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[Livro] A Punhalada 2 - Capítulo 3: Não é Uma Sequência

- Vadia Gamma batendo na porta – Disse Zoe, após duas batidas.

- Pode entrar – Disse Gabriel, sem animação.

Zoe abriu a porta do quarto dele, toda sorridente, ele estava deitado em sua cama com as duas mãos embaixo da cabeça, apenas fitando o teto branco de seu quarto enquanto a beleza de Amanda Rush dava voltas em sua cabeça.

Ela cruzou os braços e ficou olhando, ele costumava fazer aquela brincadeira de irmãos com mais animação.

- O que foi? Já cansou?

- Desde a sua segunda semana na Alfa Gamma... – Ele deu um leve suspiro.

- Ok senhor ranzinzo, quer me dizer no que ta pensando? – Ela sentou ao lado dele na cama e olhou em seus olhos, ainda pensativos – Se for em toda essa confusão do assassinato da Ashley, é melhor parar. Você viu os noticiários, foi um caso isolado.

- Não vi, mas... Não estava pensando nisso... Hey – Ele olhou pra ela – E a festa?

- Vou distribuir os convites hoje. Por quê? Você quer me ajudar?

- Não, só perguntando...

- Amanda vai estar lá... Sei que você gosta dela.

- Quando você fala em voz alta eu fico parecendo um ridículo...

- Claro que não. Imagine que isso aqui é um filme, certo? – Zoe tentou prender o riso antes de terminar de falar, Gabriel percebeu que estava prestes a ouvir mais uma pérola de sua irmã – Ela é a sobrevivente, isso faz dela a Sidney. E já que esta é uma sequencia e você persiste nesse amor platônico por ela, isso faz de você o Randy. Ele morre, mas é uma lenda, e não é nada vergonhoso ser ele.

- Podemos parar de falar sobre filmes de terror?

- Desculpa, só tava querendo te animar. Hey, sou sua irmã legal. E a não ser que você seja adotado e esteja disposto a me matar, estamos bem.

- Muito sutil – Gabriel levantou da cama. Pegou sua camisa ao lado e vestiu – Preciso de uma carona pra facul.

- Ai, não posso – Zoe se levantou – Preciso pegar os panfletos na gráfica. Você se incomoda de ir andando?

- Sim, eu me incomodo.

- Que bom que você entende! – Zoe sorriu, fingindo que não tinha ouvido nada – Vá com Deus, melhor irmão do mundo! Beijos – Ela mandou beijos com as mãos e fechou a porta.

Gabriel sorriu de um jeito sem graça e assentiu. Pegou sua mochila do chão e desceu as escadas. Passou pela cozinha, sua irmã estava inventando uma mentira para sua mãe pra poder dar a festa da Alfa Gamma.

Gabriel saiu de casa e começou a andar na direção do ponto de ônibus, não iria andando pra faculdade nem se lhe pagassem. E se tivesse que ir, seria melhor ter ficado em um dormitório como a maioria dos alunos faziam.

Quando chegou, percebeu que estava sozinho no local. Havia uma bolsa no banco, alguém tinha esquecido, mas ele não se meteria nisso. Olhou pra frente, nenhum ônibus estava vindo, ele só via um carro prateado vindo em alta velocidade, mas isso era um problema, porque bem a sua frente estava uma poça d’água.

Antes que ele pudesse evitar, o carro passou, deixando ele cheio de lama. Ele fechou os olhos, sabia que tinha engolido um pouco daquilo.

- Kappa Zeta, idiota! – Gritou Trent, de dentro do carro, mostrando o dedo do meio pela janela.

Miley, que estava ao lado dele, logo o repreendeu. Lhe deu um soco no ombro e lhe chamou de idiota. Quando olhou pra trás, viu Gabriel se limpando.

- Droga Trent, você não precisava ter feito isso.

- Claro que precisava, o cara é um idiota – Trent aumentou o volume do rock que estava tocando na rádio, deixando Miley desconfortável.

- Você quer abaixar isso?

- Não, é AC/DC, ta maluca?

