[Crítica] Colinas de Sangue

Direção: Dave Parker
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 81 minutos
Título Original: The Hills Run Red

Crítica:

Os slashers é um subgênero do terror que atingiu seu auge nos anos 80. Esse subgênero se relaciona com filmes de seriais killers que geralmente perseguem adolescentes em algum lugar afastado da civilização. Devido aos desgastes e clichês, este tipo de filme quase que adormeceu. Mas, de alguns anos pra cá tem ganhado força, resultando em bons filmes.

Toda essa introdução é para dizer que "Colinas de Sangue" é um clássico dos slashers? Claro que não. Esse filme está longe de ser brilhante, apesar de não ser ruim. A história narra a obsessão de Tyler, um jovem cineasta, que sonha em encontrar um filme perdido, proibido. O nome do filme que o protagonista procura tem o mesmo nome que o título original, The Hills Run Red, e conta a lenda que era muito forte, mostrando violência explicita na tela (em nenhum momento eu vi isso, vocês viram?). Não é difícil para o espectador adivinhar que as mortes do filme eram reais, por isso eram tão chocantes. Depois dessa breve explicação não há muito a contar. O jovem cineasta vai para um lugar isolado de tudo na busca pelo filme perdido, junto de sua namorada, Serina, seu melhor amigo, Lalo, e a filha do diretor do misterioso filme, Alexa.

É claro que não demora muito para perceberem que as lendas eram reais, e que o tal assassino existe mesmo. Como vocês puderam ler o tema do filme não é nada original. Se tirarmos algumas coisas banais do roteiro, iremos ficar com um grupo de jovens sendo perseguidos por um maníaco indestrutível no meio do nada. Brilhante, não?

Mas nem tudo é xerox, e um pingo de originalidade pode ser visto no assassino. O matador da vez não tem rosto (alguém falou LeatherFace?), mas no lugar ele exibe um rosto de um boneco. pode ser meio bobo falando, mas em cena é eficiente e assustador. No quesito aparência, BabyFace, certamente deveria ser tornar um cult. Mas, este assassino tem umas certas diferenças se compararmos com seus "colegas de trabalho", como Jason, Freddy etc. BabyFace não tem receio em usar armas, é isso mesmo, é um assassino preguiçoso, em certa cena podemos vê-lo abatendo um jovem com um revólver (cade a faca?).

Gostei da fotografia do filme, nada de especial, apenas não é ruim. A direção peca as vezes, mas até que consegue não pecar muito. As atuações estão boas, destaque para a Sophie Monk. No final, o filme tenta surpreender com umas reviravoltas (que se o espectador por esperto, percebe bem antes), e não fecha com o convencional final feliz, o que poderá dividir a opinião do público.

Mas em geral, eu recomendo. Tirem suas próprias opiniões, pois juntando todo os pontos da obra, acho que ela conseguiu um resultado positivo. Destaque para a cena que Serina está correndo na floresta, e BabyFace logo atrás dela com um machado, pareceu bastante a perseguição à Jéssica Biel, em 'O Massacre da Serra Elétrica' (2003). Outro ponto positivo do filme, que foi o que eu mais gostei, ocorre quando Serina está amarrada e tenta cantar para o maníaco, para que ele se acalme, o que acontece após isso é surpreendente mesmo, e eu curti muito, só não vou falar para não estragar a surpresa. Bom filme.

Trailer legendado: