Especial

Foto:

[Crítica] A Mentira


Direção: Will Gluck
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 92 minutos
Título original: Easy A

Crítica: 

Se alguém perguntar, fui eu.

É fato que todo mundo mente, certo? Há quem diga que não mente, mas pelo menos mais da metade dos seres humanos contam uma mentirinha leve todos os dias. O problema é quando dizer a verdade é embaraçoso e algumas pessoas acabam criando mais mentiras pra sustentar as outras mentiras. É a famosa bola de neve. Mas geralmente, podem notar, tudo começa com boas intenções. É claro, com este filme, não é muito diferente.

Emma Stone interpreta Olive, uma garota aparentemente normal, mas que está cansada de ser tanto faz na sua vida. Ela não é adorada, mas também não é odiada, só que isso é um problema. Tudo começa quando ela inventa que transou pela primeira vez com um cara da faculdade, quando na verdade, só disse pra melhor amiga que sairia com alguém para evitar um jantar constrangedor na casa dos pais dela. Mas o boato se espalha, e de repente a virgindade de Olive se torna o assunto mais quente do colégio. Como se não bastasse, ela tenta ajudar seu amigo gay a ficar com fama de hétero e finge que eles dormiram juntos, mas isso acabou fazendo com que os outros excluídos pedissem o mesmo favor. Assim, todos os nerds e incapacitados começaram a dizer que tiveram relações com Olive, e a confusão começou. Agora ela teria que encarar o papel de mais popular do colégio, piranha, prostituta, a fúria de uma evangélica insaciada e a raiva de sua melhor amiga que na verdade só estava com inveja. Bola de neve armada.

 O que uma mentira não faz, né? Olive era o tipo de garota que passava despercebida e que não sabia nem o que significava dar uns amassos. De repente ela se tornou uma femme fatale, gostosa, inteligente, vagabunda, e tudo o que os evangélicos conseguem dizer em nome de Deus. Acho que a pior coisa era a evangélica que mais parecia estar possuída e por isso era muito engraçada. A frase mais marcante foi quando ela disse “Deus nos disse para amarmos os homossexuais e as prostitutas, mas eles não conseguem parar de transar” e deu-lhe um choro falso para demonstrar o quanto estava abalada em Cristo. Além de tudo, o filme ainda começa pelo final. Sim, estão sentindo esse “o sexto sentido” feelings? Pois é, Olive está à frente de seu computador em uma chamada de video que estava sendo exibida para todo mundo. Ela fez isso para contar tudo o que aconteceu e como aconteceu, apenas falando a verdade e acabar de vez com aquela história. Eu gosto de filmes com a narrativa do protagonista, pois sempre são pessoas como Olive que têm coisas bastante interessantes a serem mostradas pelo seu lado da história.

Acho que não tenho reclamação alguma para com o filme. Olive realmente era inteligente e usava um vocabulário avançado desde quando era pequena. Mas, como papai do céu tem regras, lhe deu inteligência e maturidade e lhe tirou o dom de se comunicar fisicamente com o sexo oposto. Sim, ela era solitária, mas tendo uns pais como aqueles eu não seria infeliz. Aquela é a melhor mãe do mundo. Desbocada, tarada, não mede suas palavras pra falar de sexo ou sobre seu passado. O pai dela então, é a alma gêmea de sua mãe. Uma das frases mais legais ditas por ele foi quando ele pensou que o garoto gay era namorado da Olive e não tinha preconceitos. “Eu já fui gay uma vez, não tenho preconceitos, está tudo bem”. Tenso, muito tenso.

E também acho que preciso comentar sobre as injustiças. Ta certo que tudo o que tinha haver com putaria e sexo era jogado pras costas da Olive e ela aceitava numa boa, porque já estava conformada em ser galinha por maioria de votos. O problema é que todos têm outra visão dela e acabam indo contra ela, sem saber que ela é apenas uma virgem assustada e seu único erro foi ter tentado ajudar as pessoas que precisavam. Conclusão disso? Nenhuma, já que este era meu ponto, mas acho que ela mereceu um pequeno romance. Foi estranho ver Penn Badgley fazendo outro papel que não fosse em Gossip Girl, mas até que eles eram fofos juntos.

Eu sei, eu sei, estamos falando de uma comédia inteligente e não só pelo roteiro e personagens, e por isso mesmo eu recomendo. Confesso que comecei a amar Emma Stone depois que vi o filme, essa garota merece o Oscar, mas eu espero que ela saia do ramo da comédia e tenha uma carreira com derivações de papel, ou vai acabar com 40 anos fazendo par com o que restará de Adam Sandler. Então, assistam, e vamos esperar o novo filme do homem aranha que tem nossa diva Emma. Mas enquanto ele não chega, vocês podem ficar aí apontando lápis. Estão apontando? Estão apontando os lápis? Nossa, que pontudos! Nota 9,5.

Trailer :  
Comentário(s)
3 Comentário(s)

3 comentários:

  1. é a amanda bynes loira? *oooooo*
    que linda ><

    ResponderExcluir
  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK O que restar do Adam Sandler! uahuahuahuahuahuahuahau =P
    Eu amei amei amei, e o pior: sei que isso acontece na vida real... a historia tem muita coisa divertida e eu amei tbn!

    ResponderExcluir
  3. Adorei o filme e a sua resenha dele também.A parte do texto do "aponta o lápis" foi a melhor tirada ! Adorei

    ResponderExcluir