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[Crítica] Espíritos Famintos


Direção: Ernie Barbarash
Ano: 2007
País: Canadá
Duração: 99 minutos
Título original: They Wait

Crítica:

Coisas ruins acontecem para quem espera.

Eu gostaria muito de saber o que tem na cabeça dos tradutores de título aqui no Brasil. Parece que o gênero do filme tem que ficar evidente logo no título, como se uma capa ameaçadora não fosse o suficiente. Neste, temos mais um título original assassinado. No original, They Wait, o que, traduzindo literalmente, fica algo como "Eles Esperam". Talvez este título não tivesse "terror" suficiente, então meteram um "espíritos" seguidos do ameaçador "famintos". Poderia ser muito pior, eu sei. Até porque, este nome até tem relação com a história, mas é sempre bom optar pelo título original, para não agredir a obra.

Na história, Sarah e sua família viajam para o outro lado do mundo, por causa da morte do parente de seu marido. Não demora muito para ela descobrir que eles estão na época dos "Espíritos Famintos", que, segundo os moradores, é quando os fantasmas ficam mais fortes para fazer contato e outras coisas. Não demora muito para Sarah perceber que uma força sobrenatural está tentando tomar o controle de seu filho. Agora, ela terá que descobrir a verdade enterrada por toda uma geração, para poder salvar o seu filho antes que o mês dos fantasmas famintos acabe, ou então, poderá ser tarde demais. Vocês acreditam em fantasmas? É melhor acreditar.

Este filme foi lançado na época que a moda era refilmar filmes japoneses. Vocês se lembram dos remakes que fizeram a cabeça dos americanos naquela época? O Grito e O Chamado são bons exemplos. Mas, se serve de consolo, este filme não é uma refilmagem, nem nada do tipo. Ele apenas isso este conceito de vingança fantasmagórica oriental. Além disso, a fotografia tem o seu charme, porque a trama não se passa nos EUA. Então temnos a chance de ver lugares e culturas diferentes. Muitos vão dizer que este filme é uma cópia das produções orientais, mas eu prefiro acreditar que é uma "inspiração". Seria muito pior se fosse uma refilmagem. Pelo menos os produtores tentaram fazer com uma história nova.

A essência da história, por si só, é interessante. É toda uma cultura que desconhecemos e realmente existe. É interessante saber que este lugar, eles têm um período dedicado aos espíritos. E é bastante junto, uma vez que eles adoram uma maldição. E, como se esses pontos positivos já não bastassem, nós temos Jaime King como protagonista (Dia dos Namorados Macabro 3D, Dominados Pelo Ódio). Quem é fã do gênero sabe que a moça é uma ótima atriz e sabe como ninguém segurar o papel de uma protagonista. Ela é, simplesmente, uma das minhas Final Girls favoritas. Espero que ainda faça muitos filmes de terror mais para frente.

Agora, um fato que pode afastar os mais preconceituosos, é que Uwe Boll é o produtor executivo do filme. Ele é uma das figuras mais zoadas do mundo cinematográfico, justamente porque nos trouxe bombas como House of The Dead e Alone in The Dark. Acreditem, estes filmes são mesmo ridículos, especialmente House of the Dead, que até hoje não consigo encontrar definição para expressar minha opinião. Mas não pensem que Espíritos Famintos é ruim. Muito pelo contrário, o filme consegue destaque em um subgênero desgastado.

Parece que o Boll deveria largar, de vez, a direção e ficar só como produtor, porque assim ele se saiu melhor. Enfim, eu acho este filme incrível. Não é excelente, é claro. Tem os seus defeitos, como umas criaturas em CGI que saltam na direção da tela e são muito bizarras, principalmente no começo. Mas só pela Jaime King, já vale dar uma conferida. O ritual, no final, para atrair os mortos é bem interessante, como uma fase de videogame, tem que vencer uma etapa de cada vez. Algumas assombrações também são bem legais, como a cena em que a vítima vomita ossos. Recomendo. Nota 8,5.


Trailer Legendado:

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