Especial

Foto:

[Livro] A Punhalada - Capítulo 9: Me Ajude a Esquecer


Policiais e jornalistas eram o que não faltavam na frente do hotel Empire. Aaron era uma celebridade, se estava em perigo, logo multidões de pessoas vinham para ajudar. Não foi diferente. Ele conseguira escapar do estacionamento e foi direto pedir ajudar, não faz idéia do que acontecera com Ginger e Megan.

Na frente do carro, um policial anotava seu testemunho, era o mais curto possível, já que ele escapara rápido.

Olhou para trás e viu os paramédicos trazendo uma maca com o corpo de alguém dentro de um saco preto. Seria Ginger ou Megan? Ele estava em duvida. Correu até lá para checar. Sem nem pedir autorização, foi abrindo o saco preto. Só num puxão, o zíper abriu quase todo e ele viu o corpo de Ginger, ou, o que restou dele.

Sua primeira reação foi pelo estômago, que embrulho. Virou pro lado e vomitou, estava com nojo demais do corpo mutilado de Ginger, foi a segunda vez que viu alguém morto, e não conseguiu melhorar com o tempo, foi bem pior agora.

- O senhor está bem? – Perguntou uma paramédica.

- Sim... – Aaron tossiu – Sim, estou bem. Me diga, não acharam mais nenhum corpo?

- A não ser o da garota e o do segurança, não senhor.

- Então, onde está Megan?

- Estou aqui! – Megan gritou, lá atrás. Ela correu até Aaron e lançou um olhar para a paramédica se retirar.

Megan estava completamente imunda. Desde suas roupas até seus sapatos, e tinha cheiro de pizza vencida. Seu rosto estava sujo de algo marrom que parecia chocolate e tinha uma folha de alface em seu cabelo. Fora isso, havia uma marca de sangue em seus lábios, provavelmente tinha machucado.

- Ai meu Deus, Megan! O que aconteceu com você? – Perguntou Aaron, sem saber se ria ou não ria.

- Tive um contratempo. Caí na lixeira do prédio, mas sobrevivi. Estou aqui – Sua voz era cansada, estava exausta.

- Vamos sair daqui, pra outro hotel, você precisa tomar banho.

- Você acha? – Megan fez uma pose, tentando ser sexy, mas o cheiro que Aaron estava inalando apenas deixou a cena macabra.

--

- Estamos aqui hoje, reunidos... – Começou o Padre, com o mesmo discurso de sempre que fazia quando alguém morria.

Amanda estava em frente ao caixão de Samantha, sentindo-se cansada por estar mais uma vez no enterro de alguém. Daniel havia sido enterrado no mesmo dia, mas não teve coragem de velar seu corpo, ainda se sentia culpada demais pra encarar Daniel e sua família.

Ela olhava para Samantha numa foto encima do caixão, estava sorridente. Superior, como sempre. Passavam-se muitas coisas em sua cabeça, mas a primeira sempre foi que nunca havia imaginado estar no enterro dela. Samantha parecia tão imortal que Amanda acabou esquecendo que ela também poderia ser uma vítima. Mais culpa sentiu, enquanto as lágrimas caiam de seu rosto. Estava com duas orquídeas nas mãos, que molharam quando os pingos de lágrimas caíram.

Erin fitava Sarah do outro lado, que estava chorando sem parar, como se estivesse enterrando uma parte dela. E realmente estava. Erin não conseguia nem imaginar a dor que Sarah e seus pais estavam sentindo, sabendo que sua filha se foi, e de um jeito tão cruel como todos os outros. E o pior era que as mortes não iriam parar, não se Kristen estava certa.

Ao lado de Erin, Brandon fitava Amanda que estava bem de frente para ele do outro lado do caixão. Ela chorava em silencio, ele podia ver que ela prendia a avalanche de lágrimas que queria soltar, mas algumas escapavam mesmo assim.

Quando decidiu prestar atenção no que o Padre dizia, Amanda sentiu uma revolta em seu peito. Achava hipocrisia ele falar de Deus quando os acontecimentos mostravam que Deus não estava nem aí. Olhou para o Padre, com rancor. E gritou:

- Cala a boca!

