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[Crítica] Padre



Direção: Scott Charles Stewart
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 87 minutos
Título original: Priest

Crítica:

A guerra é eterna. Sua missão é só o começo.


Ir contra a igreja é ir contra Deus. Este é o argumento principal de alguns personagens do filme Padre. Se considerarmos isso, vamos perceber que esta realidade não é tão fictícia quanto parece. Não quero comentar sobre religião, estou aqui para falar de filmes. Mas não podemos negar que situações como essas podem ser encontradas em todas as esquinas (católicos fervorosos irão me matar em 5...4...3...)

A história se passa em um universo pós-apocalíptico, depois que o mundo foi destruído por uma longa guerra em humanos e vampiros. Quando a raça humana beirava a extinção, surgiu os Padres. Guerreiros com grandes habilidades, que acabaram com a maioria dos vampiros. Prepotentes, os grandes líderes religiosos excluíram os Padres da sociedade e se negam a acreditar que a raça vampírica esteja prestes a contra-atacar.

Depois que um grupo de vampiros sequestra a sobrinha que um Padre, ele quebra seus votos e desafia as regras estabelecidas pela igreja, tornando-se um refugiado. Ele se une ao namorado da garota e uma outra Padre-Guerreira afim de colocar um ponto final nesta batalha, de uma vez por todas. Mas nem tudo é o que parece ser e o pior vilão é algo muito mais próximo do que eles imaginavam...

Estava com muita vontade de ver este filme, mas depois de sair da sessão, fiquei com uma sensação de decepção. Não digo que o filme é ruim, mas eu esperava muito mais dele. Praticamente nada conseguiu superar minhas expectativas. O que é uma pena, já que Padre tinha tudo para ser mais um daqueles filmes sensacionais de ação / ficção.

Primeiro quero falar das criaturas vampíricas. Elas são feitas em CGI, o que já perde a graça, pois nada pode ser comparado com uma maquiagem bizarra. Além disso, os vampiros são muito parecidos com as criaturas presentes no filme Escavadores. A semelhança é impressionante, e isso conta ainda mais como ponto negativo. Cadê a originalidade?

Se os monstros não são o suficiente, o que dizer dos personagens? Eu até que simpatizei com a maioria deles (apesar do namorado da garota raptada ser um chato), mas o roteiro não deu espaço para o desenvolvimento de suas subtramas. O roteiro começa explorando o amor entre os dois padres, mas isso não é concluído. É simplesmente deixado de lado. Outro exemplo é a pequena reviravolta (que não muda nada na trama), que tenta chocar o espectador e não há quaisquer comentários sobre ela depois.

Parece que tudo foi deixado para a sequência, já que está claro a grande ponta deixada no final. Na verdade, tudo foi deixado para um segundo filme. A rainha dos vampiros e a igreja das trevas continuam reinando lindamente. Nada foi realmente alterado. O "grande" vilão, que parece ser difícil de matar, foi para o saco muito rápido. Eu ainda pensei que depois de algumas cenas ele ainda apareceria vivo, mas não aconteceu.

Mas eu acho que o pior pecado que eles cometeram, foi colocar Maggie Q e não aproveitar dos talentos da moça. Quem lembra dela em Duro de Matar 4.0? Gente, aquela mulher estava realmente possuída, lutava igual um bicho e quase matou o Bruce Willis. Digo a mesma coisa para a série em que ela é protagonista, Nikita. Em Padre, ela participa de apenas uma cena curta de luta. Na muito empolgante comparada com o que ela pode fazer.

Apesar do tom negativo da crítica, Padre não é um filme ruim. Eu só acho que eles deveriam ter investido mais nas sequências de ação e em uma história que não deixasse tudo para uma eventual sequência. Mas para quem quer ver um filme sem muita exigência, está recomendado. Agora, quem quer ver ação desenfreada e muitos socos, corram para assistir Velozes e Furiosos 5: Operação Rio. Nota 8,0.

Trailer Legendado:

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