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[Crítica] Pesadelos do Passado


Direção: Nicholas McCarthy
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 89 minutos
Título original: The Pact

Crítica:

Você está sozinho na sua casa?

Vocês sabiam que dá para sentir o cheiro do clichê? Este filme, por exemplo, está impregnado com ele. Tudo nele aponta para uma produção ordinária, que nada se destaca dos demais. Tudo começa pelo título (estou falando original desta vez, apesar do nacional também ser sofrido). Vocês têm ideia de quantos filmes têm este mesmo nome? DIVERSOS. E eu até agora não entendi porque deram este título para esta história, porque não faz o menor sentido. Em momento nenhum é passada alguma ideia sobre um "pacto", que pode ser entre duas pessoas, como uma espécie de acordo, mas eu preferia que fosse no sentido demoníaco da palavra. Mas, para a surpresa geral, não há nada que o justifique. Nada.

A história gira em torno de Annie, uma garota rebelde que é forçada a aparecer na casa que cresceu para descobrir sobre o paradeiro de sua irmã, que sumiu misteriosamente. Aos poucos, vamos descobrindo que Annie fora muito maltratada por sua mãe, que acaba de morrer, mas demonstra ainda guardas as terríveis memórias. Não demora muito para ela perceber que há algo maligno em sua casa e que precisa entender o que está acontecendo se quiser encontrar sua irmã. Com a ajuda de uma psíquica, vem a confirmação que a sua casa é assombrada por espíritos inquietos e descobrir o que eles querem pode ser a única chance que ela tem para sobreviver.

Não há absolutamente nada de novo nesta história. Quando você lê sobre fantasmas em uma casa com um título "O Pacto", você logo pensa que o próprio demônio está matando e prendendo as almas de suas vítimas, mandando-as em uma viagem sem volta direto para o inferno. Seria muito divertido, mas não tem nada a ver com isso, muito pelo contrário. Aqui, nós voltamos a acompanhar uma história fraca sobre fantasmas que só querem passar uma mensagem sobre um perigo maior. Pelo amor de Deus! Será que os mortos são burros ou só gostam de enigmas? Se há tanta necessidade para avisar a protagonista, porque não escrever nas paredes o problema ou em espelhos? É muito mais eficiente do que jogar a menina pelos cômodos e móveis.

Quando vi o trailer, eu sabia que não havia salvação, mas insisti assim mesmo em ver. Mas foi muito pior do que eu pensava, porque pelo menos no trailer, parecia que os espíritos estavam realmente furiosos, mas quando eles começam a fazer papel de "mensageiros do além", simplesmente me irritam. Enfim, depois que algumas informações são liberadas e mais mortes acontecem, não tem como se surpreender com a reviravolta final. Foi muito mal editado, definitivamente. Quando certo personagem morre, nós já sabemos exatamente o que está acontecendo, mas o diretor ainda insiste em nos revelar o mais detalhadamente possível. Seria muito mais interessante se a protagonista descobrisse em paralelo com a morte do tal personagem, o que causaria um certo choque.

Mesmo assim, a ideia final não é original e não foi bem trabalhada. Quando pensei que as coisas iriam melhorar, ainda consegui me desapontar. Não tivemos muita correria ou perseguição, aconteceu tudo muito rápido. Eu não sei se eu tenho a mente muito doentia ou esse povo que é sem criatividade, mas quando a reviravolta aconteceu, eu pensei em vários rituais, com a protagonista tendo que se juntar em um círculo com os cadáveres em sua volta. Bem, certamente poderia ter seguido por caminhos melhores e menos óbvios. Poderiam até ter justificado o título no terceiro ato, com algum ritual inesperado. Mas nada acontece. E a última cena é de dar vergonha ao espectador, não sei se tentou dar ou susto ou puxar uma sequência, mas o resultado foi medíocre.

Não é o pior filme do mundo, temos alguns momentos legais, mas certamente não é dos que eu escolheria para assistir novamente. Se não estiver fazendo nada e estiver passando por um tédio infernal, não irá te matar dar uma conferida, porque este filme se mantém exatamente na média, o que não é bom... nem ruim. E caso vocês detestem, podem ficar tranquilos, porque vocês não irão mantê-lo muito tempo na cabeça. Assisti a alguns dias e já não lembro de algumas coisas. Semana que vem, eu definitivamente não lembrarei nem do título. Pelo menos a crítica ficará aqui para a posterioridade. Enfim, a escolha está totalmente com vocês. PS. O que a Agnes Bruckner (Teoria Mortal) e o Casper Van Dien (Tropas Estelares) estão fazendo nesse filme? Carreira no buraco em 5..4...3...


Trailer Legendado:

Comentário(s)
6 Comentário(s)

6 comentários:

  1. vanessa vasconcelos reznor12 de outubro de 2012 às 22:20

    mais uma vez,obrigada por avisar,passarei longe.

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  2. Critica sofrive....sera q vimos o msm filme? uma das boas surpresas do ano! RECOMENDO e voltem p comentar se estou engando!

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  3. Isso não são criticas, são apenas opiniões do autor, pois critica tá longe disso.

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  4. O filme nao eh uma maravilha mas eh um bom filme, concordo que o titulo eh mesmo meio desconexo com a historia e o final sem necessidade, mas o filme eh bom justamente pq nao recai nos cliches q vc gostaria q ele tivesse, ha alguns cliches de certo mas nao eh preciso ter monstros matando gente ou perseguiçoes para ser um filme bom, ja chega eh de demonios se pindurando em paredes, e ainda ha uma cena proxima disso, e gritos exorbitantes.

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  5. Finalmente... Esse filme não tem nada de terror. É lento e mal escrito. O título nada tem com nada do que ocorre.
    Em relaçao ao que acontece no closet onde as meninas ficavam de castigo.... Tenho minhas suspeitas quanto ao que quiseram deixar no ar. Assim como quem era o pai das personagens.
    Tenho quase certeza que grande parte dessas falhas são de ediçao.

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