Todos olharam para ela, paralisados. Ninguém esperava aquela reação, e muitos não sabiam o porquê daquilo.

- Como você tem coragem de falar de Deus numa hora dessas? Você é cego ou o que? Está vendo algum Deus aqui? Está? Porque se estiver, me diga, pois eu só vejo aqui o caixão de uma das minhas melhores amigas que está prestes a ser enterrada! Eu nunca mais vou vê-la! Onde estava Deus enquanto ela estava sendo esfaqueada?

Os gritos de Amanda chamaram mais atenção. O padre arregalou os olhos, mas entendeu sua reação. As pessoas próximas a ela estavam morrendo, uma por uma, era natural que ela ficasse desse jeito.

Brandon deu a volta no caixão quando achou que deveria parar Amanda, que já tinha berrado o suficiente.

- Dane-se isso! – Ela gritou – Danem-se todos você hipócritas, que só vêm aqui pra bisbilhotar! Vocês não davam a mínima pra ela! Ou para Daniel, ou para Ginger! Todos vocês são uns nojentos!

Brandon segurou o braço da irmã, que soltou com força.

- Vamos Amanda, já chega...

- Vão pro inferno! Todos vocês!

Brandon puxou Amanda, que já achava que havia dito tudo o que queria. Pelo braço, a retirou dali, não estava acreditando que a irmã tinha acabado de fazer isso no enterro da amiga. Eles pararam embaixo de uma árvore, que fazia sombra naquele calor.

- Amanda, acho melhor a gente ir pra casa...

- Eu não quero ir, não tem nada de bom lá... – Ela cruzou os braços. Virou-se de costas para ele, estava com vergonha de chorar, de demonstrar fraqueza perto do irmão mais novo, o qual deveria sempre dar o exemplo e ser forte.

- Você precisa dormir...

- Já disse que não quero.

- Amanda...

- Brandon! – Ela gritou e olhou para ele – Vocês precisam aprender a me deixar em paz! Mas que droga! – Amanda correu, e Brandon nem tentou impedi-la, apenas suspirou com a derrota.

Ao mesmo tempo em que queria dar uma bronca na irmã, entendia o que ela estava passando.

--

Aaron abriu a cortina. O sol bateu no rosto de Megan, que logo acordou. Quando abriu os olhos, percebeu onde estava. Tinha passado a noite no quarto de hotel de Aaron, logo após tomar um banho e tomar a liberdade de vestir uma de suas camisas.

Levantou-se para sentar na cama, quase deu um pulo, estava eufórica. Olhou o quarto inteiro, era tudo muito chique, coisa de rico mesmo.

Quando olhou pra porta do banheiro entreaberta, notou um barulho de chuveiro, Aaron tinha acabado de entrar para tomar banho.

- Ai meu Deus! Aaron Estwood está tomando banho a metros de mim... – Ela pegou no coração, como se fosse ter um ataque.

Levantou-se da cama e na ponta dos pés andou até a porta do banheiro. Afastou um pouco e olhou, não tinha nada demais, ele estava com a porta do chuveiro fechada, Megan só conseguia ver o que parecia ser sua sombra. Ela foi até o guarda roupa e fitou suas camisas. Como se não bastasse, tirou a camisa azul escura do cabide e cheirou, era delicioso, Megan quase teve outro infarto. Abriu as gavetas de baixo e encontrou as cuecas, estavam completamente arrumadas, por cor. Seus olhos brilharam, e a fizeram imaginar Aaron usando uma daquelas em uma de suas noites.

O chuveiro parou de fazer barulho. Megan olhou para a porta e percebeu que Aaron estava quase saindo. Fechou rapidamente as gavetas e depois a porta do guarda roupa. Como se fosse se jogar de uma ponte, jogou-se na cama novamente e fingiu que estava dormindo.

Os passos molhados de Aaron fizeram barulho, Megan sorriu na cama, estava imaginando se ele sairia pelado de lá.
- Megan, eu sei que você está acordada, para de fingir...

- Você é esperto – Megan olhou para ele, e abriu a boca quando o viu de toalha – Muito, muito... Esperto – Quase não conseguia falar, estava contemplando a vista.

- Você precisa ir... – Ele andou até as janelas e abriu a cortina da outra, o quarto iluminou-se ainda mais.

- Ir? Pra onde?

- Pra casa.

- Mas depois da noite que tivemos? – Megan mordeu os lábios.

- Megan! – Ele disse, num tom repreensivo – A gente ficou a noite toda jogando xadrez!

- Pra você foi só uma noite? Só isso? – Ela parecia surpresa e chateada.

- Certo, você está brincando, né? Você não pode ser... Você o tempo todo!

- Mas... – Ela ficou de joelhos na casa e com os olhos suplicantes o fitou – Não posso ficar aqui nem mais um pouquinho? Eu quase morri ontem à noite, de novo.

Aaron pensou um pouco, ela não estava totalmente errada, não podia simplesmente mandá-la embora e fingir que eles dois quase não foram mortos na noite passada. Sem falar que ela viu uma pessoa morrer, deveria estar em pânico, mas mesmo assim, ainda tinha seu bom humor e seu jeito maluca que acabava contagiando as pessoas.

E por outro lado, o que Aaron mais queria era ficar sozinho, apesar de assim aumentar suas chances de não sobreviver, de novo. Afinal, quantas perseguições alguém pode sofrer antes de ser realmente assassinado.

- Meg... – Ele disse, num tom uniforme – Agradeço sua preocupação, você ter acreditado em mim, você ser minha fã...

- Mas... – Completou Megan, já sabia o que aquilo significava.

- Mas... Eu quero ficar sozinho agora. Pensar, dormir, assistir um filme de comédia no sofá e tomar sorvete até explodir. Não que eu não queira fazer tudo isso com você, mesmo que eu não esteja com vontade de fazer isso com você, só quero um tempo pra mim, agora... E prometo que vou te recompensar.

- Comece agora, eu escolho o filme – Ela levantou-se – E você faz a pipoca, hoje vai ser o “Dia da alegria de Megan e Aaron”. Vou vestir uma roupa – Ela andou até a sala.

Aaron desistiu, tinha usado suas melhores táticas para conseguir enganar Megan, mas ela foi mais esperta, ou mais burra do que esperava e acabou ganhando. Ele riu, e talvez até tenha aceitado que teria uma boa tarde com Megan, isso se ela não ficasse o tempo todo tentando levá-lo pra cama.

--

A noite chegou. Brandon tinha acabado de deixar Erin e Sarah na casa de Erin, elas iriam dormir juntas. Quando saíram do carro, Erin levou Sarah pra dentro, queria cuidar da amiga, foi isso que prometera aos pais dela.

Sarah ainda estava chorando, seu rosto estava todo vermelho e seus olhos estavam roxos de inchaço, Erin chegou até a pensar que ela precisava de um hospital de novo.

Devagar, subiram as escadinhas da varanda e passaram pela cadeira de balanço. Erin abriu a porta e entrou junto de Sarah, que logo se jogou no sofá.

- Quer alguma coisa? – Ofereceu Erin.

- Não, obrigada...

- Você precisa comer...

- Eu como quando quiser viver de novo...

Erin olhou pro lado, não queria repreender o desejo de morte da amiga, não queria ser mais cruel com ela do que o destino já foi.

- Isso é... Tudo culpada minha... Se eu não tivesse ido embora e deixado ela lá naquela festa...

- Ei, não! – Erin sentou-se à sua frente, encima da mesinha da sala – Isso não é culpa sua! Não pense nisso...

- Eu deveria ter sido uma irmã melhor...

- Mas você foi a melhor que pôde! Não se culpe mais, Sarah, só vai piorar a dor. Olha, vou te fazer um chá pra você dormir. Depois vou ligar pros seus pais e dizer que chegamos bem, pra eles não se preocuparem. Meu pai está aqui e estamos juntas, nada vai acontecer com a gente. Eu prometo. Ta?

- Ta bom...

Erin deu um beijo na testa de Sarah e foi até a cozinha. Tirou os ingredientes para o chá do armário e depois encheu uma panela com água. Ligou o fogo e colocou as folhas de chá lá dentro. Foi para a sala de novo, viu Sarah ainda jogada no sofá, com a mão na cabeça, com certeza dormiu sem perceber.

Erin subiu pro segundo andar, entrou em seu quarto e pegou o celular que havia deixado lá. Viu o celular encima da cama e sentou-se nela para pegá-lo. Ligou para os Richards, mas apenas a secretária atendia. Nem esperou para ouvir toda a mensagem de saudação deles, desligou e tentou de novo. Não conseguiu, decidiu deixar uma mensagem já que presumiu que eles não estavam em casa.

- Ei, Senhor e Senhora Richards, é a Erin. Liguei pra dizer que chegamos bem, Sarah está dormindo agora, vou ficar a noite toda com ela, não se preocupem. Meu pai está aqui, então... Estamos protegidas. Liguem assim que ouvirem a mensagem. Beijos, tchau.

Erin jogou o celular de volta na cama e continuou sentada, não queria descer as escadas mais uma vez. Deu uma olhada no seu quarto, os pôsteres das The Veronicas dominavam as paredes, ela adorava as duas. Olhou pro seu laptop encima da cama, ele estava diferente. Não estava mais com o adesivo da Cinderela que havia colocado na parte de trás, nem havia mais a marca de que o adesivo já esteve ali.

Com cautela, aproximou-se do laptop e o abriu. Não era o dela, era o de Daniel, e não fazia idéia de como eles haviam trocado de novo. Abriu os documentos e vasculhou a pasta, estava tentando achar alguma coisa. Até que encontrou a pasta “vídeos”. Ela abriu e clicou no primeiro vídeo, era ele e Amanda fazendo sexo. Logo fechou e abriu o segundo vídeo, era a mesma coisa. Estava quase desistindo de abrir os outros, já que não queria ver de novo a cena de Amanda e ele transando. Mas teve uma surpresa quando abriu o terceiro vídeo. Não era a Amanda ali transando com Daniel, e sim outra pessoa, que fez Erin ficar em choque e não acreditar naquelas imagens.

--

As lágrimas de Amanda eram visíveis apenas para ela, ninguém daquela boate estava se importando ou vendo-a chorar. E ela também não queria que vissem, dançava loucamente entre as pessoas suadas, queria esquecer os problemas, mas só o que vinha em sua cabeça era Daniel morrendo. Não conseguia esquecer o que fizera com ele, nem a bebida e nem a dança fazia isso por ela.

A musica terminou, e junto de todos, Amanda parou. Olhou para o nada e devagar saiu da pista, abrindo caminho entre as pessoas. Chegou à saída da boate e virou-se para olhá-la uma ultima vez antes de ir embora, desejando conseguir se divertir novamente.

Saiu de lá, sem saber pra onde ir. Virou para a direta, lembrou que estacionou seu carro pra lá. Entrou e travou a porta. Viu os primeiros pingos de chuva acertarem a vidraça do carro, e, com todas as suas forças, soltou gritos histéricos. Ela batia no volante e gritava, queria ver se os gritos tiravam tudo aquilo de dentro dela, mas eles apenas aliviavam enquanto ela gritava.

Deu partida no carro, com outra idéia na cabeça.

No hotel, Aaron aproveitava para limpar os cacos de vidro do vaso que Megan quebrara, enquanto ela não chegava com a pizza que prometera. Juntou com uma pá e os jogou no lixo, não era importante mesmo, não precisava que ele ficasse de luto por um vaso de três mil dólares.

Amanda bateu em sua porta, e ele, sem saber, mandou esperar, estava lavando as mãos da “sujeira” que havia tocado. Abriu a porta e viu Amanda parada em sua frente, toda molhada.

- Amanda? – Perguntou, incrédulo – O que você...?

Amanda o interrompeu agarrando-o pelo pescoço e lhe dando um beijo. Ele ficou confuso, mas correspondeu mesmo assim. Com a perna, ela fechou a porta e eles andaram grudados até o lado do sofá, Amanda não queria parar de beijá-lo.

- O que foi isso? – Perguntou ele, como se não estivesse gostando.

- Cala a boca e faça – Amanda arrebentou sua blusa, os botões pularam. Seu sutiã vermelho ficou a mostra para Aaron, que aquela altura já estava indo a loucura.

Ela o beijou novamente e o jogou no sofá. Montou encima dele, tirando sua blusa. Jogou pro lado, enquanto ele tratava de desabotoar os botões de sua camisa social. Amanda beijou-o novamente, suas línguas estavam em sincronia, eles sabiam ao certo o que fazer. Aaron passava a mão em seu corpo, não via à hora de chegar à parte onde eles ficavam sem roupa.

Amanda parou. Ficou de joelhos no sofá, deixando Aaron embaixo de si. Olhou pra ele sem nenhum sentimento no rosto e desabotoou o sutiã atrás. Ele caiu encima de Aaron, que não tirava os olhos de seus seios, que sempre julgou perfeitos. Ele lembrou de Megan, mas só porque ele iria matá-la se ela chegasse naquele momento, que ele esperou desde que chegara a New Britain.

Amanda o beijou novamente, mas dessa vez, o beijava e desabotoava sua camisa, até não sobrar mais nenhum botão. Ele a jogou pro lado e puxou Amanda pela cintura, que já estava começando a gostar daquela tática para esquecer um pouco as coisas que aconteceram.

Com a mão esquerda, segurava na nuca de Aaron, sem tirar seus lábios dos dele e com a mão direita, abria o cinto dele, que já estava praticamente se abrindo sozinho.

Não demorou muitos para ficarem completamente pelados, apenas tocando suas peles enquanto o suor descia de seus rostos e os gemidos saíam de suas bocas. Os cabelos de Amanda estavam grudando na pele molhada de Aaron, mas ele não via, fechava os olhos e sentia o corpo dela no seu, se pudesse fazer aquilo para sempre com ela, ele faria.

Amanda começou a lamber suas orelhas, podia ouvir muito bem os gemidos de Aaron em seu ouvido, enquanto a mão dele ia e voltava em suas costas nuas. Era só o que ela precisava. Esquecer de tudo, não queria nem lembrar que ainda existia.

--

Aaron ainda estava jogado no sofá, sentia que mal tinha forças para levantar. Amanda estava bem a sua frente, colocando as ultimas peças de roupa que faltavam. Aaron a observava com um sorriso, estava pensando em como ela conseguira melhorar desde a ultima vez. Mas Amanda não estava nada feliz. Fitava a parede, atrás da TV, estava morrendo de medo que a sensação de antes voltasse.

- Essa foi a melhor... – Disse Aaron.

- Concordo – Respondeu Amanda, sem olhar para ele.

Aaron levantou-se e começou a vestir sua roupa, pensou que Megan poderia chegar a qualquer momento. Vestiu primeiro sua cueca, e quase caiu quando foi colocar sua calça jeans.

De repente, Megan abriu a porta e entrou. Ela estava com uma pizza enorme nas mãos e com refrigerante na outra. Observou a cena, Amanda e Aaron estavam se vestindo e logo fez uma cara de espantada.

- Mais. O que. Está. Acontecendo. Aqui? – Ela separou bem as palavras, queria mostrar perplexidade pros dois.

Amanda olhou para ela, estava colocando sua jaqueta. Aaron, ainda sem camisa, já estava esperando um escândalo.

- Megan, eu e ela...

- Desde quando existe um você e Amanda? – gritou Megan.

O celular de Amanda tocou. Ela decidiu não ligar para os chiliques de Megan e atendeu. Aaron vestiu a camisa e andou até Megan, sabia que não tinha que explicar nada, mas mesmo assim queria explicar.

- Olá, Amanda. Lembra de mim? – Disse o assassino ao telefone.

Amanda parou, seu coração gelou e, querendo ou não, já estava sentindo a mesma sensação de antes. Ela sentia que podia morrer a qualquer momento.

- O que você quer?

- Eu quero você, quero você morta.

- Então vem me pegar, idiota! – Gritou Amanda, e isso chamou a atenção de Aaron e Megan.
Ele gargalhou.

- Pensa que vai ser rápido assim? Eu quero que você sofra antes, quero que você morra devagar, quero matar você e te fazer pagar por tudo...

- Tudo o que?

- Amanda, é ele? – Perguntou Aaron.

- Abra o note book do seu amante celebridade, tenho uma surpresa pra você – Ele desligou.
- Ai meu Deus, é ele? – Perguntou Megan.

- Desgraçado! – Gritou Amanda – Aaron, onde está seu note book?

- Encima da minha cama, por quê? O que ele disse?

Amanda correu pro quarto dele. Aaron ficou com medo que houvesse mais alguém morto em seu quarto e correu atrás dela, sendo seguido por Megan. Quando chegaram ao quarto, Amanda já tinha aberto o note book. Ela leu no canto da tela que havia uma nova mensagem para Aaron Estwood. Clicou no aviso e a mensagem se abriu, tinha um vídeo anexado nela. Amanda abriu, Brandon aparecia no vídeo amarrado numa cadeira, com um pano na boca. Quando Amanda viu essa cena, não resistiu e chorou novamente. Colocou a mão na boca, não acreditava naquilo. Seu irmão era o único que não podia morrer. Qualquer um podia, menos ele.

No fim do vídeo, tinha uma mensagem: “Venha pegá-lo”. Amanda voltou o vídeo e notou uma faixa das lideres de torcida nele. Brandon estava no colégio, com certeza.

Ela fechou no note book e deu um pulo da cama. Correu porta afora, sendo seguida por Aaron e Megan.

- Aonde você vai? – Perguntou ele.

- Buscar o meu irmão. Não posso deixá-lo morrer!

- Então eu vou junto!

- Não! – Gritou Amanda – Ninguém mais pode morrer. Você não entende?

- Você que não entende que eu não vou deixar mais ninguém morrer! Vamos salvar o seu irmão, juntos! E vamos acabar com isso hoje mesmo!

Amanda fitava Aaron, boquiaberta. Não acredita que aquela sub-celebridade estava pela primeira vez se importando com alguém.

- E eu também vou! – Gritou Megan, ao lado.

- Vamos! – Disse Amanda e abriu a porta.

Os três desceram até o carro de Amanda, encararam a chuva a forte, parecia que o céu estava prestes a despencar encima deles.

Amanda entrou no banco do motorista e Aaron bem ao seu lado. Dessa vez, Megan nem ligou de ficar no banco de trás, estava ansiosa demais para pensar naquilo. Ela realmente queria salvar o irmão de Amanda e dar um fim nos assassinatos, foi a primeira vez que se sentiu humana em toda a sua vida.

CAPÍTULO 10: Chovendo Sangue
Comentário(s)
5 Comentário(s)

5 comentários:

  1. Será que Brandon é o assassino?

    ResponderExcluir
  2. Seria surprendente se fosse o Brendon mais seria clichê ele ter armado pra atrair a Amanda.Aposto em um dos nerds seria original

    ResponderExcluir
  3. Caraca! Adoroo! Seria LEGAL se o Assassino Fosse o Josh ou a Kristen, Mas Seria muito mais LEGAL se o Brandon fosse o Assassino. Pô! Sinceramente, Não Gostei do fato de a Trish e a Ginger terem Morrido. No começo da História, Eu Pensei que a Trish era a Protagonista.

    ResponderExcluir
  4. Será que jake realmente foi a morte inicial!!

    ResponderExcluir
  5. Bem isso me deu espiraçao pra eu escrever a minha historia tbm q vai se chamar PsychoKillers vlw e uma boa historia

    ResponderExcluir