[Livro] A Punhalada 2 - Capítulo 9: Morrendo Por Você
Kyle olhou para seu
celular encima do balcão, Craig estava ligando, ele podia ver sua foto piscando
no visor. Mas, o irmão era a ultima pessoa que ele queria encontrar, estava
tentando fugir de tudo o que lembrasse seu amor não correspondido e tudo o que
estava acontecendo com Amanda. Parece que a melhor maneira de fazer isso é dar
encima da garçonete loira que o estava atendendo, seria uma ótima oportunidade
pra sair da rotina e esquecer por um tempo o que não deveria lembrar.
Ele olhou pro lado, a
outra garçonete estava atendendo um casal apaixonado que estava sentado no
balcão ao lado dele. Estava sorrindo pra ele há vários minutos, mas ele nunca
gostou das fáceis, adorava um desafio.
- Posso te trazer mais
alguma coisa? – Perguntou a garçonete loira. Ele leu seu nome no uniforme, ela
se chamava Carly.
- Sim, Carly. Estava
pensando no seu numero de telefone.
- Claro que estava – Ela
cerrou os olhos, demonstrando desconfiança, achava que ele era do tipo que não
ligava no dia seguinte.
- Ok, você tem razão... –
Kyle abaixou a cabeça e sorriu – Estava pensando em qual restaurante te levaria
se você aceitasse meu convite e qual filme você iria querer ver quando fossemos
ao cinema.
- Não vou cair nessa –
Carly pegou o guardanapo e começou a limpar o balcão – Você não é o primeiro
que acha que vou ceder porque pensa que a cantada foi inteligente.
- É casada?
- Não, solteira.
- Imaginei, você é
autossuficiente demais pra ser forte apenas ao lado de algum homem, sinto isso
em você.
- Sério? – Ela sorriu,
debochando, então seu cliente era do tipo insistente – O que eu tenho que dizer
pra você desistir?
- Que você é homem,
basicamente. Sinta-se a vontade pra recusar o meu convite da forma mais cruel
possível, eu ainda quero levar essa garçonete nervosinha pra jantar comigo
mesmo que isso custe minha dignidade.
- Você não tem dignidade.
- Por que você acha que
ela está em jogo? – Kyle deu um meio sorriso, Carly acabou sorrindo do mesmo
jeito.
Ela não acreditava
naquilo, recebia cantadas todos os dias, mas aquele garoto parecia ser
diferente o suficiente pra ela querer que o papo continuasse. Ela sabia que
todo aquele charme poderia lhe custar caro, mas era um risco que estava sendo
obrigada a correr.
- Eu saio às onze – Ela
disse.
- Perfeito – Kyle se
levantou – As onze estarei aqui.
- Chegue um minuto
atrasado e eu não olho mais na sua cara.
- Se eu chegar dois
minutos adiantado, você me beija?
- Até mais, cliente
desconhecido – Carly virou, sorrindo.
- É Kyle – Ele começou a
andar pra trás, não queria parar de olhá-la.
Ele deu meia volta e saiu
pela porta, no momento exato em que Chelsea estava entrando. Eles deram de
encontro, a garota parecia estar com pressa. Kyle se desculpou, mesmo Chelsea
não tenha se importado com aquilo.
Ela passou pelas mesas da
lanchonete e tirou seu casaco atrás do balcão. Quando deu de cara com Carly,
logo preparou uma expressão desconcertada no rosto.
- Eu sinto muito – Ela
disse – Meu padrasto viajou, tive que segurar as pontas sozinha em casa.
- Sei... – Carly cruzou os
braços e olhou pra ela com desprezo, não acreditava em nada do que estava
dizendo.
- Eu juro que não vou mais
me atrasar, essa foi a ultima vez.
- Você sabe quantas
garotas tive que dispensar pra colocar você nessa lanchonete? Elas tinham até
experiência. E você, parece que não dá valor ao trabalho.
- Mas eu dou, eu juro –
Suplicou a garota, estava temendo ser demitida – Só me dê mais uma chance, eu
prometo que vou melhorar. Faço hora extra de graça, qualquer coisa.
- Ponha seu uniforme –
Carly balançou a cabeça, não queria mais ouvir aquela ladainha.
- Obrigada – Chelsea
correu pro banheiro.
Lá dentro, abriu sua bolsa
e tirou seu uniforme de lá. Em menos de um minuto conseguiu vesti-lo. Se olhou
no espelho, viu que seus lábios estavam feridos e era ridículo, quem consegue
bater o joelho no próprio rosto?
Depois que passou batom
para disfarçar o machucado, saiu do banheiro, esquecendo sua bolsa. Caminhou
até o balcão e se preparou pra atender, mais uma noite difícil iria começar no
Kroks.
Ela olhou em volta, um
grupo de três garotos tinha acabado de chegar. Eles sentaram onde Kyle estava e
ficaram conversando, Chelsea não conseguia ouvir o que estavam falando, e
acabou considerando isso como uma vantagem.
- O que posso trazer por
vocês? – Ela perguntou, já com papel e caneta nas mãos.
- Você está no menu? –
Disse o garoto de boné. Os outros dois riram e bateram as mãos enquanto Chelsea
revirava os olhos.
- Carly – Chelsea gritou –
Machistas idiotas estão aqui.
- Uh, meus favoritos –
Carly andou até ela – Atenda aquele rapaz – Ela parou na frente dos garotos,
com um olhar cínico – Então, qual de vocês pediu a salsicha pra ver como é ter
uma grande?
Os garotos se olharam,
constrangidos. Chelsea deu uma risadinha, adorava o jeito que Carly colocava
ordem naquilo, ela era a mulher que Chelsea queria ser daqui a cinco anos.
- Hey, o que posso trazer
pra vo... – As palavras sumiram de sua cabeça quando percebeu quem teria que
atender.
- Hey, lembra de mim? –
Aaron sorriu – Você fugiu de mim hoje de manhã no enterro de Miley Potter e
Trent Bellfleur. E eu nem imagino por que...
Chelsea abaixou a cabeça,
sem graça, aquela er a ultima coisa que estava esperando. E aquele era seu
local de trabalho, não podia lidar com aquilo na frente daquelas pessoas.
- Aqui não – Ela disse, a
voz firme.
- Onde então?
- Eu saio as onze –
Sussurrou ela.
- É uma pena que até lá
vou estar dormindo. Então, por que não me diz agora o que você está escondendo
antes que o delegado Estwood, meu pai, se interesse pelo que você tem a dizer?
Eu sei, eu não presto, prerrogativa de celebridade fútil.
- Vem comigo até os fundos
– Chelsea fez um sinal com a cabeça para Aaron segui-la.
Ele olhou o ambiente, só
pra ter certeza de que ninguém iria segui-los. Passou pela mesma porta que
Chelsea e andou até uma porta vermelha de ferro, ela estava aberta. Chelsea já
estava do lado de fora, tirando um maço de cigarros do bolso do avental.
Aaron chegou perto, mas
não disse nada. Esperou ela acender seu cigarro e dar a primeira tragada.
- Quantos anos você tem?
- O que foi? Vai me dar
lição de moral por fumar? Não se preocupe, meu padrasto faz isso todos os dias,
talvez queira que eu seja alcoólatra igual a ele – Chelsea deu mais uma
tragada, soprou a fumaça com desprezo.
- Então... O que você tem
a me dizer?
- Eu já contei tudo a
policia.
- Então por que você fugiu
de mim hoje de manhã no cemitério?
- Você não entende... –
Ela se afastou.
- Entender o que? Você viu
alguma coisa?
- Não... Mas ele acha que eu vi.
- Ele quem?
- Eu fico... Eu fico
recebendo essas ligações... – Chelsea fitou o nada, parecia estar afetada, o
cigarro entre os dedos só deixava suas palavras mais dramáticas – Desse cara...
E ele diz que vai me matar como fez com Ashley... Que vai me cortar e mostrar pro
mundo inteiro...
- O que isso tem haver
comigo?
- Não é só com você... Não
posso ficar perto de você e Amanda, não posso...
- O que você sabe? – Aaron
esperou uma resposta, mas a garota não parecia não estar disposta àquilo.
Então, ser rude poderia funcionar – Chelsea, o que você sabe? – Aaron a segurou
pelos ombros e sacudiu – Me diz! O que você sabe?
- Eu não sei! – Ela gritou
– Eu vi o carro!
Aaron a soltou, ela quase
caiu no chão. Estava tão nervosa que tinha começado a chorar sem ter percebido.
Aaron arregalou os olhos e ficou pensando no que ela tinha dito. Então, ela
tinha mesmo visto alguma coisa?
- Você viu o carro? Quem
estava dentro?
- Eu não sei! – Ela
gritou, numa voz de choro – Não sei quem estava lá, só vi o carro! Quando saí
da casa da Ashley eu vi um carro preto lá perto, nunca tinha visto antes, ele
não era da vizinhança – Chelsea parou por um momento, estava lembrando da cena
que viu, o carro preto estacionando em frente a casa ao lado.
- Você viu a placa?
- Não, mas era um Honda
civic preto...
- E como você sabe que era
do assassino?
- Ele disse que eu sei
demais... – Chelsea enxugou as lágrimas – E essa foi a única coisa que eu vi.
--
- Você tem certeza que não
lembra de mais nada? – Perguntou o delegado Estwood a Amanda.
- Eu já disse tudo - Ela
suspirou e olhou pra mesa marrom a sua frente.
Se tivesse um relógio,
iria olhar pra ele só pra saber quantos séculos havia passado ali dentro. Mas
era necessário, qualquer detalhe poderia ajudar a pegar o assassino e tirar o
nome de seu filho da lista.
- Vamos analisar as fotos,
não se preocupe, nem mesmo o mais esperto dos assassinos poderia fugir das
impressões digitais.
- E se ele queria que eu
visse? – Amanda esperou alguns segundos antes de voltar a falar. Olhou pro
delegado, ele parecia interessado no que ela tinha a dizer – Quer dizer, ele
sabia que eu estava ali, sabia que eu poderia encontrar aquelas coisas, mas
preferiu deixar um recado no meu carro.
- O que você quer dizer?
- Ele poderia ter me
impedido, poderia ter me atacado ali mesmo. Eu estava vulnerável, se quisesse
me matar, seria o momento perfeito.
- Talvez ele queira
guardar você pro final – Disse o policial Bill, estava no canto da sala, de
braços cruzados.
Amanda e o Delegado
olharam pra ele, por alguma razão, ele parecia sempre estar certo.
- Você sabe, esses
psicopatas pensam que isso é um filme de terror – Continuou ele – Não ficaria
surpreso se eles quisessem deixar a mocinha pro final.
- Eu não sou a porra de
uma mocinha – Cuspiu Amanda, tinha se sentido ofendida.
- Diga isso pra quem está
matando todas essas pessoas. Pra eles você é.
- Já chega, oficial Bark –
Disse o Delegado.
- Tudo bem, já vou indo –
Bill saiu de perto da parede e deu alguns passos, segurando a arma na sua
cintura – Todos já foram embora, apenas nós estamos aqui.
- Que horas são? –
Perguntou Amanda – Eu tenho um filho, preciso voltar.
- Eu liguei pro seu noivo,
ele está chegando, você pode sair. –O delegado virou para Bill – O senhor está
dispensado, oficial Bark.
- Obrigado, senhor – Bill
se retirou.
Amanda suspirou, mas dessa
vez, de satisfação. Em poucos minutos sairia dali e estaria em casa, perto das
pessoas que mais ama, perto de seu pequeno Matty e seu noivo Craig, para enfim,
tentar dormir um pouco. Isso se ela conseguisse, pois o medo de ter pesadelos
com Brandon poderia lhe tirar o sono.
Acompanhada pelo delegado,
ela saiu da sala. Viu que Gabriel ainda estava no corredor esperando, como
dissera que iria fazer. Gabriel roia as unhas de ansiedade, queria saber porque
prenderam Amanda por todas aquelas horas dentro de uma sala.
Quando notou ela andando
em sua direção, ele levantou. Amanda olhou pra ele surpresa, não esperava que
ainda estivesse ali, se todos já tinham ido embora, inclusive os policiais.
- Gabriel? Você esperou
por mim?
- É claro – A voz de
Gabriel soava preocupada – Você já pode sair?
- Sim, mas vou esperar por
Craig, ele vem me buscar. Então você pode ir tranquilo.
- Você tem certeza?
- Sim – Amanda colocou as
mãos no bolso e assentiu – Eu falo com você amanhã no campus.
- Tem certeza que não quer
carona pra casa?
- Sim, ela tem – Disse
Kyle, lá atrás.
Kyle estava com sua velha
jaqueta de couro e um olhar intimidador. Não estava gostando nada de ter alguém
dando encima do amor da sua vida.
- Onde está Craig? –
Perguntou Amanda.
- Ocupado, vim pegar você.
Vamos?
- Ok – Amanda olhou para
Gabriel – Obrigada por me esperar – Amanda o abraçou, deixando o garoto cara a
cara com a expressão de macho alfa de Kyle.
- Te vejo amanhã – Ele
disse.
Amanda caminhou na direção
da porta. Kyle ficou olhando para Gabriel por um tempo até perceber que
precisava ir embora. Entrou no carro junto de Amanda e deu a partida, sem dizer
uma só palavra.
Amanda ficou olhando pra
ele, parecia irritado, afinal, ele nunca perdia uma oportunidade deles a sós
pra falar alguma besteira ou tentar alguma coisa. O pior era que ela estava com
saudade de toda aquela insistência, todos aqueles olhares, estava com saudade
daquele sorriso perfeito que ele dava sempre que ela fazia cara de sonsa. Ele
estava diferente, por algum motivo.
Os dois passaram a viagem
inteira calados, Amanda até tentou falar alguma coisa, mas Kyle fez questão de
ser o mais monossilábico possível. E quando chegaram em casa, ele saiu do carro
primeiro, praticamente pulou e correu até a entrada. Ela ficou lá, parada, sem
entender nada. Ou até mesmo, sem entender a si mesma.
Fechou a porta do carro
devagar e entrou na casa. Só de olhar para aquele hall ela lembrava de quando
foi atacada e pensou que seu filho tinha morrido. Ainda estava com uma atadura
na mão, ainda doía, e ainda sentia medo, seria difícil esquecer uma coisa
dessas sentindo tanta coisa.
Ela subiu as escadas e
caminhou até o quarto de Kyle, ele tinha deixado a porta aberta. Estava deitado
em sua cama, selecionando algumas musicas no celular pra ficar escutando.
- Posso entrar? –
Perguntou ela, após dar duas batidas na porta.
Kyle olhou pra ela,
intrigado. Amanda nunca ia à seu quarto, principalmente depois do que aconteceu
entre eles dois. Tinha tanto medo de ficar desconcertada na frente dele, que
evitava o quanto podia.
- Pode.
- Onde Craig está?
- Foi comprar algumas
coisas pro Matty – Kyle voltou a atenção para seu celular, estava apenas
fingindo que suas musicas eram mais importantes que falar com Amanda.
- E a Senhora Fuller?
- Saiu com Matty e a babá,
pensei que você soubesse.
- Bom, eu não sabia.
- Que tipo de mãe não sabe
onde seu filho está? – Ele hesitou por um segundo - Quer saber? Esquece –
Depois de falar, colocou seus fones de ouvido.
- Eu sei o que você está
tentando fazer, me dar o gelo pra ver se eu corro atrás, não vai funcionar.
- Não me diga... – Kyle
deu um sorrisinho irônico.
Eles não sabiam, mas Craig
estava andando pelo corredor, chegando próximo o suficiente para ouvir o que
estavam falando. Estava com uma sacola de compras na mão e um sorriso nos
lábios, queria só ver a cara de Amanda quando visse o que ele tinha comprado.
Ele parou quando ouviu a voz de Amanda, não sabia o que ela podia estar
conversando com seu irmão se eles se odiavam.
- Kyle, a gente não pode
ficar junto, eu já expliquei porque – Amanda se aproximou dele – Aquilo foi um
erro, nunca deveria ter acontecido.
- Amanda, eu sou o erro,
eu sou a ovelha negra da família, lembra? Então não se preocupe, seu segredo
está guardado comigo.
- Isso não é justo...
- Sabe o que não é justo?
– Kyle levantou – Você me olhar o tempo todo, você pensar em mim, você olhar
nos meus olhos e dizer que não sente nada quando eu sei que você sente. Isso é
injusto, Amanda. Não comigo, não com Craig, mas também, com você mesma.
- Vocês dormiram juntos? –
Perguntou Craig, da porta, estava com uma expressão de choque.
As expressões de Amanda e
Kyle mudaram completamente. Eles também pareciam em choque, nem acreditavam que
Craig estava ali, diante deles, querendo uma resposta. E se Kyle bem conhece
seu irmão, sabe como ele vai reagir. Era melhor tirá-lo dali, fazê-lo se
acalmar e depois conversar numa boa, antes que aquilo custasse o futuro de
Amanda naquela casa.
- Craig, não é assim, você
precisa ficar calmo... – Kyle se aproximou, Craig olhava pra ele com nojo.
- Isso é verdade, Amanda?
– Craig olhou pra ela – É verdade que vocês dormiram juntos?
- Foi tudo minha culpa,
Craig, eu que insisti, ela estava bebendo, não sabia o que estava fazendo.
Craig não ligou pras
palavras do irmão, ele estava fitando a expressão de vítima de Amanda, também
com nojo. Não podia acreditar que a garota por quem ele fez tudo estava
dormindo com seu irmão. Era uma traição sem perdão que ela não tinha como
negar, seu olhar dizia muito. Ele não dizia apenas que ela tinha dormido com
Kyle, também dizia que ela sentia alguma coisa por ele e por isso eles ficaram
juntos.
- Eu não acredito em
você...
- Craig...
- Eu não acredito em você!
– Craig gritou e atirou sua sacola de compras na parede.
Amanda tremeu com o susto,
Kyle apenas fechou os olhos, era realmente o fim.
- Como você pôde fazer
isso comigo, Amanda? Depois de tudo o que eu fiz você transa com o primeiro que
aparece!
- Para! – Pediu ela, já
tinha começado a chorar.
- Ah, você quer que eu
pare? – Ele riu, parecia um psicopata histérico – O que mais você quer, já que
transar com meu irmão não foi o suficiente?
- Craig, já chega! – Pediu
Kyle, estava se sentindo obrigado a bater no irmão só pra ele parar de fazer
escândalo.
Craig olhou pra ele, ainda
com o sorriso irônico que não fazia jus as lágrimas presas nos olhos. Estava
indignado com a situação, pois de algum jeito, Amanda e Kyle pareciam não ser
os vilões.
- Querem saber? Vocês se
merecem. Eu vou embora daqui – Craig saiu bufando pela porta, Amanda correu
atrás dele, implorando para ele ouvi-la.
Só no que ela conseguia
pensar era em como sua vida iria ficar. Sem Craig, ela não tinha mais nada. Ele
era o único que a aceitava, o único que poderia amar Matty como se fosse seu
filho, ele era a única esperança dela finalmente colocar seu sofrimento no
passado e começar uma vida nova, e tudo foi estragado porque ela se apaixonou
por seu irmão. Estava achando que merecia tudo o que lhe aconteceu por ser uma
pessoa tão ruim.
Kyle correu atrás deles, estava
com medo que Amanda sofresse mais do que já havia sofrido, não era justo.
Estava pensando em assumir toda a culpa, até mesmo, dizer que a drogou para que
pudesse se aproveitar dela. Só assim as coisas voltariam ao normal. Ele era
ovelha negra da família, e não tinha nada a perder. Amanda, porém, tinha muito.
- Craig, espera! – Gritou
Amanda, já no andar de baixo.
Craig parou, estava em
frente a porta, contando de um até dez pra não fazer uma besteira, sabia que
não podia fazer nada mesmo que estivesse magoado demais.
- Por favor, apenas me
escuta! – Amanda fungou, tentou prender o choro pra conseguir falar – Por
favor, eu preciso de você...
- Você precisa de mim... –
Craig deu um ar de risos.
Kyle desceu as escadas e
ficou ao lado de Amanda, olhando pro irmão. Percebeu quando ele se virou, seus
olhos estavam vermelhos, era a força que estava fazendo pras lágrimas não
caírem.
- Você não precisa de mim,
Amanda, você quer se aproveitar do que eu sinto pra fazer sua história mudar,
pra poder ter um futuro depois que tudo aquilo aconteceu. E quer saber? Agora
eu entendo porque você passou o que passou, você faz qualquer ser humano ter
nojo de olhar pra você – Craig abriu a porta pra sair de casa, mas parou.
Então, tudo aconteceu muito
rápido. Ghostface cortou a garganta de Craig num movimento rápido, da esquerda
pra direita. O garoto colocou a mão pro sangue parar de jorrar, mas era tarde
demais. Ele caiu pro lado, tentando falar alguma coisa, estava dando seus
últimos suspiros enquanto Amanda gritava e chorava por sua causa.
- Não! – Ela gritou.
O assassino a atacou, Kyle
teve que defendê-la ou então a faca iria acertar seu rosto. Ele deu um soco no
assassino e depois pegou um vaso da mesinha ao lado para jogar nele. Antes que
pudesse acertá-lo, o assassino avançou, fazendo-os cair no chão.
Amanda se afastou,
conseguiu se levantar com a ajuda da parede. Correu até a sala pra pegar alguma
coisa e se defender.
O assassino, encima de
Kyle, tentou esfaqueá-lo no peito, mas o garoto segurou sua mão. Eles ficaram
medindo forças até Amanda acertar o telefone na cabeça do assassino. Ele caiu
pro lado, mas teve forças o suficiente para cravar a faca na coxa de Kyle antes
que ele levantasse.
- Merda! – Ele gritou.
Amanda o puxou pra sala
quando a faca foi retirada. Ela o jogou no chão e correu até onde o senhor
Fuller guardava as armas. Quando virou pra porta, o assassino estava correndo
em sua direção. Ela apontou a arma e disparou no peito dele. As balas acabaram
e mesmo assim ainda estava puxando o gatilho.
Ghostface caiu no chão,
sua faca foi parar perto de onde Craig estava morto. Amanda aproveitou para
ajudar Kyle, ele estava segurando a coxa desesperado porque não parava de
sangrar.
- Vem comigo – Ela colocou
seu braço em volta do ombro e o levantou.
Olhou pro local onde vira
o ghostface jogado, ele não estava mais lá. Mas como, se ela tinha acabado de
esvaziar uma arma em seu peito?
- O que foi? – Perguntou
Kyle.
- Ele não está mais ali,
ele estava ali...
Como se fosse um milagre,
eles ouviram as sirenes dos carros de polícia. Olharam pela janela de vidro da
sala, os carros estavam parando no jardim da casa.
- Você chamou a policia? –
Perguntou Kyle.
- Não... Vamos – Ela andou
com ele pendurado até a porta.
Dois policiais entraram na
casa e apontaram as armas pra eles pensando que poderiam ser criminosos. Eles
pararam de andar e ficaram olhando, um dos policiais correu pra avisar a alguém
que tinha gente morta dentro da casa. O outro policial correu até Kyle e
Amanda.
- Delegado, tem um cadáver
dentro da casa! – Gritou um policial.
- O que? É Amanda? – O
delegado correu até a porta.
- Não senhor, é um homem.
Deve ter uns 20 anos, está na porta da casa.
O delegado entrou na casa
e viu um policial colocando Amanda e Kyle no chão. Ele foi até lá, comovido
pelo olhar de Amanda. Ele conhecia aquele olhar, já tinha visto muitas vezes na
mesma garota e era cruel demais vê-lo novamente. Ela já tinha passado por tanta
coisa que parecia estar se perguntando porque merecia tudo aquilo.
- Amanda, você está bem?
- Ele matou Craig...
O delegado olhou pra trás,
viu Craig no chão, estava com os olhos abertos.
- Vai ficar tudo bem, eu
prometo, vamos pegar esse desgraçado...
- Como você sabia?
