[Crítica] Creature

Direção: Fred Andrews
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 93 minutos
Título original: Creature

Crítica:

O terror tem dentes.

Olhando para a capinha deste filme, vocês podem até pensar que se trata de alguma coisa divertida e trash, mas não é verdade. Outros poderão imaginar que é mais um daqueles filmes da Syfy, com aqueles efeitos CGI ridículos... Mas também não é isso. Então, que diabos é esse filme? Sinceramente, é uma verdadeira bomba. Apesar de prometer e até ter uma pegada meio trash, Creature mereceu estar na maioria das listas de pior filme do ano passado. Agora vocês devem estar pensando o que faz este filme ser tão ruim, não é verdade? Apenas continue lendo e, para os que já assistiram, tragam suas línguas-chicotes.

A história gira em torno de um grupo de jovens burros que param em uma lojinha de beira de estrada e ouvem a lenda do homem-jacaré. Alucinados e com vontade de ter uma pequena aventura, eles vão até o local da lenda, em busca de alguma emoção. Mas tudo se transforma em um verdadeiro pesadelo quando uma besta surge das águas e começa a massacrá-los por entre as árvores. Agora, os sobreviventes terão que se unir e descobrir a verdade por trás da lenda para terem uma chance de escapar com vida desse inferno.

O filme já abre com aquela primeira morta manjada, que eu gosto de pensar que é uma amostra grátis do que está por vir. Logo, uma mulher começa a tirar a roupa e se joga na água verde. Tipo, a vadia estava mesmo pedindo pra morrer, né? Ninguém, em sã consciência, entraria naquela água, principalmente pelado. Pode até ser que não exista um homem-jacaré na vida real, mas jacarés existem aos montes neste tipo de lugar. Aliás, o que ela estava fazendo sozinha naquela porcaria de lugar? Bem, vamos tentar não fazer muitas perguntas.

Os jovens – as principais vítimas do longa – são ridículos demais. Não têm nada na cabeça! É como se eles tivessem uma placa piscando “ME MATEM” apontada para suas cabeças. Transam, vão para o meio do mato sozinhos, se separam... Enfim, imploram por suas mortes dolorosas. E não pense que o nível vai subir quando as mortes começarem, porque, na verdade, apenas cai. Todas as mortes acontecem em off-screen, mostrando o rosto da vítima gritando de perto, em geral. Não temos nenhum tipo de criatividade para contornar a falta de orçamento.

A criatura é uma piada a parte. Que porcaria é aquela? Parece que sua fantasia foi feita de papelão com papel machê. Sem nenhum movimento e todo duro, o monstro quase não aparece completamente em cena. E, na luta final, entre a criatura e os mocinhos, chega a dar vergonha alheia. Mas nada pode superar o corte, onde o diretor simplesmente deixa oculto a verdadeira briga, mostrando apenas o resultado dela. EU QUERIA VER O QUE ACONTECEU DENTRO DO BURACO, DROGA! Se bem que, com a qualidade lamentável do filme, eu até fico em dúvidas se eu queria mesmo ver.

A questão é a seguinte: assistam com suas contas em risco. Eu detestei, achei uma verdadeira porcaria. Os homens pelo menos irão gostar, porque praticamente todas as mulheres aparecem com os peitos de fora. Além disso, o roteiro ainda reserva uma pegação lésbica aleatória, só para trazer um pouco mais de conteúdo. E não podemos esquecer da reviravolta mais ridícula e flopada do século. Enfim, só dá para se divertir, se você for caçando os erros da produção, porque do contrário, lhe trará dor de cabeça. Nota 3,5.

Trailer: