Especial

Foto:

[Livro] A Punhalada - Capítulo 11: Punhalada Final


Os olhos de Amanda não saiam do irmão. Ela nem reparou que Sarah já havia pegado a arma e que já estava apontando para ela. Agora sim, não tinha como prender o choro, ele vinha tão naturalmente que quando tentava pará-lo, só conseguia fazer vir mais.

Os olhos maliciosos de Brandon também não saiam de Amanda, era um jogo, uma troca de olhares com revelações, e Amanda preferia que Sarah tivesse atirado nela a ver isso.

- Isso é surpresa o bastante pra você, Amanda? – Perguntou Brandon, num tom debochado – Ou você preferia o clichê do namorado suspeito?

Amanda nem conseguia falar, ainda não estava acreditando, afinal, como ela poderia acreditar que o assassino era a pessoa que mais amava no mundo?

- Bom, sem querer me achar, mas eu fui um ótimo ator... Enganei todo mundo. Ninguém, ninguém desconfiou de mim... O irmão mais novo, tão inocente e protetor. Você deve estar em choque agora.

- Olha pra ela... – Disse Sarah – Nem consegue falar, ela já deve estar morta por dentro, só falta a parte de fora, que terei o prazer de despedaçar.

- Nada disso – Repreendeu Brandon – Lembre-se do trato, você mata sua irmã e eu mato a minha, esse prazer vai ser todo meu... – Brandon mordeu o lábio, e lançou mais um olhar malicioso para a irmã. Deu dois passos na direção de Sarah, ainda olhando para Amanda – Se você quiser chorar, chore. Eu no seu lugar já estaria pedindo para morrer...

Amanda olhou para Sarah, que mantinha a arma apontada para ela. Sarah estava completamente fria, nem o rosto de má ela tinha, era uma completa psicopata. Depois olhou para Brandon, que mantinha aquele olhar malicioso e maléfico, como se ele estivesse sedento pelo sangue sexy de Amanda. Ela suspirou, não estava mais agüentando aquilo, tudo o que ela acreditava havia passado dos limites.

- Você... – Ela disse, para Brandon – Por quê?

- Você chegou ao ponto certo, Amanda – Brandon aproximou-se dela com a faca, e com passos longos para trás, Amanda se afastou até bater de costas em mais uma pilha de mesas, dali ela não passava.

Brandon chegou bem perto dela, que já sentia nojo do irmão. Ele chegou tão perto que ela podia sentir seu hálito. Ela virou seu rosto, não queria ficar de frente para ele.

- Os motivos para se tornar um assassino, Amanda, são tão... Como posso dizer? Aleatórios? Você pode matar dez pessoas de uma vez se causar uma colisão de carros por estar distraído na estrada... – Ele colocou a faca no rosto de Amanda, e foi passando-a devagar pelo rosto dela, enquanto seu corpo tremia com o toque gelado da faca – Ou, você pode colocar uma fantasia, matar dez pessoas e colocar a culpa nos filmes, mortes são tão relativas que já virou clichê tentar culpar alguém...

Amanda olhou nos olhos dele, pela primeira vez, demonstrava a insanidade que tinha. Isso doeu mais ainda em Amanda.

- Mas! – Ele gritou e apontou a faca para trás.

Sarah andou até ele e pegou a faca de sua mão. Depois, lhe entregou a arma, que ele apontou para o peito de Amanda, para continuar a falar:

- Se você não tiver motivos pra um massacre, você simplesmente é chamado de louco. Então...

- O que? – Perguntou Amanda, com medo de levar um tiro no coração a qualquer momento.

- Você sabia que descobrir que seus pais não são seus pais de verdade, pode foder com a sua cabeça?

- O que? – Amanda perguntou, incrédula, aquilo não fazia o menor sentido.

Brandon se afastou dela, finalmente conseguia respirar melhor. Deu as costas pra ela por alguns segundos, mas virou-se de volta.

- Amanda, por que você acha que sempre foi a preferida? Hã? Porque você acha que eu sempre fiquei pro lado, recebendo as sobras da rainha, recebendo apenas o que Amanda não queria? Tudo era você, tudo só pra você. Eu era apenas o irmão mais novo da rainha do colégio, eu nunca fui a porra do Brandon Rush! – Ele gritou, e Amanda se assustou – Quando encontrei meus papéis de adoção, tive várias respostas pras minhas incontáveis perguntas. Eu era apenas um lixo, um garoto abandonado pelos pais biológicos porque eles simplesmente não queriam um filho homem. E o que eu fiz? Matei os desgraçados! Matei os dois! E matei as duas filhas, pena que nunca encontraram o corpo delas, trágico – Brandon coçou o nariz, estava pouco ligando para o corpo de suas irmãs biológicas – Você me entende, Amanda? Era pra eu ser a porra do Kevin Marshall! Eu! – Ele grita, apontando a arma pro próprio peito – Mas só o que eu ganhei foi um segundo lugar em tudo, porque tudo era pra rainha...

- E quer saber mais, Amanda? – gritou Sarah, ali atrás, ela estava agachada em frente ao corpo de Erin – Não ganhar a devida atenção dos pais é uma droga, você se esforça, e você se esforça, e você se esforça mais... – Sarah esfaqueava o corpo de Erin no chão a cada palavra que dizia, ela estava com ódio, gritando suas idéias com a mesma raiva que esfaqueava Erin – E o que você ganha? Nada! – Ela esfaqueou o corpo de Erin mais uma vez, dessa vez na cabeça. Retirou a faca e levantou-se.

Amanda olhou para ela, sem saber o que fazer. Ela se aproximava de Brandon, mas fitava Amanda, ela era seu alvo.

- Imagine sofrer tudo isso em casa e ver sua única esperança de ser feliz ser roubada por uma vadia, maléfica e oferecida como você. Eu tenho nojo de você, Amanda! Nojo! – Sarah cuspiu no chão, perto ao pé de Amanda.

- Vocês estão loucos... – Sussurrou Amanda, com medo.

- Loucos? – Perguntou Brandon – Você não ouviu tudo o que acabamos de falar? A preferência, a adoção, as tentativas de agradar, mas nunca superar a irmã mais velha. Depois disso aqui, vamos ter toda a atenção que quisermos, do mundo inteiro, já que vamos ser os únicos sobreviventes do massacre que Amanda Rush e Erin Delaware iniciaram. Vamos sair em jornais, revistas, ficar famosos...

- Vocês não queriam sair do clichê? Esse motivo já foi usado no último pânico.

- Mas diferente do filme, isso aqui vai render. Usamos Aaron Estwood pros assassinatos ganharem repercussão, temos tudo do nosso lado, nada vai dar de errado, esse vai ser o nosso filme, Amanda... Pense nisso, você será a imortal assassina da vida real... Enquanto eu e Sarah, os únicos sobreviventes. Isso até soa legal...

- Brandon, nossos pais te ama, você sabe disso...

- Eles não são a porra dos meus pais! – Brandon gritou – E você não é minha irmã... – Brandon aproximou-se dela novamente, do mesmo jeito de antes, tão perto que ela conseguia sentir sua respiração... – E eu até gostei disso, em parte, sabe... Foi um alivio para mim, descobrir depois de anos que a minha irmã que eu queria que fosse minha mulher, não era de fato minha irmã... Já não me senti mais culpado por querer te tocar, te beijar, te lamber... – Brandon se aproximou do rosto de Amanda e lhe deu uma lambida, desde o queixo, até a testa.

Com nojo, Amanda recuou, estava completamente enojada com aquela loucura. Como Brandon pôde fazer aquilo com ela?

- Entendeu agora, maninha? Não? Sarah! Trás o laptop!

Sarah correu até debaixo de uma das mesas de tirou de lá um laptop preto. Colocou encima da mesa que Amanda estava escorada, para ela observar. No laptop, passava um vídeo de Brandon subindo encima de Amanda na cama, ela estava completamente desacordada. Ele a beijava na boca e pegava em seu corpo. Amanda ficou mais horrorizada ainda.

- Viu só? – Disse Brandon – Você já foi minha há muito tempo. Claro, eu tinha que te dopar antes. Vi isso em um filme e, desculpe, eu tive que tentar.

Amanda não conseguia tirar os olhos do vídeo. Foi a pior coisa que já vira na vida, nunca pensou que algo tão repugnante pudesse acontecer com ela. Quando Brandon começou a tirar a roupa dela no vídeo, Amanda fechou os olhos e virou-se para ele, ele tinha conseguido destruir toda sua vida.

- Não chore, Mandy – Pediu ele – Quando você morrer, toda essa dor vai acabar.

Amanda olhou por cima dos ombros de Brandon e viu Aaron e Megan atrás dele. Eles estavam com um taco de baseball, andando devagar para acertarem Brandon, mas Sarah virou-se rapidamente e gritou:

- Brandon, atrás de você!

Brandon virou-se e atirou, o tiro passou de raspão no ombro de Aaron. Ele e Megan correram pela porta.

- Droga, eles ouviram a gente! – Reclamou Sarah.

- Cuide deles, eu fico aqui com Amanda – Ele sorriu para Amanda.

Sarah correu pela porta, com a faca em suas mãos pronta para matar. Quando saiu do refeitório, olhou pelo corredor, Aaron e Megan já estavam dobrando para outro corredor. Sarah correu com todas as forças atrás deles. Quando ia dobrando o corredor, foi acertada no rosto pelo salto alto de Megan. Logo abriu um ferimento na testa dela, que caiu no chão.

Aaron puxou Megan, que ainda jogou seu salto no peito de Sarah. Sarah pegou em sua testa, estava saindo sangue, ela ficou com mais raiva ainda e prometeu para si mesma que iria matar os dois. Levantou-se do chão e correu atrás deles.

Dobrou em outro corredor, onde viu uma porta aberta e outra fechada, uma de frente para a outra. Ela pensou em qual eles poderiam ter entrado, e escolheu a porta aberta, era o laboratório de ciências.

Megan e Aaron estavam escondidos embaixo da segunda mesa de lá, torcendo para Sarah ter entrado pela porta fechada. Sarah andava pela sala, procurando pelos dois. Lambeu o próprio sangue que escorria da testa e caia sobre sua boca. Ficou de costas para a mesa onde estavam Megan e Aaron, no exato momento em que Megan tirou o outro salto e golpeou a cabeça dela.
Sarah virou-se para ela e, com fúria, foi em sua direção, mas Aaron colocou seus pés. Sarah tropeçou e caiu, mas esfaqueou a perna de Aaron. Com um vidro que continha uma barata gigante dentro, Megan tentou acertar Sarah, mas ela desviou. Aaron levantou-se, gemendo de dores na sua perna.

Sarah levantou-se e socou o rosto de Aaron, bem no meio. Megan deu um grito e tentou socar Sarah, que desviou facilmente. Ela era fraca demais para brigar, Sarah riu de seus movimentos. Deu-lhe apenas um tapa, Megan caiu pro lado.

--

Ainda no refeitório, Brandon tentava deixar Amanda ainda mais desconfortável. Começou a falar com detalhes o que sentia por ela, mas que infelizmente ela tinha que morrer, assim como todos os outros.

- Brandon, por favor... – Pediu Amanda.

- Você está implorando? Pensei que só desse ordens.

- Você... Você tem idéia de como me magoou agora?

- Na verdade, tenho sim – Ele sorriu – Era essa a idéia, saciar meus desejos quase fraternais e depois matar você por ter roubado meu lugar. Meu roteiro é simples. Pensei que já tivesse entendido.

- Então o que está esperando para me matar? Me ama demais pra isso?

- Há! – Ele riu – Não me provoque, maninha.

- Então por que não atira logo em mim? Se quer me matar, é isso que precisa fazer...

- Amanda...

- Me mate, Brandon – Provocou Amanda – Não era seu grand finale? – Amanda pegou na arma que estava apontada para o seu coração e a colocou em sua testa.

Ao mesmo tempo em que torcia pela apelação ao amor de Brandon por ela funcionar, uma parte sua queria que ele simplesmente apertasse o gatilho e acabasse com aquele sofrimento. Ela sentiu a ponta da arma gelada em sua testa, enquanto todos os centímetros de seu corpo se preparavam para um possível disparo.

Brandon olhava para Amanda, finalmente sua expressão tinha mudado de psicopata malicioso para doente surpreso. Não acreditava que Amanda havia feito aquilo, pensou que ela iria implorar pela sua vida e morrer como uma vadia de verdade, que era o que ela era. Mas Brandon, não conseguia atirar. Ele estava decidido e com a arma apontada para a cabeça dela, mas de alguma forma não conseguia matá-la.

- Se você não consegue me matar... Pra que essa arma? – Amanda deu um chute no meio das pernas de Brandon.

Brandon sentiu uma dor incrível. Caiu de joelhos e recebeu um murro de Amanda. Ele caiu pro lado, e soltou a arma. Amanda correu para pegar, mas levou uma rasteira dele e caiu de boca no chão, por sorte não havia quebrado nenhum dente. Ela virou-se para ele e acertou mais um soco no rosto.

Levantou-se e correu até a arma. Quando pegou e virou de costas, Brandon já estava de pé. Ela descarregou a arma em seu peito, até puxar o gatilho e não sair mais nada. Brandon caiu no chão, todo baleado. Amanda jogou a arma encima dele e disse:

- Toma essa, irmãozinho.

Amanda ficou olhando para ele no chão, sentindo pena dele e de si mesma. Como ela ainda conseguia sentir pena dele? Como, depois de tudo o que ele fez? Ela deu meia volta e andou na direção da porta de vidro. Não ouviu quando Brandon se levantou do chão. Ele correu atrás dela, que só percebeu sua chegada na hora do impacto, que foi tão grande, que os fez atravessar a porta de vidro com tudo e esbarrar na parede do corredor.

--

No laboratório, Sarah observava Megan e Aaron jogados no chão. Alvos tão fáceis que tinha pena de matar ali mesmo. Lembrou-se da irmã, tão cretina e manipuladora, parecia um rato correndo de um lado pro outro, mesmo sabendo que não havia como fugir do gato.

Sarah abaixou-se, ficou de joelhos na frente de Aaron, que olhava para ela suplicando. Ele segurava na perna com a mão direita, estava saindo muito sangue.

- Hora de morrer – Ela preparou a punhalada, mas foi atingida com o spray de pimenta de Megan.

Sarah deu um grito, seus olhos estavam sendo queimados vivos. Levantou-se e andou de costas, estava com as mãos nos olhos vermelhos, que pareciam que iam pular. Megan andou até ela e espirrou mais, queria esvaziar o vidro nos olhos da assassina. Fechou sua mão num punho e esmurrou Sarah. O soco pegou em cheio, Sarah caiu no chão, atordoada. Ainda pegava em seus olhos, que queimavam.

- Megan! A faca! – Gritou Aaron.

Megan olhou a faca estava jogada perto dele, havia caído das mãos de Sarah quando recebeu o spray de pimenta nos olhos. Megan correu até lá e pegou a faca. Depois andou até onde Sarah estava jogada. Sarah balançava a cabeça, estava chorando, seus olhos estavam em carne viva. Megan abaixou-se e olhou pra ela, com superioridade.

- Diga olá pra sua irmã no inferno, vadia! – Megan levantou a faca, preparada para matá-la.
- Hahaha! – Sarah riu – Eu irei.

Megan enfiou a faca em sua boca, com todas as forças, ela sentiu a faca chegando até o chão. Ela olhou para Aaron lá atrás, foi logo ajudá-lo.

--

Enquanto uma assassina já tinha morrido, o outro não dava nem sinais. Amanda levantou-se do chão, cortando sua mão nos cacos de vidro ao seu redor, a pancada havia sido forte. Do seu lado, desmaiado, estava Brandon. Ela olhou para os furos das balas em seu peito, não havia sangue nenhum, não entendia como ele não tinha morrido.

Levantou-se do chão, ela sabia que ele não havia morrido, eles nunca morrem facilmente. Pensou logo no machado que havia jogado, assim poderia matar Brandon. Andou até lá, mancando, sua perna estava machucada.

Foi só chegar perto pra sentir outro puxão. Brandon virou-a de frente para ele e a empurrou na maquina de chocolate. O vidro da máquina quebrou, e as costas de Amanda pareciam estar quase quebradas. Ele a enforcou, estava fitando seu rosto bem de perto.

- Colete a prova de balas, maninha – Ele disse – Todos assassino deveria ter um.

Amanda estava desesperada, os dedos de Brandon estavam cravados em seu pescoço, e ela mal podia respirar. Pegava em seu braço, mas não tinha forças suficientes para pará-lo, estava à beira da morte. E no desespero, acabou enfiando seu dedo dentro do olho dele. Brandon não fechou a tempo, e o dedo de Amanda acabou perfurando seu olho, de verdade. Ele a largou no mesmo momento, começou a gritar.

- Sua vadia maluca! Você furou meu olho! Desgraçada! Eu vou te matar!

Amanda caiu no chão, segurou na garganta e tossiu, se tivesse demorado mais um pouco ela teria morrido. Ela fitou Brandon, se debatendo igual um louco, segurando seu olho que sangrava. Amanda olhou pro lado e viu o machado embaixo da mesa. Não pensou duas vezes e o pegou. Fitou brandon, que já havia visto ela de novo. Seu olho estava um estrago, o sangue escorria de seu rosto e caia em sua boca, de onde saíam insultos.

- Eu vou te matar, desgraçada! – Ele correu na direção de Amanda, que deu um grito e levantou o machado. Ela o golpeou no pescoço.

A cabeça de Brandon já estava fora de seu corpo, caiu bem ao lado de Amanda. Ela olhou para o corpo do irmão, sem cabeça, sangrando no chão e sentiu aquela dor imensa, que fez suas pernas perderem as forças. Ela caiu de joelhos no chão, chorando, gritando, agradecendo e se culpando. Ela podia sentir tudo naquele momento. Só queria seu irmão de volta. Queria acordar naquele momento e descobrir que tudo foi um sonho horrível, que Brandon iria aparecer na porta de seu quarto, preocupado, perguntando se estava bem. Queria deitar na perna de Brandon e ouvi-lo levantando seu astral, fazendo ela se sentir a melhor pessoa do mundo. Queria ver Brandon sorrir, dizendo que a ama, levantando as mãos pro céu e dizendo que tinha a melhor irmã do mundo, mesmo não sendo verdade, mas nada disso iria mais acontecer. Brandon estava morto, porque era o assassino. Matou todo mundo, e no final teve o que merecia.

Amanda colocou sua cabeça no chão, as lágrimas caíam e formavam uma poça, ela só sabia que não agüentava aquela dor. A maior parte de si queria estar morta, tudo era melhor que aquilo.
Megan e Aaron entraram no refeitório e viram o que tinha acontecido.

- Ai meu Deus... – Sussurrou Megan.

Aaron, mancando, correu atrás de Amanda. Ela chegou até ela que estava no chão e pegou em suas costas, sem dizer nada. Nenhuma palavra iria mudar o que tinha acontecido. Amanda levantou a cabeça do chão e abraçou Aaron, com todas as forças.

- Eu matei ele! Eu matei ele! – Ela dizia.

Lágrimas começaram a rolar dos olhos de Megan, ela não estava agüentando ver Amanda daquele jeito.