- Recebemos uma ligação de
um vizinho dizendo que alguém estava rodeando a casa, quando percebi que era a
sua vim o mais rápido que pude.
- Obrigada... – Amanda
limpou suas lágrimas e recostou sua cabeça na parede da escada, estava se
sentindo cansada.
Cansada daquela vida, não
queria mais ter que lutar pra sobreviver como estava fazendo, não queria mais
ver ninguém machucado por sua causa, só queria uma vida normal como a de
qualquer outra pessoa, mas parece que a morte vai sempre segui-la.
- Vamos chamar uma
ambulância para Kyle, vai ficar tudo bem, Amanda...
- Não vai... – Disse ela,
a voz sem vida, o olhar perdido – Eu sou o anjo da morte... Nunca vai ficar
tudo bem.
Em breve...
Aaron: Você precisa de alguma coisa?
Amanda: Preciso de um lugar pra ficar.
NESTA QUINTA
Delegado: O que estamos fazendo aqui?
Aaron: Este vídeo é uma mensagem.
A MORTE NUNCA SERÁ
Megan: Eu não estou preparada para esta sequência!
Aaron: Vai ficar tudo bem.
Amanda: Onde está a Megan?
TÃO BONITA
Delegado: O que está acontecendo?
Megan: Tem alguém tentando me matar!
VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA O MISS NEW BRITAIN?
Aaron: Não morra, você não pode fazer isso comigo!
Delegado: Eu vou chamar a ambulância.
Amanda: Preciso de um lugar pra ficar.
NESTA QUINTA
Delegado: O que estamos fazendo aqui?
Aaron: Este vídeo é uma mensagem.
A MORTE NUNCA SERÁ
Megan: Eu não estou preparada para esta sequência!
Aaron: Vai ficar tudo bem.
Amanda: Onde está a Megan?
TÃO BONITA
Delegado: O que está acontecendo?
Megan: Tem alguém tentando me matar!
VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA O MISS NEW BRITAIN?
Aaron: Não morra, você não pode fazer isso comigo!
Delegado: Eu vou chamar a ambulância.
A Punhalada 2, dia 17 de Maio
10 A Vítima Perfeita
muuuito bom, mas eu juro, se a megan morrer, não vou gostar nem um pouco, mata a amanda, personagem chata, típica vagabunda que sempre morre, tomara que ela morra, não a megan
ResponderExcluirNão mate a Megan,please...nem a Amanda eu adoro elas,amei o capitulo,o de semana passada foi bem fraco,mas esse esta demais,parabéns
ResponderExcluirÓtimo capitulo,pena que o Craig morreu,ele era um cara legal(a morte dele foi igual o da Lucy Hale no Pânico 4).Espero que a Megan não morra,adoro ela,queria que ganhasse o concurso de Miss New Britain.Eu estou preparada e vocês?
ResponderExcluirPS:Adoro esse estilo promo de séries :D
Ai sinceramente, não gostei da morte do Craig,pra mim ele tinha que ficar com a Amanda,e obviamente a Megan não morre,vai ser que nem a Gale em Panico 4.
ResponderExcluirPs: a Amanda pode ser a tipica vagabunda , mas não é burra e sabe se defender melhor do que outras heroinas
Georgie
ResponderExcluirDepois do seu comentário que fui ver que as mortes são realmente parecidas HSAUHSAUHSUSHUSHS' juro u.u
Não acho que a Amanda seja uma vagabunda,tipo no prmeiro a punhalada ela era sim uma garota futil,mas com o filho e todo o sofrimento que passou ela se tornou sim uma pessoa melhor,eu sempre tive uma queda pelas ''bitchs'' são os meus personagens preferidos
ResponderExcluirVai ter quantos capitulos essa historia? Vai ser 11 tbm como A Punhalada?
ResponderExcluirCarlos Eduardo
ResponderExcluirSão 13 Capítulos ao todo.
Coitado do Craig eu gostava do personagem
ResponderExcluirtomara que o Kyle morra odeio o personagem esse insuportável
Por favor a Megan não pede morrer eu adoro ela minha personagem favorita quer dizer nem um dos três pricipais pode morrer
continuo mega atrasado