- Idiota – Ela virou pro lado, tentando ignorar todo aquele barulho, pensando em onde estava com a cabeça quando se deixou gostar daquele garoto.

Mas Trent não era só o idiota que ouvia AC/DC e não ligava pra namorada, ele era o valentão dos Kappa, o garoto mais rico entre eles e achava que por isso podia fazer o que quisesse, com quem quisesse.

- Não custava ser mais gentil... – Disse Miley.

- O que você disse? – Ele não tinha ouvido por causa da musica.

- Nada – Ela ficou com a cara emburrada, olhando pelo vidro embaçado do carro. Tinha chovido ontem a noite.

Após alguns minutos, Trent estacionou o carro. Miley olhou pela janela, nem tinha percebido que já tinham chegado ao campus. Desceu do carro sem animação e seguiu o namorado, que foi direto falar com os amigos da Kappa.

Ela segurou na alça de sua mochila e suspirou, o mesmo dia parecia ter começado de novo.

- Hey Garota – Disse Chloe, tinha acabado de chegar. Ela segurava seus cadernos contra o corpo com as duas mãos como se estivesse com frio e seu cabelo loiro, geralmente amarrado num rabo de cavalo, estava solto.

- E aí?

- Nossa, que animação. Deixa eu adivinhar, você não conseguiu falar com o Trent de novo?

- Não... – Miley olhou pra ele, estava rindo como se alguém tivesse contado uma piada – Ele é meio egocêntrico...

- Mas bom de cama, eu sei, você já me falou – Chloe ficou na frente dela, fazendo-a parar de andar – Miley, uma hora ele vai ter que descobrir. E você deveria fazê-lo saber de tudo antes da sua barriga crescer e ele te chamar de gorda.

- Não me pressione, vou falar quando eu achar que devo. Ainda não é a hora...

- Podemos pelo menos escolher um nome pro bebê?

- Cala a boca! – Miley sorriu e bateu em Chloe com sua bolsa.

Elas continuaram andando, até entrarem no prédio. Passaram pelos ginásios e pelas piscinas, conversando sobre bastante coisa, até chegarem ao assunto que queriam conversar desde ontem. Elas viram Craig Fuller na quadra externa, com um short apertado e uma camiseta, ele estava jogando tênis.

- Olha lá, o marido perfeito – Disse Miley – Bem que eu queria um desses...

- Você falou com Amanda?

- Não – Miley se escorou na parede – Liguei duas vezes, mas ninguém atendeu. Acho que ela ta bem. Já disseram que o assassinato não tem nada haver com ela.

- É, mas fizeram uma bagunça e tanto por aqui ontem... Acho que sempre que alguém morrer vão ligar isso a Amanda.

- Falando nisso, cadê ela?

--

- O que ele quer de mim? – Perguntou Amanda, desnorteada, segurando a cabeça com as suas mãos.

Matty deu mais um grito histérico, como se alguém estivesse machucando-o. Não importava quantas brincadeiras Brooke inventasse, quantos gestos carinhosos ela fizesse, ou quantas vezes ela o balançasse, nada o fazia parar de chorar. E elas já tinham tentado de tudo. Ele não estava sujo, não queria banho, não queria mamar, estava praticamente chorando sem motivo.

- Eu não sei o que está acontecendo – Disse Brooke – Já tentei de tudo. Tem certeza que ele não quis mamar?

- Não, ele me mordeu e começou a chorar mais – A voz de Amanda era depressiva e sem vida, não sabia há quantas horas aquele garoto estava chorando.

- Calminha, bebê – Pediu Brooke, mais uma vez balançando-o – Você tem certeza que não esqueceu de nada?

- Eu tenho...

- E os remédios dele pra cólica? Você deu tudo certinho?

- Oh... – Amanda pensou. Olhou para Brooke com uma cara de culpada – Não fique com raiva...

- Amanda, deve ser isso então. Ele deve estar com dor. Vou preparar o remédio agora – Ela passou por Amanda, decepcionada.

