozinho e rejeitado. Eu também enlouqueceria.

— Oh Justin, você parou de tomar seus remédios de novo? Só não te mando pra reabilitação porque esse é o meu sonho.

— Não preciso daqueles comprimidos estúpidos. — Justin tomou um gole de seu Licor.

— Desde quando?

— Desde que roubei seu namorado e minha vida ficou fácil demais.

— Mas aposto você não sabia que Jensen estava dormindo com Kerr, Billy Treadwell, Travis Van Der Wall e oitenta por cento dos Hamptons. Isso porque Sean Montgomery e Andrew Hevovich são cem por cento héteros. Ou cem por cento ativos? Agora fiquei confuso... — Nate mordeu os lábios, fingindo estar em dúvida.

Justin sentiu suas palavras lhe destruindo até onde podiam, mas poderia lidar com os danos contanto que soubesse fingir que estava tudo bem.

— Há. — Ele deu um ar de risos sarcástico. Infelizmente o sorriso vencedor ainda não tinha saído do rosto de Nate. — E eu deveria acreditar em você por que...?

— Porque eu não preciso mentir pra conseguir o que eu quero. Há algo extremamente fascinante no poder de destruição que a verdade tem, não acha? Além disso, temos que admitir que ele nunca foi seu. Não importa se precisa de amigos que nunca terá ou pílulas pra dormir, de qualquer jeito, lide com isso.

Revidar as palavras agressivas de Nate tiraria uma parte da sua agonia interior, mas Justin não se atreveria, não quando sabia que tudo aquilo era verdade. Ele sabia sobre Kerr, sobre Billy e sobre Travis. Sabia das traições, das mentiras e dos sentimentos do namorado. Era humilhante, mas nada disso importava se estivessem juntos. Afinal, mesmo comentando todos esses erros, Justin era o namorado oficial, e sempre foral tratado como tal. Era o suficiente pra que aceitasse namorar o garoto mais cobiçado do estado.

Entretanto, seu inimigo não poderia sequer imaginar que estava lidando com essa situação. Ao invés de continuar ouvindo as verdades tão fascinantes quanto destruidoras, ele poderia simplesmente acabar com tudo e continuar sofrendo calado por algo que nunca deu certo.

— Vai pro inferno. — Exclamou Justin. Logo depois correu na direção do toilet, só precisava de um tempo sozinho pra organizar as ideias.

— Pois é, acontece que eu acabei de voltar.

Nate gargalhou enquanto tinha o privilégio de assistir o inimigo fugindo do campo de batalha. Ficou quando ainda mais divertido quando Justin esbarrou em duas modelos na entrada do banheiro, derrubando suas bebidas e fazendo-as cochichar sobre o mal educado da festa. Aquele era apenas um bônus transitivo para fazer jus ao lazer. Quando chegasse sua hora, Justin perderia muito mais que apenas sua compostura num evento importante.

Ao adentrar o banheiro, Justin caminhou na direção do enorme espelho onde um homem de terno e gravata marrons lavava as mãos. Ele o esperou sair para tirar um saquinho de cocaína de dentro do bolso do blazer. Jogou um pouco do pó na sua mão e colocou o nariz em cima para sugar. Como não queria perder nada, levou o dedo melado com as sobras do pó até a boca para lamber. Aquilo precisava fazer efeito urgentemente.

Justin estava tão concentrado que nem notou Thayer abrindo uma das cabines do lado esquerdo. Algo logo lhe pareceu extremamente errado quando viu Justin, o sóbrio do grupo, usando cocaína escondido.

— O que você está fazendo?

Justin olhou pra ele pelo espelho. Seu cérebro imediatamente preparou uma desculpa esfarrapada, mas não precisava disso quando se tratava de Thayer Van Der Wall. Antes de ser um medalhista de ouro em Guadalajara, ele era o baladeiro número um de Manhattan, tendo apresentado as drogas ao grupo de Gwen. Porém, como ele repetiu várias vezes, vender drogas era patético. Justin não lembra de um dia ter compreendido seu ponto de vista.

— Tem mais disso aí? — Thayer se aproximou. — Só pra constar, você está fazendo errado.

— Não sabia que havia um jeito certo de usar drogas. — Justin fungou. Seu nariz tinha começado a formigar.

— Mas há. — Thayer sorriu ao tirar uma caneta vazia do bolso. Ele pegou o pó que estava nas mãos de Justin e fungou, tapando o outro lado do nariz com o dedo.

Agora, Justin se sentia como um verdadeiro amador. Achava que deveria ter aprendido tudo aquilo junto dos amigos para não ser o único que não entende do assunto.

— Faz tanto tempo que não faço isso... — Disse Thayer enquanto massageava o nariz.

— E por que fez agora?

— Nosso amigo Nate deu um jeito de me tirar da competição. Sem exame de doping, as drogas estão liberadas.

— Chamamos você aqui para acabar com ele, não o contrário. — Justin se olhou no espelho, ainda havia pó em seu nariz. Precisava limpar antes que esquecesse e saísse do banheiro.

— Ele não é mais como antigamente, Justin. Ele está implacável. Sabe o que dizer, sabe o que fazer, sabe surpreender. Talvez seja mais esperto que todos nós juntos.

— Por que você está falando como se achasse ele incrível? — Justin fingiu estar enojado.

— Eu o odeio, mas preciso admitir que ele é um forte oponente. O que é muito melhor que subestimá-lo.

— Já planejou sua vingança? — Justin parou de se olhar no espelho e se escorou na pia, de frente para Thayer.

— É claro. — Thayer cruzou os braços. — Eu não seria Thayer Van Der Wall se não tivesse um plano. — Ele sorriu com malícia, dando ideias malucas a Justin.

Não era o efeito da droga, mas Justin tinha acabado de notar que Thayer continuava irresistivelmente atraente. O cabelo espetado, o topete perfeito, a pele pálida e a boca rosada, que sabia muito bem como seduzir. Tudo nele de repente lhe pareceu bastante convidativo. E já que ambos estavam solteiros e foram completamente humilhados por Nathaniel Strauss, não seria uma má ideia descontar toda essa frustração na cama.

Sem hesitar, Justin se aproximou e lhe roubou um beijo. Thayer ficou completamente sem ação, mas afastou o garoto o mais rápido que pôde. O que estava acontecendo? Era efeito da droga?

— O que você ta fazendo? — Thayer deu um meio sorriso, achou que poderia ser uma brincadeira.

— Beijando você.

— Eu sei, mas... Por quê?

De todos os garotos que moravam em Nova York, Justin era um dos poucos que Thayer rejeitaria. Não havia nada de errado em ser um Priestly, muito pelo contrário. Havia algo de errado em não ser másculo. Justin parecia uma garota de cabelos curtos, com voz feminina, cabelos loiros impecáveis e um olhar que entregava a todos quais eram suas preferências. Não chegava a ser exagerado, mas era o suficiente para não despertar interesse em Thayer.

Quando percebeu o que estava acontecendo, Justin engoliu a rejeição e se preparou para fingir que aquilo não lhe afetava. Agora eram dois. Jensen McPhee não o queria, Thayer Van Der Wall também não o queria, e ele não fazia ideia do que havia de errado consigo mesmo.

— É a droga. — Justificou ele, mesmo percebendo que Thayer não estava caindo na sua desculpa. — E eu nunca fiquei sozinho...

— Desculpe, não gosto de você desse jeito. Acho melhor ficarmos apenas nos negócios.

— Então é melhor você começar a fazer direto o seu trabalho. — Justin saiu do banheiro.

Thayer suspirou, nunca pensou que teria que viver aquela situação. Assim que viu um jornalista passando pela porta do banheiro, ele se retirou para tentar alcançar Justin. O garoto já estava próximo ao bar jamaicano, não podia lhe ouvir chamando, e provavelmente não queria. Ele realmente precisava se sentir mal com aquilo? Não quando estava numa festa lendária da Vogue, rodeado por pessoas que de alguma forma poderia tirar proveito. Como Nate, que ele avistou próximo a reitora da Harvard. A conversa parecia interessante o suficiente para Thayer sentir vontade de atrapalhar.

— Harvard sempre foi minha primeira escolha. — Foi a única coisa que Thayer conseguiu ouvir Nate dizer quando se aproximou.

— Hey Nate, você está aqui. — Thayer sorriu. Nem Nate e Nem Aylana pareciam entender a intromissão. — Não pensei que já tinha saído da corte.

— O que? — Nate estremeceu, sabia o que ele estava tentando fazer.

— Me disseram que o Teatro estava processando você por causa do strip tease e que a audiência seria há uma hora. Ocorreu tudo bem? Eles usaram mesmo sua sextape na acusação?

Nate não pôde fazer nada para evitar que Aylana se retirasse. Ela apenas foi embora, deixando claro que não iria tolerar linguagem de baixo calão. Primeiro as fotos da Calvin Klein e agora uma vaga na melhor faculdade do país. Thayer estava mesmo pedindo para que o jogo chegasse a outro nível.

— Por que você fez isso?

— Porque é divertido. E eu te odeio, a propósito. — Thayer sorriu.

— Você quer guerra? — Nate se aproximou consideravelmente para intimidá-lo.

— Eu quero. E você?

— Infelizmente não tenho tempo para você. Boa sorte tentando chamar minha atenção. — Nate sorriu com cinismo.

— Por que você não confessa logo que morre de tesão por mim e não vê a hora de repetir o que fizemos em paris?

— Continue dizendo isso para si mesmo, Guadalajara. — Nate passou por ele, batendo em seu ombro.

Thayer apenas sorriu, era impossível ganhar uma discussão com o novo Nathaniel Strauss, mesmo que Thayer visse em si mesmo bastante potencial para ganhar uma batalha. O problema é que seu inimigo não é tão diferente.

Próximo a mesa onde havia o bolo de três andares, Nate encontrou uma modelo da Victoria’s Secret que conhecera em Paris e tratou de colocar o assunto em dia. Enquanto isso, Thayer abordava o poderoso Michael Fell, Reitor da Columbia e futuro prefeito de Nova York. Era o único homem que poderia lhe ajudar se ainda quisesse ter um futuro na natação, sendo Michael um dos homens mais gentis e prestativos que a cidade já vira.

— Olá garoto. — Disse o reitor. — Eu estava indo atrás dos tira gostos.

— Desculpe senhor, é que sou um grande fã do seu trabalho e a Columbia é a faculdade dos meus sonhos.

— Você está falando sério ou é só pra me agradar?

— Não senhor. — Thayer sorriu. — Estou falando sério. Desde pequeno sonho em estagiar na Columbia e por isso me dediquei a natação.

— Bem, obrigado meu jovem. — Michael parecia satisfeito com os elogios. — E você realmente parece fazer o perfil das pessoas que procuramos.

— Bondade sua, senhor. — Thayer só estava querendo ser gentil. Se pudesse, estaria deixando claro que ninguém é mais perfeito pra Columbia do que ele. — Minha família dará um jantar nesse final de semana. Aceitaria o convite?

— Mas é claro. Como você se chama?

— Thayer Van Der Wall, fui medalhista em Guadalajara.

— O que? — Exclamou Michael como se tivesse levado um susto. — Você é o garoto do doping?

— O que? — Thayer arregalou os olhos. Como ele poderia saber daquilo? Será que o treinador vendeu as informações a algum jornalista?

— Recebemos seu fax contando sua história. É melhor nem tentar nada com a Brown, Yale ou Princeton, eles são bem piores que eu. Juízo da próxima vez.

Assim que Michael passou por ele pegando devagar em seu ombro, Thayer fitou o chão, estava completamente arrasado. Como era possível que todos os reitores soubessem da sua história? A não ser que seu novo inimigo estivesse por trás disso como também esteve por trás do doping.

Ao longe ele avistou Nate ainda conversando com a modelo de antes. Nada haveria de errado se não fosse um sorriso malicioso se formando devagar no rosto do garoto, provando que ele era o culpado daquilo também. Além do sorriso, Nate resolveu piscar o olho direto na sua direção, só pra que o garoto ficasse ainda mais furioso. Ele pensou que Thayer saberia controlar sua ira na frente das pessoas para que pudesse se vingar por debaixo dos panos, mas estava bastante enganado. Thayer estava longe de tentar manter a calma diante daquela situação. Primeiro a natação, agora a faculdade, Nate estava pedindo para que acertassem as contas.

— Você está passando dos limites! — Thayer puxou o braço de Nate com fúria.

— Do que você ta falando?

— Estou falando... — Thayer olhou ao redor, algumas pessoas haviam notado sua exaltação, então era melhor diminuir seu tom. — Estou falando das suas gracinhas.

— O que foi? — Nate puxou seu braço. — Ainda queria ganhar um estágio depois do Doping? Você é assim tão estúpido?

— Isso não vai ficar assim.

— Só fiz isso pra você ver que se brincar comigo, vai se dar mal.

— Haha! — Thayer gargalhou. — Ta na cara que isso não tem nada a ver com a minha presença aqui ou as fotos da Calvin Klein. Você só está magoado porque tirei sua pureza e nem tive coragem de olhar pra sua cara feia e gorda no dia seguinte.

— Não sei em que planeta você vive, mas no meu, seus dezessete centímetros não significam nada além de “Já vi melhores”. — Nate lhe deu as costas, era só o que precisava dizer.

Thayer também parecia ter esgotado seu vocabulário. Então, se ainda estivesse interessado em ser superior, precisava agir. E o que restou a fazer se não baixar o nível como as pessoas do Brooklyn? Foi o pouco que a adrenalina lhe permitiu raciocinar. Quando viu, já tinha empurrado Nate em cima do bolo e grudado seu rosto naquela piscina de glacê.

Nate esperou alguns segundos antes de levantar, não acreditava que aquilo estava acontecendo. Não acreditava que um dia aconteceria consigo algo visto apenas em programas de TV fora do horário nobre. Era baixo, era patético, era infantil. E o pior era ver a festa inteira hipnotizada pelo escândalo, incluindo os paparazzi autorizados, que colocariam aquele desentendimento nos tabloides o mais rápido possível.

Nate tirou o glacê dos olhos devagar e virou para Thayer. Como se não bastasse tudo, ele ainda gargalhava. Nate não disse nada, apenas tirou uma parte do bolo com as mãos e arremessou na direção do garoto. Já que precisavam noticiar o escândalo em todos os lugares, eles precisavam ser notícia juntos.

Thayer conseguiu se esquivar do arremesso de Nate, mas assim, ele acabou acertando Aylana há um metro de distância. Ela apenas fechou os olhos e tirou o glacê do rosto como uma verdadeira dama. Quem iria lhe respeitar depois que os vídeos gravados pelos convidados fossem colocados no youtube? Sua carreira poderia terminar ali.

Thayer gargalhou por Aylana ter sido atingida no seu lugar, mas a diversão só durou até Nate lhe acertar um fragmento de bolo como deveria ter sido desde o começo.

Quando deram por si, todos os convidados já estavam atacando o bolo para jogar uns nos outros. E aqueles que eram elegantes demais para participar da brincadeira, saíram correndo dando gritos histéricos. Quem ficou a tempo de ver Diablo Cody acertando um pedaço de bolo no rosto de Lea Michele com certeza terá histórias pra contar.

Apesar de terem começado tudo aquilo como uma briga, Nate e Thayer pareciam estar se divertindo enquanto tentavam acertar comida um no outro. E por apenas um segundo, que nunca seria levado em consideração, ambos desejaram que todas aquelas brigas terminassem daquela maneira.


 

Alex percebeu que alguma coisa estava errado no mesmo instante em que colocara os pés na mansão dos Strauss. Os vasos estavam quebrados, as plantas destruídas e os móveis jogados no chão. Não havia nenhum empregado para arrumar a bagunça ou ninguém se atreveria se meter nos problemas de Nate? Foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça.

Ele caminhou até a sala imaginando o que poderia encontrar, mas de todas as coisas que passaram pela sua cabeça, nunca imaginou que Gwen estaria envolvida naquela confusão. Ela estava sentada no sofá bege com as duas mãos na cabeça e um olhar vazio, talvez por antes terem despejado lágrimas sem parar. A frente dela estava Judit, ajoelhada no chão enquanto colocava as mãos nas pernas da filha. Mal ela sabia que Gwen estava bem longe de conseguir chama-la de mãe.

— Vocês estão bem? — Mesmo sabendo que seria inútil, Alex resolveu perguntar.

Nenhuma das duas respondeu, estavam abaladas demais para isso. Entretanto, Judit conseguiu notar Alex em frente a porta. Estar emocionalmente instável não era motivo para ignorar seu filho.

— Nós estávamos conversando. — Judit fungou.

Antes que Judit pudesse terminar de falar, ouviu os tamancos de Lydia batendo no assoalho enquanto ela se aproximava pelo lado esquerdo da mansão. A mulher estava trazendo duas xícaras de chá numa bandeja azul, com duas pílulas que para Alex só poderiam ser calmantes. Ela colocou a bandeja em cima da mesa e estendeu uma das xícaras para Gwen.

— Tome minha filha, você vai melhorar...

— Eu não quero. — Era a primeira coisa que Gwen estava dizendo depois de um mórbido silencio que durara uma hora.

Ela olhou para Alex mantendo a mesma expressão sem vida no rosto, não tinha certeza sobre o que estava querendo a seu respeito. Um abraço? Palavras de consolo? Ou uma prova de que a verdade pode lhe doer tanto quanto ela imaginava? De qualquer jeito, algo precisava ser dito, mesmo que fosse a verdade nua e crua que Alex definitivamente não estava preparado para ouvir.

— Nós não somos filhos dela. Judit mentiu a vida inteira para todos nós.

— O que? — Alex encontrou o olhar perdido de Judit para ter certeza que tinha ouvido direito.

— O que você ouviu. — Gwen levantou. — Nós não somos filhos dela, nenhum de nós. A vadia é estéril. Desculpe arruinar seu sonho de ter uma família, mas essa é a verdade. Só espero que você consiga lidar com ela melhor que eu. — Ela passou por Alex como um vulto. Era só o que precisava dizer antes de se trancar no quarto e chorar a noite inteira.

— Ela está mentindo. Não é? — Os olhos de Alex imploravam a mãe por compaixão. Não poderia ser verdade. Porque se fosse, não lhe restava nada a fazer se não desabar.

Judit não teve coragem de lhe responder, apenas deixou que o silêncio e seu olhar distante dissessem ao garoto tudo que precisava ser dito. Alex, então, deixou a mágoa invadir o peito e deu um grande suspiro.

— Antes que você a culpe, você precisa saber que ela só estava tentando proteger todos vocês. — Disse Lydia. Apesar de ter mantido a calma até o momento, era impossível fingir que não estava receosa quando se tratava da reação de Alex. Ela não o conhecia, não sabia sua história. Só carregava consigo, além de seus segredos, a certeza de que uma mentira poderia destruir a relação entre eles para sempre.

Mesmo que aquela mentira fosse imperdoável, Alex tentou manter a calma. Só precisava focar-se em tudo o que os Strauss fizeram por ele mesmo não sendo da família, pelo menos até receber algumas resposta. Se Judit não era sua mãe biológica, então quem era?

— O que aconteceu? — Ele perguntou. — Eu vi você grávida nas fotos. Era só uma barriga falsa?

— Eu não tive escolha, ninguém poderia desconfiar...

— Você... O que você fez?

— Não quero que você me veja como uma má pessoa...

— Acho que é tarde demais pra isso. Eu vim atrás de respostas, não de mentiras. Então se você não as der eu simplesmente vou embora.

Judit suspirou, estava completamente envergonhada. Como poderia explicar o que havia feito em nome do seu amor materno pra alguém que nunca poderia entender? Não, ela não poderia, não depois de tudo o que precisou ouvir da boca da própria filha.

Já que não obteve respostas, Alex virou as costas e começou a andar na direção da porta.

— Não vá! — Judit o segurou pelo braço.

— Me solta! — Alex se afastou. — Você não tem direito de me pedir pra ficar. Pegue todos os seus presentes caros e me deixe ir.

— Alex, eu amo você! Eu sempre amei! Você está aqui só porque eu te amo!

— Então o que aconteceu? Se você me ama, por que não me diz a verdade?

Judit suspirou. Enxugou as lágrimas que caiam do seu rosto, tinha acabado de dizer a história toda para Gwen, não sabia se conseguia repeti-la e manter sua sanidade ao mesmo tempo. Para Lydia, aquela era a grande prova de Judit sempre fora uma grande mulher. Mesmo diante a uma desgraça, mesmo sofrendo dores inimagináveis, ela continua amando os filhos acima de tudo. Acima até do próprio erro que ela nunca conseguiu se perdoar.

— Você consegue, querida. — Lydia sorriu de maneira simpática. — Vai ficar tudo bem...

Judit olhou para ela sentindo-se estranhamente protegida. E depois olhou para Alex, ele ainda estava esperando que sua história fosse contada.

Judit limpou o rosto mais uma vez com as mãos e sentou no sofá, fitando o nada. Aquelas lembranças que assombravam seus pensamentos precisavam falar por si só. Apenas dessa maneira a verdade seria dita.

— Acho que sempre fui bastante tradicional em relação a família. Sonhava em ter filhos, ser dona de casa e morar no subúrbio, mesmo que minha mãe achasse que eu deveria ser uma grande doutora como ela. Quando descobri que não poderia engravidar, você deve imaginar como fiquei devastada. Senti que o universo tinha me roubado a única coisa pelo que eu estava vivendo e isso não era justo comigo. Simon e eu pensamos em adotar algumas crianças, realizar meu sonho pela metade, mas até isso a vida me tirou. Meu histórico psicológico me impediu de entrar na fila da adoção. — Judit deu um ar de risos depressivo ao ser invadida por todas aquelas memórias. — Lembro de terem dito que alguém que tomava remédios controlados não poderia oferecer um ambiente estável para uma criança, mesmo que fossemos tão ricos. Por cinco meses tentei lutar na justiça para que voltassem atrás, mas nada adiantou. Ter tantos recursos pareceu irritar o juiz a ponto de me negar ter um filho...

— Então como... — Alex hesitou. — Como nós nascemos?

— Nós tínhamos uma empregada chamada Ivy, ela tinha apenas quatorze anos quando perdeu a família inteira em um acidente. Lydia a encontrou chorando na igreja do nosso bairro e decidiu lhe dar uma chance de mudar de vida. Meses depois ela engravidou de um garoto que passava férias na cidade. Como não podia criar os bebês, ela decidiu... — Judit suspirou. — Ela decidiu vende-los para sair do país e desaparecer. Eu queria tanto ter um filho que eu não pensei nas consequências, não pensei em como vocês se sentiriam quando descobrissem, apenas... Deus... — Judit precisou para novamente seu discurso. Seus olhos estavam querendo que chorasse sem parar enquanto seus lábios insistiam em conta a história até o final. — Eu apenas... Eu apenas aceitei...

— Ai meu Deus. — Alex sentou no sofá ao seu lado mantendo as duas mãos no rosto. Não sabia se estava feliz em ouvir a verdade ou triste por ter feito parte de uma história tão bizarra.

— Eu sinto muito. — Judit enxugou suas lágrimas. — Não tem um dia em que eu não acorde pensando nisso e durma me arrependendo do que eu fiz. Todas as mentiras, toda a farsa pra esconder que eu não estava grávida. Eu não mereço seu perdão...

Alex fechou os olhos para que de alguma forma pudesse ver tudo com mais clareza. Ele estaria mentindo se dissesse que não entende o que Judit fez para realizar seu sonho. Porém, ser vendido pela própria mãe nunca seria algo fácil de lidar. E a mentira de Judit também não explicava como havia parado num lar de adoção. Será que até sua mãe adotiva havia mentido para protege-lo? Era hora de descobrir.

— E o que aconteceu comigo? — Seus olhos cansados pairaram novamente onde estavam os de Judit. Aquilo deveria ser feito cara a cara e sem mais delongas. Era o começo para que começasse a aceitar toda a sua história e tudo o que havia levado todos eles àquele momento.

— Nós levamos Ivy até o hospital e fingimos um parto. Mas alguém pegou você, eu não tive culpa. — Quando percebeu que seu corpo inteiro estava tremendo e sua visão embaçada, Judit tentou controlar o choro.

As lembranças daquela noite eram intensas demais para que viessem a tona sem causar danos. Ela lembra de ter lutado com alguém vestindo um manto preto, a mesma pessoa que roubara Alex do berçário e fugira com ele nos braços. Não havia como saber o que aconteceu para que fosse acabar num lar adotivo, só sabia que se dependesse dela, ficaria com os dois bebês.

— Eu te procurei em todos os lugares. — Disse ela. — Em cada esquina, cada rua, cada lar de adoção da cidade, cada hospital, eu juro! Demorei meses pra me convencer que você não voltaria mais e agora que eu te tenho de volta, por favor. Não vá embora...

Alex ainda estava muito confuso para tomar uma decisão. Então Judit e Simon resolveram comprar bebês de uma antiga empregada. Após o parto, um dos bebês é roubado e desaparece durante muito tempo. Mas e o terceiro filho, sua irmã gêmea, onde ela poderia se encaixar nessa história? Por que Judit estava fazendo questão de não inclui-la?

— E a garotinha? Vai fingir que ela não existiu? — Alex quase alterou sua voz, achava que novamente estava sendo enganado.

— Que garotinha?

Lydia imediatamente paralisou. Alex percebeu sua reação, mas preferiu focar-se em Judit para ter certeza que ela realmente não sabia sobre o terceiro bebê.

— Que garotinha? — Judit olhou para trás para encarar Lydia.

Agora ele tinha certeza. Judit não fazia ideia sobre o terceiro, e quem precisava dar explicações era a mulher que indicou Ivy a trabalhar na mansão.

— Por que você não contou a ela que Ivy estava grávida de trigêmeos, Lydia?

Mais segredos estavam prestes a vir a tona.

 

Completamente despreocupado, Jensen caminhava pelas calçadas olhadas de Nova York a procura de qualquer loja de roupas onde pudesse comprar um paletó. Aparecer mal vestido em uma festa tão elegante era um verdadeiro sacrilégio. Principalmente quando planejava interagir com os sócios do pai como havia prometido.

Ele não sabia, mas desde que descera no elevador e colocara os pés para fora do prédio, Justin o seguia discretamente usando o Porsche prateado de sua tia. E quanto mais observava o objeto de seu desejo, mais a distância estabelecida entre ambos se tornava insuficiente.

— Hey, Jensen. — Ele chamou, tentando mover o carro na mesma velocidade em que Jensen caminhava.

— Justin? — Jensen estranhou. Olhou para os lados, e logo em seguida, de volta para o carro. — O que você está fazendo aqui?

— Precisamos conversar. Entra no carro.

— Não há mais nada para conversamos, Justin. — Ele voltou a caminhar. Ignorar o ex namorado era sempre a escolha mais sábia a se fazer.

— Aonde você vai? Eu poderia dar uma carona.

— Andar vai me fazer bem, obrigado.

— Qual é, Jensen? Namoramos por três anos. Não me trate como um completo estranho.

— Você é inacreditável! — Jensen parou. — Eu sei que você ameaçou Alex. Não posso ser amigo de alguém que faz uma coisa dessas.

— Não diga que você...

— Apenas me deixe em paz! — Jensen gritou, chamando a atenção das poucas pessoas que passavam na rua. Por isso, ele precisou hesitar. — Eu conversei com você, eu te dei uma chance, eu agradeci por tudo o que você fez, mas não posso continuar fingindo que você não é a pessoa que sempre foi.

— Quem eu sempre fui?

— Justin, você... — Jensen hesitou. Não queria dizer a verdade daquela maneira, mas se não dissesse, ela continuaria entalada. — O que você fez com Nate...

— Você não é inocente nessa história.

— E eu nunca vou me perdoar por isso. Não preciso de alguém que aplauda meus erros e me incentive a ser quem eu nunca deveria ter sido. Me desculpe.

Justin assentiu, com os olhos cheios de lágrimas. Apesar de entender a gravidade dos atos que cometeu, sentia vontade de enlouquecer cada vez que Jensen dava um passo na direção contrária. Era injusto, e tão injusto que precisou se segurar para não extravasar sua raiva através de gritos. Afinal, se era de Alex que Jensen gostava, Justin precisava agir como um. Talvez assim conseguisse ultrapassar a barreira que antes custou a dignidade de Nate.

Porém, quando o assistiu ir embora e tudo transformou-se- em câmera lenta, suas próprias vontades começaram a consumi-lo. Justin apertou o volante, fechou os olhos e deixou o corpo liberar toda essa energia não tão desconhecida. Ninguém poderia rejeitar Justin Priestly. Ninguém poderia deixa-lo falando sozinho. Ninguém poderia simplesmente fingir que ele não existe. Porque se fizesse, pagaria um alto preço, mesmo sendo o amor da sua vida.

Justin pisou no acelerador, passando o carro estacionado e diretamente subindo a calçada. Jensen mal teve tempo de entender o que estava prestes a acontecer. Quando virou para trás, Justin o atropelou, fazendo seu corpo cair em meio ao tráfego. E sem perceber para onde estava indo, Justin acabou atravessando a vidraça de uma loja com objetos esportivos.

Por sorte, ninguém havia se ferido. Ninguém além de Jensen sendo socorrido no meio da avenida. Ninguém de além de Justin, sangrando desmaiado em cima do volante.


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2x01: Shut Up and Do Me (2014)
 
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E não percam  semana que vem, dia 7 de Dezembro, o especial The Double Me, contando cinco coisas que você precisa saber sobre a Segunda Temporada!
Comentário(s)
4 Comentário(s)

4 comentários:

  1. passei toda a estória achando que ia rolar incesto

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  2. olha, primeiro tenho q tirar o chapéu para vc João. vc criou personagens riquissimos em complexidade partindo conscientemente de alegorias de series como revenge, gossip girl, pll, the lying game, enfim...criou uma história com identidade propria e nao apenas fazendo homenagens a series q vc curte...criou um poderoso enredo e a season 2 deve estar ainda melhor. Parabéns.

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  3. e sinceramente, eu li os primeiros capitulos com uma sensação de deja-vu, que vc tava copiando cenas de varias series, mas rapidamente enxerguei um universo proprio e original na série/livro. Entendi as referencias como homenagens e curti o passeio.

    Foram memoraveis as menções a Lea Michelle e Tyler Posey. E lembrei de quando Blair foi jogada no bolo por Serena na season 3 de Gossip Girl, não sei se essa foi a sua intenção, mas lembrei da cena. Parabéns!

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    1. Honestamente, eu não saberia escrever uma fanfic que copiasse enredos de várias séries e filmes que eu adoro. Acredito que você teve essa impressão porque no começo The Double Me apresentou uma história recheada de clichês, pois eu precisava desta base para criar minha própria obra. Acho que não demorei muito para mostrar minha própria identidade, e aprecio bastante o universo que criei.

      Seus comentários são ótimos, John. Obrigado por ter dado uma chance a TDM =D

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