- Calma, tudo bem – Pedia Aaron – Você fez bem, já passou, já passou... - Ele batia nas costas de Amanda, como se quisesse niná-la.

Megan virou de costas quando os olhos de Aaron bateram nela, não queria que ele a visse chorar. Limpou as lágrimas e olhou pelas janelas do refeitório, logo quando um barulho de policia começou a surgir. Ela se espantou, mas não falou nada, não queria atrapalhar Aaron e Amanda.

--

A porta do colégio estava lotada. Mais uma vez, repórteres e policiais ocupavam o espaço, todos queriam saber sobre como tudo terminou. Após Amanda e Aaron falarem com a policia, a noticia se espalhou. Cada jornalista ali presente sabia de toda a história, e estavam transmitindo tudo ao vivo. Todos os canais estavam lá. O mundo estava completamente em choque, mas feliz por tudo ter passado.

- Finalmente a história dos assassinatos que aterrorizaram os moradores de New Britain chegou ao fim. De acordo com nossas fontes, Amanda Rush, Aaron Estwood e Megan Bower enfrentaram sozinhos a ira dos assassinos. Ao que tudo indica, o irmão de Amanda Rush, Brandon Rush, enlouqueceu quando descobriu que era adotado e, junto de Sarah Richards, iniciou um massacre baseado nos filmes “Pânico” que resultou em dez mortes. As vítimas já foram interrogadas, Amanda foi levada ao hospital com ferimentos leves, enquanto Aaron já foi liberado.

Megan olhava de longe para os repórteres, desejando ser uma deles. Ela não via a hora de ficar em frente a uma câmera, falando sobre as notícias do dia, mas sabia que não conseguiria tão fácil.
Escorada em um carro policial, Megan olhava para Aaron, que estava começando a ser atacados por repórteres. Ele parecia tão cansado, física e mentalmente, que não estava nem um pouco interessado em dar entrevistas. Megan, por outro lado, ainda queria aquilo. Ela já sabia que fama e dinheiro já não importavam tanto como o milagre de ter sobrevivido, mas ainda era seu sonho. Só que com tudo que aconteceu, já estava conformada. Ela nunca seria famosa, nunca seria repórter, e sempre seria esquecida.

Abaixou a cabeça quando Aaron olhou para ela, estava envergonhada. Foi então, que ele teve uma idéia.

- Vocês querem uma matéria? Aqui vai uma. Estão vendo aquela garota? – Ele apontou para Megan, que olhou para ele, confusa – Ela salvou a minha vida! Devo tudo a ela! – Aaron andou rapidamente até Megan, segurou com as duas mãos em seu rosto e a beijou.

Megan ficou paralisada com o beijo, aquilo era totalmente inesperado, e completamente bom. Os repórteres seguiram Aaron, todos estavam filmando o seu beijo com Megan.

Quando parou, olhou nos olhos dela, sentindo aquelas borboletas no estômago que não sentia há anos. O beijo foi tão bom para ele, que começou a se perguntar por que não havia feito antes, enquanto os olhos de Megan brilhavam.

- O que foi isso? – Ela perguntou.

- Eu não sei... – Disse ele, com a respiração ofegante – Mas foi irado.

Megan sorriu e eles se beijaram de novo. O beijo foi quente e molhado, e isso deixou os repórteres frenéticos, gritando por mais noticia, querendo mais alguma coisa para suas matérias.

--

Amanda descansava na cama do hospital, estava se sentindo muito mal. Tentava não lembrar de Brandon, mas era impossível. Para qualquer lugar que olhava, ele lhe vinha à cabeça.
O médico entrou na sala, lendo uns papeis. Posicionou-se em frente ao leito de Amanda, que olhava pra ele, com medo.

- Bom, Amanda, você vai sair logo, logo daqui – Ele disse, ainda olhando para os papéis. Virou uma das páginas e olhou para ela – Você teve muita sorte, sabia?

- Sorte... – Amanda repetiu – O que eu tive foi tudo, menos sorte...

- Bom, você receberá alta amanhã. Só quero que permaneça aqui esta noite, só para ficarmos de olho em você.

- Tudo bem... – Amanda olhou para suas mãos encima de sua barriga, aquele aparelho preso ao seu dedo estava incomodando.

- Tente dormir, agora, ok? Sei que não é a melhor hora para falar disso, mas... Sinto muito, pelo seu irmão...

- Eu sei... – Amanda olhou pra ele, agradecendo a compaixão, era disso que precisava no momento.

- Ah, sim, pelo menos não aconteceu nada com o bebê...

- O que? Que bebê?

- Você não sabia, Amanda? – O doutor a fitou, sério – Você está grávida.

O coração de Amanda disparou mais uma vez, e seu ar faltou. Se ela já quis morrer alguma vez na vida e não teve certeza, teve naquele momento, onde ela não sabia mais como sua vida podia piorar...

FIM...?

Ficaram surpresos ?
Pois é melhor se prepararem, ainda tenho mais uma facada a dar.
Um bônus, com o Começo Alternativo de A Punhalada.
Quem quer A Punhalada 2?
Comentário(s)
9 Comentário(s)

9 comentários:

  1. Eu não quero! Eu preciso!!!! terá que ser uma trilogia!!
    Por favor não demore para lançar a sequencia A Punhalada 2 vai ser demais! Será que o filho é de Brandon!! me de uma resposta nas atualizações. Fiquei boquiaberta com seu final, uma historia cheia de ação e suspense, mistério então diga teremos A Punhalada 2? Vcs merecem Parabéns pela historia pois que criaram apenas com base na historia do filme Pânico. Parabéns!!!! Entre em contato comigo Via Twitter: @Joellumis.
    Abrazz!!

    ResponderExcluir
  2. Ahhhhhhhhh ame amei amei

    ResponderExcluir
  3. Nossa muito show isso cara.Amei o enredo da história e quero muito que tenha uma continuação,essa história me facinou.Não demorem com a continuação.

    ResponderExcluir
  4. Oh My God!
    Ameii, Muito Bom, Você são demais. Por favor, Lancem logo A "Punhalada 2". Estou Muito Ansioso!
    A unica coisa que eu Não Gostei, foi o Fato de ERIN Ter Morrido, Mas Tudo bem, Vocês são Demais de Qualquer Geito!
    Tomara que Aaron Fique com Megan.
    Me Adicionem no Orkut Sam_SilvaOfficial@Hotmail.com

    ResponderExcluir
  5. Obrigado pessoal, vocês que são demais. Que bom que gostaram da nossa história! E obrigado pelos elogios.
    E vai ter sim "A Punhalada 2" e já estamos trabalhando nela, mas por enquanto temos outros livros para lançar, espero que gostem deles também. Creio que a sequencia pode ser lançada após os dois próximos livros, fiquem no aguardo!
    Abraços ^^

    ResponderExcluir
  6. Adorei a história,bem elaborada e cheia de suspense,mas seria legal se a Erin,Trish e Ginger não tivessem morrido.Gostei que a doida da Megan sobreviveu,e espero que a Amanda crie juízo com esse filho....parabéns pessoal!

    ResponderExcluir
  7. Kramba q final Louco foi mto massa vei toca aqui vcs sao foda \o Por Gleylson

    ResponderExcluir
  8. Adorei esse final,nem desconfiava da Sarah e do Brandon.Eu acho que o filho da Amanda é do Aaron,se lembram que ela transou com ele antes de ir ao Colégio salvar o irmão.Gostei do beijo entre a Megan e o Aaron,foi muito legal ele ter falado pros jornalistas que ela salvou a vida dele quem sabe com isso ela fica famosa e vira jornalista.Vou esperar ansiosa Punhalada II,seria uma boa idéia fazer um trilogia como no Pânico.

    ResponderExcluir
  9. -A punhalada 2 ameei sabeer disso'
    ñ vivo sem'

    ResponderExcluir