Amanda, apesar de se sentir aliviada por aquele choro que começou quatro da manhã ter parado, estava se sentindo mal, porque era sua culpa. Ela estava achando que não tinha nascido pra ser mãe, até uma babá que ela encontrou nos classificados conseguia ser melhor que ela.

Quando lembrou que precisava estar no campus, olhou pro relógio, estava definitivamente atrasada.

- Merda! – Ela gritou – Brooke! Preciso ir! Estou atrasada!

- Ok, eu cuido dele por aqui! – Gritou Brooke de volta.

Amanda desceu as escadas correndo e pegou suas coisas que estavam encima do sofá da sala, mas ainda faltava algo. Ela olhou pra tudo, tentando se lembrar, todas aquelas horas de choro acabaram fazendo ela esquecer.

Quando olhou pra mesinha do centro, viu o trabalho que fez do senhor Lee. Ele estava molhado, amassado, parecia ter sido coisa de seu filho. E agora, como se não bastasse ter tido tanto trabalho, ela tinha que entregar vinte folhas todas amassadas e pedir pro Senhor Lee ignorar toda aquela baba.

- Ok, eu sou muito feliz – Ele disse pra si mesma, antes de pegar o trabalho e colocar na bolsa. Sempre fazia isso quando achava que iria explodir.

Saiu pela porta da frente e andou até a garagem, mas não tinha nenhum carro lá. Ela nem lembrava que nas quintas Craig saia cedo pro treino de tênis e os senhores Fuller iam visitar os amigos.

- Droga, Craig!

- Hey – Disse Kyle, atrás dela, assim que tirou o capacete da cabeça. Ele estava encima de uma moto, com uma jaqueta de couro e um sorriso malicioso no rosto – Seu noivo tem treino de tênis nas quintas, pensei que você soubesse.

- Merda... – Ela olhou pro horizonte, mas não viu nenhum táxi.

- Se quiser chegar logo na sua aula, é bom sentar logo aqui atrás.

- Não, obrigada – Amanda fingiu um sorriso – Eu vou andando – Ela segurou na alça da bolsa e começou a andar.

Kyle sorriu. Começou a acompanhá-la devagar em sua moto, sabia que ela estava fazendo de tudo para fingir que ele não estava ali.

- Qual é Amanda? É só uma carona, eu prometo.

- Já disse que não, agora me deixa em paz.

- Prometo que não conto pro Craig, prometo que não faço piadinhas, nem nada.

- Como se eu confiasse em você – Ela deu um ar de risos.

- É sério, só quero que você não chegue mais atrasada do que está – Ele parou a moto – Eu só quero ajudar, ser útil em alguma coisa.

Amanda parou e ficou olhando pra ele, parecia estar sendo sincero. Mas o problema não era esse. Ela sabia que Kyle era um bom garoto, mesmo tendo uma moto e sendo o macho alfa e grosso que sempre fora. Porque no final, ele só é um garoto assustado que se sentiu rejeitado pela família e acabou se tornando um bad boy.

O problema era que estar com ele fazia bem a ela, e ela não podia se dar a este luxo. Se aceitasse ir com ele e sentasse na garupa daquela moto , poderia acontecer uma tragédia. Ela sentiria seu cheiro - aquele mesmo que ele deixou dias atrás em suas roupas – e sentiria seu corpo arrepiar ao segurar em sua cintura. Mas ela conseguia resistir àquele olhar de cachorro pidão?

- Por favor, não tente nada – Ela pediu, ao se aproximar, logo um sorriso de felicidade brotou no rosto do garoto.

- Não vou, eu prometo – Ele estendeu o capacete vermelho pra ela.

- Obrigada – Ela prendeu um sorriso, não queria parecer feliz. Colocou o capacete quase ao mesmo tempo que ele e sentou na garupa da moto.

Quando segurou nele pela cintura, pensou em Craig, isso amenizaria as coisas.

- Se segura – Disse Kyle, antes de partir.

--

- Gabriel! – Gritou Chloe, acenando.

- O que você ta fazendo? – Repreendeu Miley, ao lado.

- Sendo gentil, você deveria tentar qualquer dia desses.

Gabriel olhou pra elas, estavam sentadas no chafariz do campus. Ao lado de Miley estava seu namorado Trent, deitado, com a mão na água. Já ao lado de Chloe, estavam Ellie e Erik, quase fazendo um par perfeito gótico. A garota estava de pernas cruzadas, sua roupa era provocante ao extremo, assim como seu piercing no umbigo e sua mecha roxa no cabelo.

Gabriel andou até eles e se sentou, logo foi recebido por Chloe com um sorriso.

- Chloe Field me chamou pra sentar com o grupo... Alguma coisa está errada.

- Será? – Chloe se apoiou com as duas mãos pra trás e de sua boca fez brotar um sorriso malicioso.

- Só pode ser.

- Eu gosto de você, Gabriel. Eu sinceramente gosto, só não gosto quando você persegue minha melhor amiga que definitivamente nunca vai olhar pra você, porque ela é quase casada. Então, desencana, senta aqui com a gente e seja normal.

- É cara, seja normal – Disse Trent, sentando-se – Quem sabe em outra vida você consegue ser um Kappa.

- Cala a boca Trent – Pediu Chloe. E quando ela pede, todos obedecem. Ninguém quer ser difamado numa rádio local numa cidade como aquela pela garota mais inteligente do campus – Desculpe por isso, e pelo banho de lama que ele deu em você. Miley me contou.

- Não tem problema – Gabriel tentou sorrir, mas não conseguiu, ainda não estava acreditando naquela atitude simpática de Chloe.

- Então, ouvi que sua irmã vai dar uma festa hoje a noite com a Alfa Gamma...

- Ah... – Gabriel percebeu o que estava acontecendo. Então era isso, a festa de sua irmã.

- Nem precisamos de convites, só queremos saber onde vai ser.

- Ué, ninguém te contou? Pensei que você fosse os olhos e os ouvidos desse lugar, não Chloe Field, a garota que está prestes a me implorar convites.

- Olha isso... – Sussurrou Ellie para Erik, Gabriel Pierce estava prestes a dar um chega pra lá em Chloe Field.

- Quem disse que vou implorar por convites? – Chloe tentou parecer forte.

- Se você não for implorar, você não vai tê-los.

- Eu falo com a Zoe e a Chris, Chloe – Disse Trent – Vou tentar convencê-las a deixar você ir.

- Não estou afim, prefiro ser penetra. – Ela sorriu para Gabriel – Me diz onde é a festa e eu falo pra Amanda sobre você...

- Ah, esquece... – Gabriel fitou o horizonte – Vou ajudar você, mas esquece esse lance de Amanda... Como você disse, não vai rolar...

- Vocês podem culpá-lo? Amanda Rush é o sonho de consumo de qualquer fã do terror – Disse Ellie, chamando a atenção de todos – Ela é a rainha da vida real, uma Jamie Lee Curtis ao vivo, a cores e cheia de curvas. Os fãs de Sexta-Feira 13 devem ter um altar só pra ela dentro do closet.

- Ela tem razão – Concordou Trent – A garota não é só uma das sobreviventes do massacre que marcou a nossa cidade como também é o pecado em pessoa.

- Obrigada pela parte que me toca – Disse Miley, enciumada.

- Você sabe que só tenho olhos pra você, meu amor.

- Dane-se.

- Agora uma pergunta de rotina... Quem matou Ashley Carson? – Chloe olhou pra todo mundo, ninguém parecia ter uma resposta – Pelo que eu sei, nenhum ladrão pode se dar ao luxo de pendurar uma vítima em ganchos na cozinha. Quer dizer, isso não é uma coisa que se vê muito por aí. ‘Hey me entrega sua bolsa e deixa eu fazer um cosplay do massacre da serra elétrica com seu corpo’. Não faz sentido.

- Você deveria dizer isso na rádio, aposto que não vai conseguir mais sair na rua de tanta vergonha – Disse Erik, lá atrás.

- Mas essa é a verdade. Se você fosse roubar uma casa, assassinaria brutalmente uma garota pra policia se preocupar mais com o crime? Claro que não, sequestros relâmpagos ainda funcionam.

- Acho que o que a Chloe insensível está tentando dizer é que não parece ter sido um simples roubo – Concluiu Ellie.

- Chloe, para com isso – Pediu Miley – Não estamos num filme de terror.

- Claro que não – Chloe sorriu – Porque se estivéssemos, você seria a próxima.

- Acho que seria você, Chloe – Disse Trent – Vadia e chata, morre no começo do segundo ato. Você é como a Sarah Michelle Gellar dessa nossa versão caipira de terror implementada por Brandon Rush e Sarah Richards.

- Claro que não, eu sou a melhor amiga, tenho uma morte sofrida no terceiro ato e por pouco não participo da batalha final.

- Talvez se você fosse negra – Disse Erik – Loiras nunca chegam tão longe. Vide Ashley Carson.

- Tanto faz... – Chloe cruzou as pernas e fitou o horizonte – Não morri antes dos créditos inicias, estou feliz por isso...

Quando se focou bastante na multidão, ela notou Amanda chegando de moto no campus. Ela conhecia aquele bad boy, era Kyle, seu cunhado, Amanda tinha falado dele algumas vezes, mas para Chloe, ele parecia ser bem melhor pessoalmente.

Ela viu Amanda entregando o capacete a ele e dizendo tchau. Logo seu sorriso malicioso veio a tona.

Amanda caminhou pelo gramado, pensando na volta que deu pela cidade com Kyle. Sabia que ele tinha ido pelo caminho mais longo, mas fingiu que não tinha percebido. Quando chegou perto do chafariz, olhou pros amigos. Miley gritou seu nome e acenou.

E foi só ver onde eles estavam que ela se sentiu mal. Eram como seus antigos amigos, mesmas expressões, as mesmas posições, parecia que ela podia ver seus outros amigos ali, e isso lhe deu falta de ar.

- Por que vocês estão aqui? – Ela perguntou, tentando controlar a respiração.

- Os pombos fizeram cocô nas escadas e daí viemos pra cá – Respondeu Chloe, percebendo como Amanda estava – Você ta sentindo alguma coisa?

- Não, é que eu gosto daquelas escadas...

Chloe trocou um olhar desconfiado com Miley e Trent, não estavam entendendo nada. Porque afinal, como iriam ligar o novo trauma de Amanda com um chafariz? Não era como se fosse uma fobia, e não era como se ela já tivesse falado sobre seus problemas antes.

- Enfim – Amanda colocou o cabelo atrás da orelha e tentou se acalmar – Acho que perdi a aula do Senhor Lee...

- Ele faltou – Chloe fez uma careta, o sol estava batendo em seu rosto – Problemas na operação da bexiga. Ele vai ser o tema do meu próximo ‘Nove perguntas para Chloe Field’ na rádio. Sabia que tem muita gente que tem duvidas sobre dor de urina?

- Que maldade... – Amanda suspirou, já estava mais calma. Falar com Chloe a deixava estranhamente calma.

Ela era sempre divertida e falava o que pensava, além de ser a garota mais bonita e inteligente que ela conhecia. Ela lembrava bastante Erin, mas Amanda tentava não pensar nisso.

- Hey, por que você não trouxe seu filho? – Perguntou Miley – Você sempre promete, quero conhecer aquela coisa fofa. Qual o nome dele mesmo?

- Aaron – Disse Chloe, olhando pra frente.

- Não, o nome dele é Matty – Corrigiu Amanda.

- Não, querida. Você tem visitas...

Amanda não estava entendendo, até ver Chloe apontando com a cabeça na outra direção. Ela olhou pra trás e viu Aaron. A mesma franja, o mesmo sorriso, o mesmo olhar, o mesmo jeito de riquinho impecável que não foi tirado dele nem quando estava à beira da morte.

Ele estava com as mãos dentro do bolso de sua calça Calvin Klein, olhando pra ela, pensando em quanto tempo não se viam. Era quase épico.

- Aaron – Amanda sorriu, incrédula. Correu pra abraçá-lo, quase o derrubou com seu entusiasmo. Pensou que aquilo estava bastante parecido com algo que aconteceu no filme “Pânico 2”, mas era besteira pensar naquilo.

- Ow, pega leve – Ele disse, mas tinha gostado do abraço.

- Nossa, Aaron. Você não faz ideia do quanto é bom ver você... Faz quanto tempo?

- Eu não sei... – Ele hesitou – E você continua linda como sempre...

- Nem tanto... Tenho um filho agora, não ta sendo fácil...

- Eu sei, estou com Megan agora, também não ta sendo fácil.

- Posso imaginar – Eles sorriam. Ficaram se olhando por algum tempo, apenas pra matar a saudade – Então, o que trouxe você aqui?

- Ashley Carson. Me desculpe, não pude deixar de não vir. Depois que seu irmão provou que tudo é possível naquela noite há um ano, fico preocupado. Mas também estava sentindo sua falta.

- Sei como é... – Amanda olhou pro gramado, um pouco tímida.

- Então, quando vou conhecer o pequeno Matty?

- Eu diria a qualquer hora, mas eu tenho uma sogra, então... – Amanda fez uma careta, deixando claro que não se dá bem com Maisy.

- Que horas você sai daqui?

- Às quatro. Mas a gente podia jantar lá em casa às sete. Você ainda é celebridade, não é?

- Acho que sim – Ele deu um ar de risos.

- Bom, é só você elogiar Maisy e seus enormes brincos que você vai poder até morar lá se quiser. A não ser que você seja irmã de um psicopata, daí nunca vai ter regalias.

Os dois sorriram. Aaron nunca pensou que veria Amanda fazendo piada de sua desgraça tão cedo. Mal ele sabia que ela pensava naquilo todas as noites e ainda tinha pesadelos. Se não fosse pelo choro de seu filho em algumas noites, ela ficaria presa pra sempre naquela realidade do sono onde não consegue ver mais nada além do rosto doentio de Brandon.

- Tudo bem então. Te vejo às sete, na casa dos Fuller.

- Você está bem informado.

- É né... – Aaron deu alguns passos pra trás, estava quase saindo – Meu pai é o delegado, então... Sei tudo o que quero.

- Conveniente.

- Sempre – Ele sorriu – Até mais.

Amanda apenas acenou. A ação foi seguida de um longo suspiro, ela estava feliz. Aaron tinha voltado pra cidade e ela finalmente teria por perto alguém que a entendesse, alguém com quem pudesse se abrir de verdade. E com o passar do tempo, ele havia se tornado um irmão pra ela.

Na Próxima Quinta...
- Alfa Gamma, sejam bem vindos!
A FESTA COMEÇOU
- Eu amo vocês Alfa Gamma!
Zoe: Eu vou pular, vadias!
Miley: Zoe está mais bêbada que nossos pais juntos depois de um churrasco no domingo.
Aaron: Não diga...
E ELA SÓ TERMINA
Amanda: Craig, me deixa explicar!
Craig: Sinto muito Amanda, você teve sua chance.
COM SANGUE
- Você está linda esta noite. Eu quero brincar com você.
Gabriel: A gente precisa chamar a polícia!
A PUNHALADA 2, dia 05/04
4- Alfa Gamma Tem que Morrer
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3 Comentário(s)

3 comentários:

  1. Até que enfim alguém vai morrer,estou sentindo falta do gosto de sangue HAHAHAHAA!!.Me senti uma vampira agora rsrs,a Chloe lembra mesmo a Erin,pelo visto no próximo capitulo o Graig vai descobrir sobre a traição da Amanda com o Kyle.Até a próxima quinta,Ghostface ataca novamente pra alegria dos fãs para animar a festa da Alfa Gamma.Quem será a vítima dessa vez?

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  2. nossa no próximo capitulo tem que ter umas três mortes para compensar e tomara que seja a Miley
    ansiosíssimo pelo próximo capiyulo

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  3. CAAAAAAAAADÊEE?? EU NECESSITO DE MAAAIS, JÁ PASSOU DO PRazo.

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